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Yuri Soledade Concorre a Prêmio de Maior Onda Surfada no Mundo na Temporada

Um ano após Danilo Couto trazer título inédito para o surf brasileiro, é a vez de outro baiano, Yuri Soledade, brigar pelo Billabong XXL Global Big Wave Awards 2012

20/Jan/2012 - Yordan Bosco - Salvador - Bahia - Brasil

Em abril do ano passado, o surfista de ondas grandes Yuri Soledade, 36 anos, assistiu ao amigo de infância Danilo Couto receber o prêmio de U$ 50 mil por ter surfado uma onda de cerca 20 metros, em Jaws, no Hawaii. Agora é Soledade quem pode ser coroado com o “Oscar das ondas”, por uma “bomba” surfada no mesmo local.

A proeza do baiano foi realizada no dia 4 de janeiro último, na onda onde ele, o próprio Danilo Couto e Márcio Freire foram os pioneiros em surfar na remada. Uma das ondas mais cabulosas do planeta, Jaws fica na ilha de Maui e só era surfada com o auxilio de jet ski.

Soledade, que mora no Hawaii há quase 20 anos, está concorrendo ao Billabong XXL Global Big Wave Awards 2012 na categoria Monster Paddle (maior onda surfada na remada), vencida no ano passado pelo norte-americano Shane Dorian. O fotógrafo carioca Bidu registrou a proeza do ilheense e também concorre a prêmio.

O curioso é que quatro dias depois da sessão de surf que lhe credenciou a concorrer ao prêmio, Yuri Soledade sofreu um acidente e fraturou a mandíbula. Ele está se recuperando da contusão e deve voltar ao mar em três semanas.

“Jaws é a onda mais perigosa e mais difícil do planeta devido às condições. O vento e a velocidade são absurdos. Vários surfistas entraram no dia e não conseguiram nem pegar uma onda sequer”, comenta Soledade em relação ao grau de dificuldade. “Realmente estamos chegando ao limite. Acho que essas foram as maiores ondas já surfadas na remada”, analisa.

Se no início do desafio de surfar Jaws no braço em condições extremas apenas os três amigos estavam na água, hoje o panorama é outro. Na sessão do dia 4, por exemplo, uma legião de surfistas de ondas gigantes se aventurou na temida onda. “Mas mesmo com os melhores do mundo na água, eram poucos os que remavam para as séries e, mesmo assim, passaram várias ondas sem que ninguém se arriscasse”, conta o baiano.