Vila de pescadores em Portugal convive com ondas de 30 metros
Saiba como uma vila no interior de Portugal virou uma atração internacional por causa do surf de ondas gigantes.
01/Dez/2021 - Nazaré - Nazaré - Leiria - PortugalEntre os meses de outubro e março começa a temporada de surfe de ondas gigantes, e a entrada para as falésias e forte da Praia do Norte em Nazaré, Portugal, ficam lotadas com milhares de pessoas. Todas elas têm uma expectativa em comum - ter um vislumbre dos surfistas deslizando pelas lendárias ondas gigantes, e alcançando o maior feito da sua profissão: arriscar suas vidas para surfar ondas do tamanho de arranha-céus, que são criadas pelo maior cânion subaquático do Velho Continente.
De vila de pescadores a ponto turistico
Obviamente, os nativos de Nazaré sempre souberam que suas ondas do local tinham grandes proporções, mesmo que por gerações eles não tivessem noção do seu tamanho exato. Nos dias em que ocorrem as tempestades de inverno, eles ainda mantêm o costume de se dirigir até o farol e observar aquelas montanhas enormes de água, absorvendo seu poder. Contudo, os surfistas locais não costumavam enfrentar os paredões de água, já que eles tinham noção de qual era a hora certa de parar. Na verdade, até pouco tempo, boa parcela dos profissionais do surfe não acreditavam na possibilidade de enfrentar os monstros que vinham com os grandes swells.
Isso só se tornou possível após 2004. quando um grupo especialistas em ondas gigantes foi até o local fazer um reconhecimento, mas abortou a missão somente 90 minutos após o seu início. Isso porque, em Nazaré, naquela época não havia o financiamento necessário para bancar a compra de jet skis para fazer face as monstruosidades saídas do cânion subaquático, que eram grandes demais para o tradicional surf na remada.
Ainda assim, mesmo se tivessem a verba para os jet skis, eles acreditavam que a perspectiva de cair no mar nas condições vistas na vila de pescadores era perigosa demais. "Isso é um monstro, um show de horrores. É como olhar para um arranha-céu ou uma montanha; a diferença é que está vindo na sua direção e está ali para te comer vivo. Não tem piedade”, disse Nic Von Rupp, um dos integrantes do grupo de reconhecimento.
Em 2008, o governo local resolveu então aproveitar a anomalia geológica presente em sua porta para tentar prolongar a temporada de turismo na cidade. Nazaré era conhecida por ser um refúgio de férias dos portugueses no verão, porém, com a chegada do inverno, se transformava praticamente em uma cidade fantasma.
Em 2010, o surfista profissional Garrett McNamara desembarcou em Portugal, e conseguiu provar que com os equipamentos corretos os paredões de água saídos do cânion de Nazaré poderiam ser surfados. Pouco tempo depois, McNamara quebrou o recorde mundial, ao surfar uma onda de quase 24 metros. Com isso, surgiu o questionamento: Alguém seria corajoso para tentar superar este feito?
Brasil representado
Em 2017, o brasileiro Rodrigo Koxa conseguiu desbancar o recorde de McNamara, surfando uma onda de mais de 24 metros. A também brasileira Maya Gabeira, bateu o recorde mundial feminino no local, logo no ano seguinte. E a partir de 2019, a World Surf League passou a organizar o Nazaré Tow Surfing Challenge A competição atrai milhares de curiosos, sendo muitos deles amantes do surf, que além de aproveitar o espetáculo, também palpitam sobre quem será o vencedor do torneio. E em terras tupiniquins, a melhor alternativa para quem gosta de realizar apostas em eventos esportivos é a Betfair Brasil, que cobre competições realizadas em todo globo disponibilizando para os usuários da plataforma, uma gama de promoções vantajosas, além de odds aumentadas e um bom payout.
Enquanto isso, em Nazaré, após a popularização das ondas gigantes e das competições de surf, o turismo na região ficou mais aquecido que nunca durante o inverno. Somente o museu sobre as ondas já teve mais de 1 milhão de visitantes e, todos os anos, surfistas de todo o globo vão até vila de pescadores tentar a sorte e enfrentar o maior monstro do mundo do surf.