Essa foi a decisão dos representantes dos surfistas que participaram, nesta terça-feira (8), de audiência das Comissões de Esportes e de Transporte da casa com representantes das empresas que operam nos municípios do Litoral.

O Projeto é de autoria dos deputados estaduais Rasca Rodrigues (PV), Pastor Edson Praczyc (PRB) e Fábio Camargo (PTB).

A ideia do encontro era avançar no diálogo com os representantes das empresas que operam na região (Graciosa e Marumby) sobre uma adaptação que agradasse a todos. No entanto, a proposta feita pelas empresas, na qual seriam disponibilizados dois ônibus rodoviários – um no início da manhã e outro no final da tarde, durante seis meses, experimentalmente – foi recusada pelos esportistas e secretários municipais de Esportes e Turismo presentes na audiência.

Segundo Alessandro Gaspar, o Puga, presidente da Associação de Surf de Paranaguá, o ideal é ter regulamentado em Lei o acesso democrático dos esportistas. “A proposta feita pelas empresas não atende nossa reivindicação, pois apenas duas linhas não comportam todos os esportistas e o valor de um ônibus rodoviário é muito maior do que muitos podem pagar”, afirmou Puga.

De acordo com o projeto, as empresas que já detenham ou que venham a possuir linhas que liguem quaisquer municípios ao Litoral ficariam obrigadas a disponibilizar no mínimo 10% de sua frota a ônibus com bagageiros apropriados para o transporte de pranchas de surf, bodyboard, longboard ou stand-up surf, ficando este tipo de veículo denominado de “Surf Bus”. Ficaria ainda garantido o transporte gratuito de uma prancha por passageiro.

“Os esportistas sofrem com a falta desta regulamentação. As empresas que possuem uma concessão pública para operar já deveriam ter encontrado uma solução para atender essa demanda faz tempo. Com a Lei iremos dar essa segurança, promovendo as modalidades, a economia e o turismo do nosso Litoral”, destaca Rasca.

Outra proposta foi realizada pelo presidente da Comissão de Esportes, Ney Leprevost (PSD), da criação de uma linha específica para surfistas, uma espécie de “Surf Bus Turismo”, que operaria em parceria com os municípios. Essa ideia também foi aceita pelos esportistas. Já Praczyc destacou que a apresentação do projeto de lei possibilitou o aprofundamento do debate e acho que a proposta pode nestes encontros ser aperfeiçoada.