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Samoa

Surfistas brasileiros sobrevivem ao tsunami em Samoa

Dois surfistas brasileiros estavam surfando na hora do tsunami, um descreve os momentos de terror que viveu

Alguns brasileiros estavam em Samoa, surfando na hora do tsunami. Pra se livrar das ondas gigantes alguns deles remaram para alto mar. E os outros foram arrastados pelo tsunami até a praia.

Júlio Gruendling se refugiou em alto mar e viu toda a devastação. Guilherme Costa diz que o mar recuou e alguém gritou que era tsunami. E que ficou em cima de uma rocha até pular numa onda gigante, desesperado.

“Pensei: meu Deus, ajuda que eu vou morrer. Aí eu caí no meio de árvore, um monte de galho, eu fui batendo em tudo”, disse ele.

Quando chegou à praia, encontrou um cenário desolador. “Muita criança chorando, pedindo ajuda, eu ajudei pelo menos duas. Eu peguei essas duas crianças no colo e corri, corri”, contou Guilherme.

As crianças estavam com duas mulheres desesperadas. "Elas não andavam, elas só estavam esperando a onda vir pra elas morrerem. Eu estou em estado de choque, que eu não consigo nem falar direito”.

O chefe de cozinha, que mora há seis anos na Austrália e estava de férias com um amigo na ilha tropical de relevo montanhoso e florestas densas, escapou da morte por sorte: estava surfando em alto-mar no momento em que as ondas gigantes varreram o arquipélago. Mas foi a sua coragem que fez a diferença nessa história: mesmo ferido, salvou outras tantas vidas com a sua prancha

Catarina Gruendling, que mora em Sidney (Austrália) e passa férias em Florianópolis (SC), só ficou mais tranquila quando conseguiu conversar com o marido Julio Gruendling na manhã de hoje. Segundo ela, Julio contou que a maré começou a secar. Percebendo que era um tsunami, a primeira reação dele foi remar contra a onda. Já Guilherme se apavorou e foi em direção contrária, até ser arrastado pelas águas. Ele conseguiu chegar à praia e se salvar.

Julio permaneceu com outros dois colegas em um barco esperando o mar se acalmar. Quando retornaram à praia onde ficava a pousada em que estavam hospedados, encontraram tudo destruído, relata Catarina.

"Rapidamente ele foi procurar pelo Guilherme morro acima e viu muita gente morta. Não tinha muito o que salvar, as pessoas que estavam no morro sobreviveram, quem não estava morreu afogado", diz. Ouça o relato.

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