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Seletiva para mundial de Parasurf em Cabedelo

Confederação Brasileira de Surf leva a praia de Intermares (PB) evento inclusivo que é referência mundial.

07/Ago/2024 - Alexandre Gondim

No meio esportivo só se fala em Olimpíada. No surfe, esporte olímpico desde a última edição no Japão, não é diferente. Logo vai iniciar as competições paralímpicas e o surfe brasileiro se prepara para o momento que o parasurf estará nesse patamar, para isso, a Confederação Brasiliera de Surf em parceria com a Federação Paraibana de Surf realizará de 8 a 11 de agosto, o CBSurf Cabedelo Parasurf 2024, campeonato Brasileiro e seletiva que formará o time nacional para a 9ª edição do ISA World Para Surfing Championship (WPSC) que retornará a Huntington Beach, Califórnia, de 3 a 9 de novembro de 2024

Sendo reconhecida como a entidade responsável pela organização da prática e gestão da modalidade Parasurf no território brasileiro, a CBSurf tem o intuito de fomentar o crescimento da categoria, de modo que seja utilizado como ferramenta não só de competições, mais também, como forma de inclusão social, realiza essa seletiva que é muito mais do que apenas disputas entre competidores é lição de vida para todos que irão a praia de Intermares, um tradicional pico de surfe paraibano.

A categoria de cada competidor é considerada de acordo com sua condição própria e ele só pode competir em uma, sendo classificados para fazer parte do time que representará o Brasil no mundial, somente os primeiros colocados de cada categoria. 

Os atletas masculinos e femininos, que conseguirem se classificar em segundo e terceiro lugares na seletiva nacional, serão considerados suplentes no ato de convocação para o mundial (ISA). 

Para competir os atletas devem ter uma deficiência elegível para competições de Parasurf. Eles deverão usar suas pranchas de surfe de acordo com as regras da ISA. Nenhum equipamento adicional é permitido, exceto o uso de próteses, órteses ou equipamentos de segurança essenciais que não aumentem a capacidade de surfar. Os competidores podem ter assistência para entrar e sair da água, mas precisam ser independentes na água durante a competição. Em alguns casos estão autorizados a terem assistência na água e durante a competição como nas categorias Prone 2, VI 1 e 2.

A estrutura que a CBSurf monta em Cabedelo é exemplo para campeonatos dessa modalidade para o mundo. Desde sua primeira edição em Maracaípe (PE) em 2022 especialmente projetada para atender às necessidades de atletas e público com deficiência física mostra uma grande preocupação com a inclusão. Com rampas acessíveis, áreas de descanso adaptadas e equipe capacitada para garantir a acessibilidade necessária para todos estabelece um exemplo a ser seguido.

“Esse campeonato é muito importante a nossa categoria que vem crescendo muito nos últimos anos. Antigamente o time que representava o Brasil era escolhido por indicação e não por mérito como é hoje com a seletiva feita pela nova gestão da CBSurf. Com isso o nível aumentou bastante, os atletas já vêm treinando o ano todo e quando chegar no campeonato quem estiver melhor preparado representará o Brasil no mundial da ISA. Eu e meus filhos Otávio e Lara já estamos preparados “, falou o pernambucano Roberto Pino bicampeão mundial que na última edição fez duas notas 10 na final somando 20 pontos de 20 possíveis.

“ParaSurf é inclusão, é o despertar de novas experiências, sentimentos e emoções. Ao longo dos anos, nossos atletas têm proporcionado momentos únicos e memoráveis na história do ParaSurf no Brasil e no mundo. Neste ano, houve um aumento de mais de 100% no número de atletas femininos inscritos em relação ao ano anterior. Dessa forma, estamos mais próximos do nosso objetivo de formar um time completo composto pelo mesmo número de paratletas homens e mulheres em todas as categorias no mundial ISA. Trabalhamos com dedicação para oferecer oportunidades para todos os Parasurfistas, a fim de que eles possam se destacar no Brasil através de títulos nacionais e internacionais, como o Mundial ISA.” 

As categorias são divididas assim:

•  PS – Stand 1 Masculino / Feminino

Para surfista que surfam ondas em pé com uma deficiência na parte superior do corpo ou baixa estatura

•  PS – Stand 2 Masculino / Feminino:

Para surfista que que surfe em pé e tenha amputação, atrofia ou deficiência congênita ou equivalente abaixo do joelho, ou diferença no comprimento das pernas

•  PS – Stand 3 Masculino / Feminino:

Para surfista que surfe em pé e tenha amputação acima do joelho ou amputações em ambas as extremidades inferiores, ou deficiência congênita ou equivalente.

•  PS – Prone 1 Masculino/ Feminino: 

Para surfista que surfa a onda em uma posição de bruços que NÃO requer assistência para remar em uma onda e voltar para a prancha com segurança.

•  PS – Prone 2 Masculino / Feminino:

para surfista que surfa a onda em uma posição de bruços que REQUER assistência na água, remando em uma onda e voltando para a prancha com segurança.

•  PS – Kneel Masculino / Feminino:

Para surfista que surfa uma onda ajoelhado ou sentado sem posição de remo, com amputação acima do joelho ou amputações de membros inferiores ou deficiência equivalente congênita. • PS – Sit Masculino / Feminino:

Para surfista que surfa na onda em uma posição sentada que NÃO requer assistência para remar em uma onda e voltar para a prancha com segurança.

•  PS – Visual I 1 Masculino / Feminino:

Para surfista que pega uma onda em pé com classificação IBSA Nível B1.

•  PS – Visual I 2 Masculino / Feminino:

Para surfista que pega uma onda em pé com classificação IBSA Nível B2 e Nível B3

•  PS – Surdo Masculino / Feminino 

•  PS – Down: Masculino / Feminino

•  PS – Autista Masculino / Feminino