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Revogada a Proibição do Surf em Algumas Praias Portuguesas

Surfistas poderão voltar a surfar nas zonas em questão mas com "reservas".

17/Jun/2015 - Surf Portugal - Aveiro - Portugal

Depois de muito se escrever durante a última semana sobre a insólita proibição da prática de surf em algumas zonas das praias da Costa Nova e da Barra, em Ílhavo, as entidades competentes terão finalmente encontrado uma solução para o caso. Quem o afirma é o presidente da Câmara local, Fernando Caçoilo, esta quarta-feira, ao jornal Público, salientando que foi encontrada uma "solução de equilíbrio".

Apesar do bom senso ter imperado neste caso e de a prática de surf já não estar interdita, a situação ainda está longe de estar resolvida, uma vez que a lei continua inalterada. Ou seja, segundo a mesma, o surf seria proibido em zonas para banhistas e apenas durante o horário de vigilância. Toda esta lamentável situação que acontece em Aveiro fica ainda carecendo de uma solução definitiva, que passa em parte pela revisão da lei.

"Foi encontrada uma solução de equilíbrio, mas a lei continua proibindo a prática de surf. É necessário que a lei seja revista", alertou o autarca, em declarações produzidas pelo diário generalista. As placas que se encontravam nas referidas praias já foram retiradas. No entanto, estas placas eram meramente informativas e não eram elas que proibiam a prática do surf nas zonas referidas.

Contudo, esta "solução de equilíbrio" deixa ainda muitas dúvidas. "A proibição foi levantada desde que sejam cumpridos os termos do acordo com reserva de uma área de 50 metros da linha de costa para os banhistas poderem usar a água em segurança", esclareceu o presidente da autarquia de Ílhavo. Uma das principais dúvidas é como será feita a medição da distância referida, sendo que a 50 metros da costa dificilmente haverá ondas.

A proibição tinha por base o regulamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Ovar-Marinha Grande (já com cerca de 14 anos de existência), onde entre as "atividades interditas" figura a "prática de surf e windsurf em áreas reservadas a banhistas". Os responsáveis da Associação de Surf de Aveiro dizem que esse plano não era aplicado ao pormenor, uma vez que surfistas e banhistas conseguiam sempre até aqui chegar a um entendimento.

Contactado ontem pela SURFPortugal, após darmos conhecimento da verdadeira situação ocorrida em algumas zonas da Praia da Costa Nova e da Barra, o comandante Nuno Leitão, do Instituto de Socorros a Náufragos, ainda não respondeu às questões que lhe colocamos. Por agora, os surfistas de Aveiro já podem respirar um pouco mais de alívio, mas é importante que as leis sejam revistas de forma urgente para impedir que situações destas se repitam no futuro.

Fonte: Surf Portugal