Renato Hickel faz balanço do WCT 2012
Aqui fica o balanço do Circuito ASP World Tour 2012 pelo tour manager Renato Hickel
10/Jul/2012 - Matt MillerO ASP World Tour 2012 tem sido super emocionante com boas ondas e grandes baterias. A temporada começou na Gold Coast, passou por uma final incrível entre Kelly Slater e Mick Fanning em Bells Beach, pelos beachbreaks do Rio de Janeiro, até aos tubos fantásticos de Fiji. Até agora houve 4 vencedores diferentes e 4 diferentes líderes do ranking.
Foi durante esta parada entre as Fiji e o Billabong Pro Tahiti que a Australia Surfing Life entrevistou o manager do tour, Renato Hickel.
Foi um bom começo de temporada em termos dos campeonatos?
Renato Hickel: Não poderíamos pedir um começo melhor. Todos os eventos contaram com ondas incríveis e finais super emocionantes, principalmente na Gold Coast e em Bells Beach. Mas claro, que a cereja no topo do bolo foi em Fiji, não poderia ter sido melhor. Com uma marca como a Volcom que se envolveu totalmente no campeonato e criou um webcast de alta qualidade, foi impressionante. No passado vimos muitos problemas na transmissão do evento nas Fiji mas isto só demonstra que a tecnologia está mesmo avançada. E claro, as ondas estavam inacreditáveis. Cloudbreak e Restaurants estavam de gala e tivemos aquela dia gigante, que tivemos de cancelar mas transmitimos uma sessão de freesurf online.
Você acha que o Volcom Fiji Pro deveria ter acontecido no dia em que esteva gigante?
Renato Hickel: Não e estamos felizes com essa decisão. Houve muita especulação acerca da chamada, e chegamos a realizar duas baterias, mas tal como faríamos em Snapper ou J-Bay o diabo do vento começou a soprar por isso decidimos esperar por melhores condições. Também se especulou que os surfistas não tinham o equipamento necessário e isto e aquilo, mas foi simplesmente por causa do vento. Outra coisa que as pessoas nem sequer perceberam é que nós tínhamos que estar fora da torre às 16h por causa da maré! Se tivéssemos começado às 14h o evento só teria começado às 14h30 e tínhamos tido 40 minutos de surf. Assim tivemos 2h de show de 30 freesurfers.
Mas nem tudo corre bem com o tour... A etapa de Nova Iorque se foi, a de J-Bay e o The Search passaram a ser WQS, contudo, o O’Neill Cold Water Classic em Santa Cruz subiu de nível. É um circuito bem diferente do ano passado.
Renato Hickel: A perda de J-Bay foi a maior do tour. É uma das melhores ondas do mundo e os surfistas adoram competir lá. Esperamos que volte ao World Tour o mais depressa possível. Já o The Search é um evento delicado e difícil de organizar todos os anos. O futuro dos eventos será decidido na reunião em Julho.
Haverão novos eventos WCT?
RH: Claro que sim! Estamos sempre à procura de novas possibilidades e novos eventos. Não posso especificar muito nem dar detalhes, mas garanto que haverão novos eventos e serão em reef breaks perfeitos! Ondas de alta qualidade em locais exóticos.
Isso parece como locais na Indonésia. Se houver patrocinadores, será que Bali poderá ser o local escolhido para receber um WCT?
Renato Hickel: Absolutamente! Não quero avançar muito mas essa é uma das cartas na mesa.
E quanto às piscinas de ondas, gostarias de ver um evento WCT numa onda artificial?
Renato Hickel: A qualidade das piscinas de ondas está aumentando em um ritmo alucinante. Se continuarem a melhorar, que vão continuar, não vejo motivo para que uma delas não receba um evento do World Tour. Se for bem feito, seria um espetáculo ver os melhores do mundo numa onda artificial de alta qualidade.
Finalmente, conte-nos mais sobre a venda dos direitos do webcast à uma empresa mundial.
Renato Hickel: É difícil mas penso que vamos chegar lá. Queremos uniformizar os webcasts, isso é certo. É o desejo de todo mundo, os surfistas, os patrocinadores, a direção... É só uma questão de finalizarmos um acordo que deixe todos felizes. No final, todos vão poupar dinheiro e ganhar com isto. Com um formato standard, a qualidade e o grafismo serão um produto final muito melhor para o espectador. Esse estará familiarizado com tudo em vez de em cada evento ser diferente. Mudanças precisam de ser feitas e este será um dos tópicos em cima da mesa na reunião de Julho.