Recuperado de cirurgia no joelho, Paulo Moura retorna ao surf e já tem planos para o futuro

A quarta-feira (13) será um dia marcante na vida do surfista Paulo Moura, da equipe Rip Curl.

11/Nov/2013 - Fábio Maradei - Ipojuca - Pernambuco - Brasil

A data foi definida como a sua volta oficial ao surf, após a cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Na verdade, o atleta de 33 anos, que integrou a elite mundial por seis anos e hoje se dedica à busca por ondas grandes, já está recuperado e surfando e tem planos para o futuro.

“Esse dia marca cinco meses da minha cirurgia e foi a data que eu e meu médico marcamos como retorno às minhas atividades. No início era o dia mais longe do Mundo, mas nada como um bom cronograma e passou a ser o dia da minha volta ao surf. Um sonho. E eu cheguei muito bem”, comemora Paulo, que foi operado pelo médico ortopedista especialista em joelho, Romeu Krause.

Animado, ele embarca para o Havaí no dia 27 de dezembro, permanecendo no Arquipélago até 15 de fevereiro. Deve competir no WQS de Pipeline em 2014, mas o foco é mesmo a busca pelos tubos perfeitos e desafiadores do Mundo, junto ao Projeto The Search, da Rip Curl. “Já começando com a temporada no Havaí. Para o ano que vem, tem Taiti em maio, Indonésia em julho e agosto e México em outubro”, anuncia.

Paulo também enaltece a parceria com a Rip Curl, seu patrocinador desde julho do ano passado. “Representa muito para mim, pois me proporciona poder trabalhar voltado para o que eu sempre sonhei, que é surfar as ondas perfeitas do Mundo. Sem falar que represento a marca mais surf do Mundo, ao lado de grandes amigos e atletas como Gabriel Medina, Bruno Santos e Mick Fanning”, diz.

Com uma carreira premiada, Paulo Moura começou a se destacar ainda como amador, sendo campeão brasileiro júnior. Também faturou o título brasileiro pro-júnior. Venceu o US Open Pro Júnior, em Huntington Beach/EUA. Foi vice-campeão do Mundialito Bali Júnior. Esteve seis anos no WCT, a elite mundial, de 2001 ao início de 2007, alcançando a semi do Pipe Masters de 2004, o quinto lugar em Teahupoo, no ano seguinte. Fez mais de 12 finais em WQS seis estrelas e primes e foi campeão brasileiro de tow in, na Praia de Maresias, em São Sebastião, em 2009, junto com Wilson Nora.

Sobre a recuperação, ele dá valor de poder voltar a surfar em alta performance antes do tempo previsto. “Estou surfando desde os três meses e meio de recuperação, mas comecei bem leve. Só em pé na prancha e vim aumentando gradativamente a força, mas manobras e já me sinto 100%, com excelente massa muscular, bom condicionamento e já forçando as manobras”, conta.

Paulo até brinca com a situação, afirmando ter experiência. Em 2008, ele rompeu o ligamento cruzado anterior direito. “Já estava até meio escolado, com longa recuperação, mas sem muito mistério. Só precisa ter dedicação total, fisioterapia boa e muita paciência”, comenta o surfista, afirmando que soube tirar algo positivo da contusão.

OPORTUNIDADE - Segundo ele, o importante é identificar a grande oportunidade que um momento difícil como esse guarda. “Foi o que busquei o tempo todo, a chance de me preparar muito mais e melhor. Também damos mais valor às coisas quando não a temos”, relata Paulo, destacando outros positivos de sua parada.

“Nesse tempo pude acompanhar a gravidez da minha mulher, Luiza, e o nascimento do meu pacotinho, a Mel. Renovei a minha fissura pelo surf, pelo meu trabalho. Me sinto uma criança louca para surfar”, revela. “Cada dia busquei me preparar muito bem. Montei um bom training camp e agora estou pronto para surfar, trabalhar e sei que muita coisa boa virá na minha direção”, ressalta o surfista que atualmente mora em Serrambi, no litoral sul pernambucano.