Pesquisa Avalia Correntes de Retorno em Zona de Surfe
Análise é realizada pelo estudante Daniel Brandt, que faz mestrado em oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco
04/Jun/2016 - Docean - UFPE - Ipojuca - Pernambuco - BrasilAté a próxima quinta-feira, um experimento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai analisar as correntes de retorno na Praia do Cupe, em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco. O estudo faz parte da pesquisa de mestrado de Daniel Brandt Galvão, da pós-graduação em oceanografia (DOCEAN). De acordo com a UFPE, pela primeira vez no Brasil essa verificação é realizada em uma área de prática de surfe.
O Acoustic Doppler Current Profiler (ADCP) foi instalado nesta sexta-feira fora dos limites da zona de surfe. O equipamento vai registrar dados de ondas. Do dia 4 ao dia 8, das 6h às 17h, será realizada a aquisição de dados das velocidades das correntes de retorno a partir do uso de flutuadores com um sistema de posicionamento global (GPS) acoplado. No mesmo período, será realizada a topografia da área de estudo com um GPS cinemático. Também serão registradas por uma estação de videoimageamento do Laboratório de Oceanografia Geológica (Labogeo) do Dep. de Oceanografia da UFPE, as correntes de retorno e a morfologia da praia.
O que são correntes de retorno?
São correntes fortes, estreitas, em sentido ao mar que se originam próximo à costa e se estendem através da zona de surfe. Elas são um componente integral da circulação costeira ao longo de várias praias do mundo e representam um importante mecanismo para o transporte de água e sedimento da costa para o oceano.
Tais correntes têm sido um perigo letal na maioria das praias ao redor do globo, levando banhistas com as mais variadas habilidades de natação para águas com maiores profundidades em apenas alguns segundos. Esse tipo de corrente pode ocorrer em diversos tipos de praias sob uma variedade de condições de ondas e níveis de maré.
Aprenda a reconhecer uma corrente de retorno