Pelo menos 15 tubarões teriam sido considerados uma ameaça iminente, necessitando serem mortos nas novas políticas de tubarões do governo do estado do Oeste da Austrália, destinada a salvaguardar os usuários do oceano.

Sob esta nova política de "mitigação dos riscos de tubarão" do governo, serão escolhidas duas zonas para serem especialmente monitoradas ao largo das costas metropolitanas e do sudoeste entre setembro e abril.

As áreas se estenderão até a borda das águas do estado a três milhas marítimas mar adentro e terão espinhéis de anzóis flutuantes ancorados a um quilômetro da costa.

Ao anunciar as medidas na terça-feira, o ministro da pesca Troy Buswell disse que pescadores comerciais também poderão capturar e matar os tubarões maiores que 3 metros, se eles o avistarem dentro das zonas.

"Essas são as mudanças significativas em nossa política anterior ", disse Buswell.

De acordo com o SLSWA, com a ajuda do Departamento da Pesca, houveram mais de 15 casos desde segunda-feira em que tubarões com 3 metros ou maiores foram vistos dentro dessas zonas.

Eram principalmente baleeiros de bronze e tubarões-tigre - ambos já são conhecidos por atacar humanos - apesar de outros tubarões não foram identificado em termos de espécie ou tamanho.

Houve também um tubarão de 4,5 metros de uma espécie desconhecida avistado em Moses Rock, perto de Margaret River ontem.

Outros, incluindo um "grande tubarão branco" perto da praia de Middleton, em Albany, foram observados em áreas que estão fora das novas zonas de captura, ou eram muito pequenos para serem considerados uma ameaça suficiente.

O novo ministro da Pesca Ken Baston confirmou que qualquer tubarão visto dentro de um "área marinha monitorada", que for maior do que 3 metros e considerado perigoso, incluindo tubarões cabeça-chata e tubarões-tigre, serão capturados.

O diretor do Conselho de Conservação do Oeste da Austrália, Piers Verstegen disse que matar tubarões maiores do que 3 metros é arbitrária e "bizarro" e que a incapacidade do governo em fornecer detalhes demonstra que a política é apressada.

"A idéia de caçar espécies individuais que migram milhares de quilômetros só porque eles entram em uma zona específica e não necessariamente representam qualquer risco não faz sentido", disse Verstegen.

O vice-ministro da pesca Dave Kelly disse que entendia a pressão em que o governo está para proteger as pessoas, mas queria que fosse liberada a pesquisa usada como base para esta nova política.

Sr. Kelly também questionou o mérito dos espinhéis.

Ele afirma que até 60 por cento dos tubarões que os espinhéis haviam capturado em Queensland ao longo dos últimos dois anos foram menores do que 2m.

Reportagem traduzida do jornal The West Australian

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