Mostra Cine Surf/SESC comemora primeira edição
A Mostra Cine Surf/SESC promoveu, entre 17 e 21 de janeiro, cinco dias de atividades gratuitas que teve como principal objetivo valorizar e difundir a produção cinematográfica brasileira dedicada ao esporte.
23/Jan/2012 - Marcos André Araújo - São Paulo - BrasilAlém de exibir curtas, documentários e um longa, a programação contou com workshop sobre a sétima arte voltada ao surf, que, apesar de ter um volume expressivo de vídeos, ainda engatinha na produção de filmes.
"Existe muito vídeo de surf, mas filme, com apelo cinematográfico, tem pouco", avalia o roteirista e diretor Nildo Ferreira, que inaugurou a ação com workshop sobre Cinema de Surf. Nos dois primeiros dias, ele apresentou um panorama da filmografia, bem como os elementos básicos que envolvem este tipo de produção como criação do roteiro, escolha de personagens, opções narrativas, técnicas de filmagem, formas de viabilização, captação de recursos e de circulação.
Convidado por Paula Luana, Ferreira dirigiu o curta Aloha protagonizado por surfistas com necessidades especiais, entre eles, Robson Careca, cadeirante; Henrique Saraiva, que utiliza muletas para se locomover; Valdemir Pereira, primeiro deficiente visual que se tem notícia no Brasil a encarar as ondas do esporte; e Octaviano Bueno, o Taiu, que não entrava no mar desde o acidente que o deixou paraplégico em 1991.
A película já recebeu diversos prêmios, como de Melhor Documentário e Prêmio da Crítica no 9º Curta Santos e Melhor Documentário no V Curta Cabo Frio. Também foi selecionada para participar de festivais e mostras de cinema, como o 22º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, FEST - Festival do Cinema Jovem realizado em Portugal, Festival Cinema com Farinha, FestivAlma Surf, Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, Festival Visões Periféricas, entre outros.
Dono da produtora Frag Imagine, Paulo Bittencourt parabenizou os idealizadores da mostra. "Tivemos valiosas dicas para se fazer um filme. Conhecemos sobre edição, captação de recursos e percebemos como o surf ainda tem muito para evoluir. Só temos a agradecer a iniciativa do SESC em apoiar o projeto Cine Surf que vem desenvolvendo e propagando a cultura do esporte na cidade".
Mauro Raposo, coordenador na área de desenvolvimento físico esportivo do SESC, também ficou satisfeito com o evento e já planeja a próxima edição. "A parceria com o Cine Surf foi muito boa e importante. E como o SESC Santos está onde o surf nasceu, acreditamos ser nossa obrigação abrir as portas para a modalidade em suas várias vertentes".
Silvio Luiz da Silva, animador cultural do SESC e responsável pelo trabalho voltado ao cinema e cultura digital, endossa a visão de Raposo. "Esta primeira edição já foi um sucesso confirmado por quem prestigiou. Tivemos relatos positivos que nos deixaram felizes com o resultado. Temos tudo para repetir na próxima edição do SESC Verão".
O surfista profissional Gilmar Silva, um dos protagonistas do longa Arquivos, exibido no sábado, compareceu ao evento. "O pessoal do Cine Surf está de parabéns, o SESC também por ceder o espaço fazendo com que o surf cresça na cidade e no país".
"Se unir ao SESC numa ação que compreende que o surf não é só um esporte, mas também um estilo de vida vem ao encontro da essência do Projeto Cine Surf", diz Bruno Espósito, criador do projeto ao lado de Marcos Quito.
A Mostra Cine Surf/SESC foi realizada pelo SESC Santos (Serviço Social do Comércio), com produção do Projeto Cine Surf e divulgação da Fama Assessoria.