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Medina volta à França, onde teve bons desempenhos recentemente

Em 2009, como júnior, paulista venceu etapa e teve duas notas 10; em 2011, ganhou em Hossegor e, ano passado, foi 2º colocado da competição que começa na quinta

25/Set/2014 - GloboEsporte.com.br - Landes - Aquitânia - França

Líder do ranking mundial de surfe, Gabriel Medina ficará ainda mais perto do inédito título mundial para o Brasil caso repita as boas participações na etapa francesa de Landes, que começa nesta quinta-feira e tem janela até o dia 6 de outubro no pico de Hossegor. Nesta terça-feira, a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) publicou sua lista de quatro favoritos para levar a taça na França, e Medina encabeça a fila ao lado do americano Kelly Slater e dos australianos Mick Fanning, atual campeão mundial, e Joel Parkinson. O favoritismo do brasileiro, por sinal, não é por acaso.

Medina sempre se deu bem no país. Em 2009, ainda como júnior, conseguiu duas notas 10 na disputa do "King of the Groms", em uma bateria perfeita. Dois anos depois, em 2011, já como profissional, o garoto de Maresias entrou no cenário internacional e confirmou seu talento ao vencer a etapa francesa. No ano passado, outra boa participação, com o segundo lugar, perdendo apenas para o campeão mundial daquele ano, o australiano Mick Fanning. 

- A França é um lugar muito especial para mim. É um dos meus picos favoritos. Sempre altas ondas - disse o brasileiro ainda em 2011, logo depois de vencer a etapa derrubando a lenda e 11 vezes campeão mundial Kelly Slater nas quartas de final.

Se ao menos repetir o resultado de 2013, Medina, que já conhece o caminho deste ano, teria 8.000 pontos garantidos no ranking, indo a 59.350. Mesmo que vencesse na França, Slater, outro favorito para a etapa e segundo colocado no ranking mundial, iria para 54.850, ficando atrás do brasileiro. Até um nono lugar manteria o garoto de Maresias líder antes das duas últimas etapas: Peniche (Portugal) e Pipeline (Havaí). Ele ficaria com 55.350. Em oito etapas no ano, Medina só ficou fora dos cinco primeiros em duas oportunidades, quando foi nono em Bells Beach, na Austrália, e 13º no Rio de Janeiro. Confira o ranking mundial atualizado.

- Nunca a gente teve um atleta que vencesse nas etapas que o Gabriel venceu em 2014, no caso Fiji e Teahupoo. Então ele está sendo uma referência tanto para mim, quanto para os brasileiros que estão no circuito da nova geração - frisou Adriano de Souza, o Mineirinho, sétimo colocado na atual temporada.

Para definir o campeão mundial, são contabilizados na pontuação final os nove melhores resultados, ou seja, Medina abriria mão desses dois resultados, o 13º e o 9º lugar, o que daria 5.750 pontos. Já Slater teria que abrir mão de um 13º e um 5º lugar, o que seriam 6.950 pontos. Desta forma, o brasileiro teria uma vantagem ainda maior hoje.

RIVAIS DE PESO

Se Medina tem boas memórias da França, Kelly Slater, que está no seu encalço na busca pelo 12º título mundial, também pode dizer o mesmo. O americano venceu no país em 1992, quando conquistou seu primeiro título mundial, e depois em 1996, quando foi campeão de novo. Depois, voltou a vencer em 2012 no país, quando derrubou Dane Reynolds em uma batalha que até hoje é lembrada em La Graviere. Por isso, a ASP nunca descarta o multicampeão.

Joel Parkinson é outro lembrado. Em 2006, ele venceu a etapa do país ao bater o compatriota Mick Fanning, com belíssimos tubos. Além disso, o australiano sempre surfa bem na França. Por último, mas não menos perigoso, a ASP lembra Mick Fanning, atual campeão mundial e o maior vencedor no país. Ele levou o título em quatro oportunidades: 2007, 2009, 2010 e 2013. Por coincidência, conquistas nos mesmos anos em que foi campeão do mundo: 2007, 2009 e 2013.

- Medina ganhou a primeira etapa este ano e tem mostrado que vem evoluindo. Nos primeiros anos ele aprendeu muito, e ele tem se esforçado bastante. Ele ter vencido três etapas tão cedo no campeonato é impressionante. Teahupoo foi incrível de assistir. Ele era o menino dos aéreos, agora ele mostra que tem manobras e pega grandes tubos. Quando você está na disputa pelo título mundial, você sente muita pressão, especialmente quando você tem um país inteiro esperando isso de você. Vai ser louco e eu vou estar lá, independente do que aconteça. O mais impressionante do Medina é perceber como ele amadureceu, não é mais um menino, ele se transformou em um homem e isso é muito legal - disse Mick Fanning.

Na corrida pelo título, além de Slater, Medina tem Joel Parkinson em terceiro lugar, com 41.350 pontos. Em quarto está justamente Mick Fanning, com 39.600. Em quinto está Michel Bourez, da Polinésia Francesa, com 38.500. Os dois últimos, inclusive, foram os únicos que venceram duas etapas no ano. Além deles, Medina venceu três etapas. A etapa terá participação completa dos brasileiros, com Adriano de Souza, Jadson André, Alejo Muniz, Miguel Pupo, Raoni Monteiro e Filipe Toledo.

BATERIAS DO PRIMEIRO ROUND

Bateria 1: Taj Burrow (AUS) x Freddy Pattachia Jr. (HAV) x Travis Logie (ZAF)

Bateria 2: Michel Bourez (POL) x Sebastian Zietz (HAV) x Brett Simpson (EUA)

Bateria 3: Mick Fanning (AUS) x Filipe Toledo (BRA) x Jeremy Flores (EUA)

Bateria 4: Joel Parkinson (AUS) x Kai Otton (AUS) x Raoni Monteiro (BRA)

Bateria 5: Kelly Slater (EUA) x Matt Wilkinson  (AUS) x Matt Banting (AUS)

Bateria 6: Gabriel Medina (BRA) x Tiago Pires (POR) x Dane Reynolds (EUA)

Bateria 7:Adriano de Souza (BRA) x C.J Hobgood (EUA) x Aritz Aranburu (ESP)

Bateria 8: John John Florence (HAV) x Julian Wilson (AUS) x Jadson André (BRA)

Bateria 9: Kolohe Andino (EUA) x Miguel Pupo (BRA) x Dion Atkinson (AUS)

Bateria 10: Nat Young (EUA) x Adrian Buchan (AUS) x Alejo Muniz (BRA)

Bateria 11: Jordy Smith (AFS) x Bede Durbidge (AUS) x Mitch Crews (AUS)

Bateria 12: Owen Wright (AUS) x Josh Kerr (AUS) x Adam Melling (AUS)