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Marcelo Gomes e Marcelo Freitas exploram Laje Carioca

Nos dias 9 e 10 de Junho a previsão do Surfguru marcava a chegada de um forte swell com frente fria na costa sudeste do Brasil

29/Jun/2012 - Pedro Suassuna - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Pela direção e intensidade apontada na previsão, o swell formaria as maiores ondulações no Rio de Janeiro. A previsão se confirmou e proporcionou altas ondas nas lajes cariocas e em Niterói, que recebia a quarta etapa do circuito mundial de bodyboarding, realizado na praia de Itacoatiara.

Os atletas Marcelo Gomes (PE) e Marcelo Freitas (CE) foram conferir as condições do mar na noite de sábado e aguardar a chegada do fotógrafo Pedro Suassuna, que vinha de Recife neste mesmo dia para registral o swell.

No domingo, ápice do swell, o trio acordou cedo e saiu checando a costa. Quando passaram por São Conrado, viram que estava storm, ''fechando tudo'', com apenas Carlos Burle e uns amigos fazendo town-in, sendo possível a entrada apenas com a ajuda do jet.

Apesar do vento, já se via no line up da Laje do Sheraton que algumas lajes próximas iriam funcionar e não deu outra. Paramos o carro em frente ao destino e apesar da ondulação ter entrado um pouco torta para o pico, o vento fraco fez com que caíssemos na água para uma sessão memorável.

A missão de remar até o pico, ajudar o fotógrafo com o equipamento e passar pelas arrebentações do inside foram parte da função. A medida que a maré secava, deixava a laje cada vez mais para fora, tornando a base da onda negativa. O resultado? Tubos quadrados, lip's ''arremessando longe'' e drops críticos que marcaram essa sessão alucinante.

Depoimentos:

Marcelo Gomes: "Já tinha visto umas imagens de algumas lajes no litoral carioca que me despertaram a atenção pelo lip espesso e a forma como ela quebrava quadrada, formando uma onda totalmente bodyboarding. Há algum tempo já vinha acompanhando a previsão e com toda a função e o corre que foi feito, consegui realizar o meu objetivo! Só tenho a agradecer aos amigos que lá estavam, entre eles o atleta Marcelo Freitas (CE) que aceitou o convite pra fazer a parceria nessa caída! Foram drops envergados e alguns wipeouts memoráveis! Momentos depois subiu uma série meio torta, remei por trás do pico e vi que o volume da onda sugou toda a água, deixando a laje pra fora. Remei e acreditei, mas na medida que fazia o bottom tinha a impressão que minha prancha iria travar pois ficou tudo seco embaixo, resultando em um dos tubos mais deeps que já peguei na costa brasileira. Altas ondas e momentos memoráveis junto com os amigos. Obrigado ao fotógrafo Pedro Suassuna por ter acreditado e vindo de Recife registrar as imagens de uma tarde memorável pra quem estava no line up".

Marcelo Freitas: ''Domingão, dia 10 de junho, o swell estava ''onfire'' no litoral carioca. Enquanto todas as atenções estavam voltadas para o mundial de Itacoatiara, vi que o amigo e big rider pernambucano Marcelo Gomes estava na cidade maravilhosa na companhia do fotógrafo Pedro Suassuna, exclusivamente para surfar e registrar umas lajes que eles monitoravam já fazia algum tempo. Não custou nada para a ''conexão rapadura'' se firmar e irmos atrás das lajes em toda orla. Logo que entramos no pico vieram três bombas de boas vindas! Os momentos dentro d’água foram inesquecíveis ao lado de amigos, os lips faziam lembrar ondas do outro lado do pacifico, por vezes as séries que entravam fazia a laje ficar exposta para os drops suicidas da raça. Foi uma tarde de muitos tubos e baforadas com alguns manobrões irados! Só tenho a agradecer aos meus amigos conterrâneos pelo convite e ao parceiro cearense radicado no Rio Guilherme de Sousa (Pará), que pegou altas e está representando muito bem o Ipu (CE) nas ondas!".

PEDRO SUASSUNA: ''Quando a ondulação ainda não tinha encostado na bancada, já senti que o volume de água que se movia forte se transformaria num tubo insano! Quando vi Marcelo dropando essa que foi a maior da série e encarando essa bomba, sabia que ele estava realizando um dos tubos mais profundo que ele já havia pego ao longo dos anos de água salgada. Como não estava no posicionamento ideal, me concentrei em disparar acompanhando a linha de tubo que ele realizava na onda, pois por ser negativa, rapidamente o perdi de vista quando o lip engrossou e a bancada ficou sem água nenhuma embaixo. Quando ele andava dentro do tubo e já programava a saída, vi os pés de pato e consegui registrar ele saindo da onda, mas não acreditei que tinha perdido os clicks anteriores da seqüência, que mostrariam como ele estava totalmente dentro desse tubo insano que pude registrar!''.