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São Paulo - Brasil

Máquinas melhoram o trabalho dos shapers

Marcos André Araújo - Fama Assessoria

O shaper Sylvio Zampol em parceria com Miguel Jorge vêm estudando a criação de máquinas pantográficas (manual) e CNC (computadorizadas) para a produção de pré-shapes. Formados em engenharia, eles já colocaram no mercado uma máquina manual que vem facilitando a vida dos shapers há cinco anos. Em breve, a primeira máquina CNC (computadorizada) produzida por eles, entrará em funcionamento.

Para Zampol, que acumula mais de 20 anos na profissão de shaper, o objetivo das máquinas é justamente melhorar a qualidade na fabricação das pranchas. ` Adianta muito o trabalho do shaper`, informa. Segundo ele, basta pegar um pré-shape na mão para ver as vantagens. ` Os benefícios da máquina são visíveis e já se percebe ao pegar um bloco pré shapeado`.

Adquirindo habilidade na condução da máquina, em pouco tempo o bloco está pronto para o shape final. ` A máquina entrega um pré-shape com a longarina rebaixada, na flutuação desejada e com o tipo de fundo escolhido, seja vee, flat ou concave, além de fazer também o dome deck. Um shaper com habilidade acaba o serviço em meia hora`, afirma Zampol, que se formou em Engenharia Civil e aplicou os conhecimentos técnicos na fabricação das máquinas.

` Eu me formei em 87, mas antes fiz três anos de desenho técnico mecânico, um ano de projeto de máquinas de ferramentas de corte, três anos de colégio técnico mecânico. Enfim, tenho uma vasta experiência em mecânica. Sempre gostei de projetar e desenhar`, comenta ele que trabalhou em máquinas quando viajou à Austrália, em 1999.

` Visitei cinco fábricas conceituadas e me ofereci para trabalhar na DHD, do shaper Darren Handley, no intuito de fazer um intercâmbio. Naquela época, eles já faziam todos os pré-shapes em máquinas e eu ainda fazia na mão`, conta. ` Quase todas as fábricas australianas têm máquinas de pré-shapes. Quando eu voltei para o Brasil, percebi que não dava para shapear mais à mão. Tinha que ter uma máquina`, revela.

E foi com o seu amigo Miguel Jorge, formado em Engenharia Mecânica, que trabalha desde 1985 com máquinas CNC e também é shaper nas horas vagas, que surgiu a idéia de começar a desenvolver as máquinas. ` Como vi vários tipos na Austrália, resolvemos fazer uma máquina manual melhorada e conseguimos`, comemora Zampol que fez uma máquina portátil. ` Você leva para onde quiser, basta colocar no carro e pronto`.

Nesses cinco anos, vários shapers adquiriram as máquinas pantográficas fabricadas por eles. ` Aqui na Baixada tem cinco fábricas usando as nossas máquinas. Em Ubatuba tem mais uma, e também já enviamos duas para o Nordeste. É uma máquina que tem uma boa aceitação e uma relação custo x benefício excelente`, garante.

Com o sucesso da máquina manual, eles começaram a desenvolver uma computadorizada, que deverá ser lançada em breve. ` Ter uma máquina computadorizada agora é a nossa meta, pois já temos a pantográfica e funciona muito bem`, diz Zampol que está elaborando a máquina com o Miguel há três anos.

` Nós temos conhecimento do funcionamento das máquinas computadorizadas. E estamos estudando para melhorar o que já existe no mercado, aliando custo x benefício`, informa.

O desejo de ter uma máquina que facilite ainda mais o trabalho do shaper é um dos objetivos. ` Nenhuma máquina entrega uma prancha pronta para laminar. O shaper sempre tem que mexer. No entanto, estamos projetando para mexer o menos possível no shape`, comenta.

Para isso, eles fizeram vários protótipos de fresa. ` Passamos por sete modelos para chegar no que temos em mãos. Fizemos uma fresa que dá um acabamento melhor no que existe no mercado. A nossa idéia é minimizar ao máximo possível o trabalho do shaper`, promete.

Para Zampol, o uso das máquinas na fabricação de pranchas é um caminho sem volta. ` É uma comparação do computador com a máquina de escrever. Não vai voltar. Você vai ficar com o computador e sempre melhorando`.

Além das máquinas, recentemente, Zampol e Miguel inauguraram um novo espaço para os shapers. Localizado em Santos, litoral paulista, o Surform `“ Warehouse oferece as condições necessárias para os profissionais da área e os free shapers, montado em um galpão de 150 m2 dividido em duas salas com máquinas de pré-shape, de shape e de atendimento, além do ponto de distribuição dos blocos da TECCEL na baixada santista.

Para conhecer um pouco mais o trabalho do Sylvio Zampol basta acessar o site www.htsurf.com.br. As novas instalações do Surform ficam na Avenida Afonso Pena, 485, loja 02, Santos `“ São Paulo. Contatos: zampol@zampol.com ou (13) 3272-5707.

Fotos Marcos André Araújo

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