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Ceará - Brasil

MAMALA Surf Pro 2022

George Noronha

Brasileiro Feminino de Surf Profissional

Entre os dias 13 e 17 de abril a Praia Formosa recebeu algumas das principais surfistas em atuação no Brasil para a 1ª Etapa do Brasileiro Feminino de Surf Profissional. Contando com 18 categorias o evento representou uma confraternização de todas as categorias e níveis do surfe feminino cearense e nordestino e uma celebração do empoderamento feminino em um evento multimodal histórico para os boardsports alencarino, que distribuiu R$ 25.000,00 (vinte cinco mil reais) para as surfistas profissionais do surfe e bodyboarding, além de muitos prêmios e troféus para as finalistas de todas as categorias.

Após 5 dias de evento naturalmente se poderia elencar vários destaques, afinal de contas, atletas de várias partes do país se fizeram presentes à Capital Cearense. Contudo, nada foi mais relevante que a união vista entre as atletas de todas as 18 categorias em disputa (com exceção do surf adaptado, composta apenas por homens). Foram cinco dias da mais pura vibe positiva com apresentação de Surf Adaptado, Arte em Prancha, Aulão de Yoga, Limpeza da Praia, Palestras sobre Feminicídio, Lei Maria da Penha e Direitos da Mulher, a Importância da Diminuição dos Plásticos nos Oceanos, Roda de Conversa sobre o Empoderamento e Empreendedorismo Feminino, Luau..., enfim, dias de muita evolução não só esportiva, como também social e humana.

Mas, como as principais estrelas eram as atletas, elas foram as protagonistas do principal espetáculo com destaque para Monik Santos, a grande campeã da categoria Surf Profissional, faturando a bolada de R$ 5.250 (cinco mil, duzentos e cinquenta reais). As cearenses Larissa dos Santos, Vitória Carneiro e Ariane Gomes na segunda, terceira e quarta colocações, respectivamente. Larissa dos Santos, que mostrou estar em grande fase e pronta para encarar mais um ano de grandes competições, finalizou a competição com o maior somatório entre todas as modalidades, 15,75.

Na principal categoria entre as amadoras a surfista local da Praia da Iparana, Ariane Gomes, mostrou porque é a atual bicampeã estadual da categoria não dando chances para as adversárias, conquistando o título da categoria Open.

“Estou muito feliz com esse resultado. Muitas meninas vieram de outros estados e isso faz o nível da competição subir muito... O campeonato está lindo, a estrutura está muito acolhedora e a vibe está lá no alto o tempo inteiro. Parabéns às organizadoras pelo comprometimento e dedicação. O evento está incrível!”, elogiou Ariane.

Na segunda colocação ficou Nalanda Carvalho-PB, com Mayra Oliveira e Letícia Cavalcante completando o pódio na terceira e quarta colocações, respectivamente.

Entre as aspirantes a estrelas, da Sub 18, a grande campeão foi a paraibana, Ana Luiza. Acostumada a frequentar os pódios cearenses, Aninha faturou mais uma competição mostrando que está em ótima fase. Na segunda colocação ficou a sensação do evento Gabriely Queiroz, que pode não ter conquistado o título da categoria, mas ganhou o coração do público.

Com apenas 13 anos a mais nova revelação do surfe feminino cearense e nordestino mostrou muita qualidade no seu surfe para superar atletas bem mais experientes. Com o resultado Gaby entra de vez no radar dos observadores de plantão e se consolida como uma das grandes revelações do evento. Na terceira colocação ficou Evely Kaline (PB), com Nicolly Freire (PB) completando o pódio na quarta colocação.

Gabriely ainda levou também o título na sua categoria original, a Sub 14, com Nicolly Freire-PB terminando na segunda colocação, Rilary Silva-CE e Anaelya de Lima ficando na terceira e quarta colocações, respectivamente.

“Eu venho treinando há muito tempo. Apesar de ter perdido alguns campeonatos, consegui me recuperar e estou muito feliz, não só com o meu resultado, mas com toda a energia desse evento, que está muito top, com uma grande estrutura, organização impecável e muito afeto. Parabéns e muito obrigada às organizadoras”, declarou Gaby.

Entre as fofuras da Sub 10 a grande campeão foi Mariana Dantas-CE, com Mariana Pinheiro-CE em segundo, Jade Melissa-CE em terceiro e Emilly Hadassa-CE em quarto lugar.

Já entre as mais experientes, Renata Bittencourt-CE faturou a Master com Raphaela Bahia-CE em segundo, Regina Ferreira-CE em terceiro e Daniela Bomfim-CE na quarta colocação.

Na categoria Surf Iniciante a grande campeã foi Lais Barata, com Mariana Dantas em segundo, Sarah Sousa em terceiro e Maria Luiza em quarto lugar.

Na Surf Intermediário Beatriz Maia faturou o troféu de campeã com Zizira Tavares, Karen Beatriz e Tahyane Braga em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente.

Já na categoria Surf Avançado o lugar mais alto do pódio foi conquistado por Giulia Bianchi, com Ana Maria em segundo, Clara Bindá em terceiro e Hêmelly Praxedes na quarta colocação.

Entre as representantes das categorias mais clássicas de todas, a Longboard, destaque para a surfista do Paracuru, Mayra Oliveira, que faturou a Open, com a carioca Érica Prado em segundo, Bianca Cardoso em terceiro e Sol Tostes em quarto, e Suzanne Santiago, que arrastou a Iniciante, com Isabella Von Haydin em segundo, Daniele Kedma na terceira colocação e Yasmin Djalo em quarto lugar.

Na SUP Wave Open melhor para a surfista local da Praia do Iguape Kilvia Cardoso, com Ana Carolina Barcellos em segundo e Maria Kesiane em terceiro.

Na modalidade Bodyboarding quem subiu no lugar mais alto do pódio entre as Profissionais foi a multicampeã Dalete Mousinho. Esposa do Pentacampeão Brasileiro Pro Roberto Bruno, Dalete mostrou toda a sua técnica e garra para superar grandes adversárias e sagrar-se campeã da Categoria Profissional, entre os Bodyboards. Com o resultado a atleta também embolsou a quantia de R$ 2.500. Na segunda colocação fico Liege Silva, com Bia Jesus na terceira colocação e Natália Silva completando o pódio na quarta colocação.

Na Open o grande destaque ficou por conta da atuação de Iasmim Guedes, que surfou muito para superar as adversárias Graziela Monteiro, Samia Guedes e Cely Silva, segunda, terceira e quarta colocadas, respectivamente.

Na categoria Bodyboarding Iniciante a grande campeão foi a atleta Luna Ferreira, com Tayane Sales e segundo, Samia Guedes em terceiro e Lilian Araújo na quarta colocação.

Na Casadinha, uma das categorias mais esperadas de todo o evento com disputas que ocorrem em duplas, com competidoras de categorias diferentes, pontuando as duas melhores notas de cada competidora, sem limites de onda, a dupla vencedora foi Mayra e Patrícia, com Hemilly e Iasmim na segunda colocação, Ana e Cely em terceiro e Ariane e Tayane na quarta colocação.

Na Surf Adaptado Cadeirante o ativista Emerson Martins, o Emercinho, foi o grande campeão, com Kelvin dos Santos em segundo e Kairo Rodrigues na terceira colocação.

Já na Surf Adaptado o destaque foi a atuação de Gilmário Guimarães, com Francisco das Chagas em segundo, Carlos Wesley em terceiro, Juan Yure em quarto e Rafael Saraiva em quinto lugar.

O evento, que foi encerrado no domingo (17) e valeu como Campeonato Brasileiro da Associação Brasileira de Surf Profissional (entidade que homologou a competição junto com a Federação de Surf do Estado do Ceará), rolou em frente à SURF LADIE’S HOUSE e está sendo considerado como a maior confraternização de diferentes modalidades de boardsports femininos já realizada em Fortaleza, já que contou com Bodyboarding, Longboard e SUP Wave, Surfe Adaptado e Surf, sendo EXCLUSIVO PARA MULHERES, com exceção apenas das categorias do Surfe Adaptado, que não possuiu restrição de gênero. 

Segundo uma das organizadoras do evento, Joana Meireles, o MAMALA Surf Pro foi um evento pensado no empoderamento e no crescimento do surfe feminino no Ceará, no Nordeste e no Brasil:

“Nós estamos com aquele sentimento de dever cumprido, sabe? A grande adesão das atletas, as vivências, os feedbacks, tudo foi perfeito. Claro que, como tudo na vida, alguém te de arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem. Mas, nada disso seria possível sem o apoio de toda a comunidade do surfe feminino, inclusive com a presença de nomes de peso no cenário nacional do surfe feminino como a jornalista Erica Prado na locução e Carla Circenis na arbitragem. Enfim, estamos muito orgulhosas de conseguir juntar tanta gente boa em prol de um mesmo objetivo, que é o crescimento do surfe feminino brasileiro. O evento pode ter terminado, mas temos a consciência que nosso trabalho está apenas começando”, declarou Joana.

Para Tayane, o grande sucesso desse evento está na união de diferentes segmentos da sociedade e do mercado do surf em prol de um mesmo objetivo:

“O MAMALA Surf Pro foi muito mais que um campeonato. Representou um ponto de união entre Poder Público, Iniciativa Privada, Sociedade Civil Organizada, atletas, e muito mais. Nunca conseguiríamos fazer tudo isso sozinhas. Essa rede de apoio que se formou em torno desse evento, comprometida a fazer o que fosse preciso para que tudo desse certo, é o verdadeiro sucesso. É a prova de que a união faz a força e principalmente, de que não estamos sozinhas. Ninguém sabe, mas houve uma verdadeira força tarefa entre os Poderes Públicos Municipal e Estadual para que o evento tivesse uma estrutura digna de um grande campeonato. A ajuda das vereadoras de Fortaleza Larissa Gaspar e Enfermeira Ana Paula, que abraçaram o surf feminino e patrocinaram o evento. Os Secretários Estaduais Rogério Pinheiro-Sejuvce, Ozires Pontes-Secel e Davi Gomes, da Juventude de Fortaleza. O Instituto Brasileiro da Família. E claro, os nossos patrocinadores privados. Sem o envolvimento de todos esses atores, nada estaria acontecendo. A todos vocês, a nossa mais profunda gratidão”, finalizou Tayane.

CATEGORIAS DISPUTADAS: 

  1. SURF INICIANTE (16 vagas) – Categoria por nível de surf, sem limite de idade, competidoras entram com professor, podem ser empurradas e a pontuação será por extensão da onda, equilíbrio, postura, independência, etc; 

  2. SURF INTERMEDIÁRIO (12 vagas) – Categoria por nível de surf, sem limite de idade, competidora entra com professor apenas para orientá-la (não será permitido o contato físico do professor com a aluna em hipótese nenhuma durante a bateria) e pontuação será por extensão da onda, equilíbrio, postura e poderá arriscar manobras para ganhar pontuação extra;

  3. SURF AVANÇADO (08 vagas) – Categoria por nível de surf, sem limite de idade, competidora entra sozinha e já deve arriscar manobras;

  4. SURF SUB 10 (8 vagas) – Atletas até 10 anos;

  5. SURF SUB 14 (8 vagas) – Atletas até 14 anos;

  6. SURF SUB 18 (12 vagas) – Atletas até 18 anos;

  7. SURF OPEN (12 vagas) – Idade e nível aberto;

  8. SURF MASTER (8 vagas) – Atletas acima de 40 anos, nível aberto;

  9. SURF PRO (32 vagas) – Surf profissional. 20mil em premiação;

  10. BODYBOARDING INICIANTE (12 vagas) – Bodyboard nível iniciante;

  11. BODYBOARDING OPEN (12 vagas) – Idade e nível aberto;

  12. BODYBOARDING PRO (08 vagas) – Bodyboard profissional. 5mil em premiação;

  13. CASADINHAS (8 duplas) – equipe com 2 competidoras de categorias diferentes, soma das duas melhores notas de cada competidora, sem limites de onda;

  14. SURF ADAPTADO - CADEIRANTE (08 vagas) – modalidade para desportiva de surf adaptado, sem nível idade ou gênero definidos;

  15. SURF ADAPTADO - OPEN (12 vagas) – modalidade para desportiva de surf adaptado, sem nível idade ou gênero definidos;

  16. SUP OPEN (8 vagas) – Stand Up Paddle nível aberto;

  17. LONGBOARD INICIANTE (8 vagas) – Longboard nível escolinha.

  18. LONGBOARD OPEN (8 vagas) – Longboard nível aberto.

IMPORTANTE:

Das 18 categorias, 16 foram exclusivamente femininas e 2 paradesportivas sem restrição de gênero;

PREMIAÇÃO

R$ 25.000,00 divididos entre as profissionais;

Pranchas para as vencedoras das categorias Surfe Open e Bodyboarding Open;

Troféus e Kits para todos os finalistas das 18 categorias em disputa.

Distribuição da Premiação

Surfe Profissional: R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a serem divididos da seguinte forma:

1ª – R$ 5.250 (cinco mil duzentos e cinquenta reais);

2ª – R$ 2.750 (dois mil setecentos e cinquenta reais);

3ª – R$ 2.250 (dois mil duzentos e cinquenta reais);

4ª – R$ 1.750 (mil setecentos e cinquenta rais);

5ª – R$ 1.200 (mil e duzentos reais) 2x;

7ª – R$ 800 (oitocentos reais) 2x;

9ª – R$ 550 (quinhentos e cinquenta reais) 4x;

13ª– R$ 450 (quatrocentos e cinquenta reais) 4x.

Bodyboarding Profissional: R$ 5.000,00 (cinco mil reais) divididos da seguinte forma:

1ª – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais);

2ª – R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais);

3ª – R$  750,00 (setecentos e cinquenta reais);

4ª – R$  500 (quinhentos reais).

Surfe Open: 1 prancha de surfe para a vencedora. Troféus e Kits para todas as finalistas;

Bodyboarding Open: 1 prancha de boadyboarding para a vencedora. Troféus e Kits para todas as finalistas;

DEMAIS CATEGORIAS: TROFÉUS E KITS PARA TODOS OS FINALISTAS

O MAMALA Surf Pro, evento válido como Campeonato Brasileiro Feminino de Surf  Profissional da ABRASP, contou com o Patrocínio da Secretaria de Esporte e Juventude do Estado do Ceará, Secretaria de Esporte e Juventude da Cidade de Fortaleza, Assembleia Legislativa do Estado do Ceará com o Centro de Mediação e o Comitê de Responsabilidade Social, Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza, Vereadora Larissa Gaspar, Vereadora Enfermeira Ana Paula, Restaurante Illa Mare, Iate Plaza Hotel, Instituto Brasileiro de Direito de Família Ceará, Gondim Surfboards, Genesis Bodyboards e Instituto Juventude Inovação. Apoio: Aloha Hostel, Loja Swell Waves, roupas Alma Leve, Biquínis Azul Brasil, Biquínis TriOcens, Arte Surf Camisetas, loja Jaws Waves, loja PUMP, restaurante Mar de Rosas, Loja Make CE, Feitotel Internet, Viva Lis, Kcal Sports, Wai Wai Pratas, Itim Silva Surf School e IBDFAM Ceará. Homologação e Chancela: FSEC-Federação de Surf do Estado do Ceará, ABRASP-Associação Brasileira de Surf Profissional e FBCE Federação de Bodyboarding Cearense. Realização: Surf Ladies e Coletivo Bem Viver. Organização: Joana Meireles e Tayane Sales.

 

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