#wsl #competições #surf #surfguru 
Orange - Califórnia - Estados Unidos

Jadson André para no bicampeão do US Open of Surfing

João Carvalho / WSL

O japonês Kanoa Igarashi repetiu a vitória no QS 10000 depois de passar pelo potiguar nas semifinais e Courtney Conlogue venceu a líder do ranking Stephanie Gilmore na final do CT

O japonês Kanoa Igarashi conquistou o bicampeonato do QS 10000 US Open of Surfing na final com o norte-americano Griffin Colapinto e a californiana Courtney Conlogue bateu a líder do ranking, Stephanie Gilmore, na decisão da sétima etapa feminina do World Surf League Championship Tour. O potiguar Jadson André parou no defensor do título nas semifinais e o confronto brasileiro das quartas de final não aconteceu, porque Italo Ferreira se contundiu no sábado e é dúvida para o próximo desafio do CT, que começa sexta-feira no Taiti.

Já as meninas só voltarão a competir na reta final da corrida pelo título mundial de 2018 na piscina das ondas perfeitas do Surf Ranch, em setembro junto com os homens em Lemoore, na Califórnia. Os ingressos para o público já estão à venda no www.worldsurfleague.com. Será a oitava das dez etapas da temporada feminina e Stephanie Gilmore segue firme rumo ao seu sétimo título mundial. A principal concorrente é a americana Lakey Peterson, primeira vítima da campeã Courtney Conlogue no domingo. E a brasileira Tatiana Weston-Webb, terceira colocada no ranking, ficou em nono lugar no US Open, se distanciando da briga.

Esta foi a quarta final da australiana nas sete etapas deste ano e a primeira que perdeu. A hexacampeã mundial ganhou a primeira derrotando a gaúcha Tatiana Weston-Webb em Bells Beach na Austrália e as outras foram uma disputa direta pela lycra amarela do Jeep Leaderboard contra Lakey Peterson no Oi Rio Pro em Saquarema e no Corona J-Bay Open da África do Sul. Já Courtney Conlogue começou o ano contundida, essa foi apenas a terceira etapa que ela participa e mostrou estar em forma novamente, se destacando nas ondas de Huntington Beach desde a primeira fase.

FINAL FEMININA – No domingo, o mar até melhorou, mas continuou com longos intervalos entre as séries e poucas ondas boas entrando nas baterias, como durante toda a semana. A californiana escolheu bem a primeira, que abriu a parede para manobrar forte e ganhar 7,33 dos juízes. A australiana respondeu com 5,83, mas Courtney pegou outra onda boa para tirar 6,50, que fechou em 13,83 a 11,86 pontos sua primeira vitória em etapas do CT em Huntington Beach. Mesmo somando 10.000 pontos no ranking, ela só subiu do 16.o para o 15.o lugar no Jeep WSL Leader, que teve poucas mudanças na etapa norte-americana.

“Não foi fácil todo o período que passei para me recuperar da contusão, mas eu lutei muito e agora estou aqui no alto do pódio. É inacreditável isso”, disse Courtney Conlogue. “Eu tive tantas pessoas incríveis me apoiando e estou muito feliz agora. Eu fiquei maravilhada com o surfe da Steph (Gilmore) essa semana aqui e foi incrível fazer uma final com ela. Eu adoro competir em casa, junto da minha torcida e com minha família e amigos aqui me apoiando. Foi realmente uma semana incrível e uma vitória muito importante para mim”.

BICAMPEÃO – Logo após a final feminina, foi iniciada a decisão do título do segundo QS 10000 do ano na batalha pelas dez vagas do WSL Qualifying Series, para a elite dos top-34 que disputa o título mundial. Novamente com Kanoa Igarashi como no ano passado, quando derrotou o catarinense Tomas Hermes em sua primeira vitória no US Open, competindo ainda como norte-americano, pois mora na Califórnia. Agora ele defende a bandeira do Japão e o confronto com o Brasil aconteceu nas semifinais, com o potiguar Jadson André quase conseguindo a vitória no duelo encerrado em 13,83 a 13,67 pontos.

Assim como nessa bateria, seu oponente na final também começou na frente. O californiano Griffin Colapinto aproveitou bem sua primeira onda que valeu nota 8,00, contra 7,60 do japonês. A segunda nota computada iria decidir o campeão e Kanoa Igarashi conseguiu um 6,93, mas o norte-americano se manteve em primeiro lugar com uma nota 7,00. Só que o japonês também achou outra onda boa no final e arriscou tudo para ganhar 8,17, que lhe garantiu o bicampeonato por 15,77 a 15,00 pontos.

“No ano passado, eu ganhei este evento com minha família, amigos e toda a praia me apoiando, mas este ano ele (Griffin Colapinto) é daqui de Huntington Beach e a torcida ficou toda para ele”, disse Kanoa Igarashi, que faturou um prêmio especial de 100.000 dólares, o maior do circuito WSL Qualifying Series. “Eu tive que arriscar tudo mesmo naquela última onda e nem sei como consegui aterrisar do aéreo, mas senti que poderia conseguir a pontuação. Foi a melhor sensação da minha vida. Eu passei o evento inteiro pensando na final e dei tudo de mim nessa última bateria. Foi uma final muito difícil, mas acreditei que Huntington ia mandar as ondas e isso aconteceu”.

BRASILEIROS – O domingo na Califórnia amanheceu com uma notícia não muito boa para o Brasil, da contusão de Italo Ferreira, que estava escalado na terceira quarta de final com o também potiguar Jadson André. No sábado, ele saiu do mar amparado após vencer outro duelo brasileiro pelas oitavas de final, com o cearense Michael Rodrigues. Ele relatou o acontecido no vídeo publicado no mesmo dia no Instagram da WSL, gravado após ser atendido pelos médicos do evento.  

“Foi no floater (manobra que a prancha desliza no topo da onda). A minha perna de trás saiu e a outra continuou na onda. Senti que deu um estiramento no músculo da coxa direita, na parte de trás, foi muito forte. Depois dessa onda, comecei a sentir muita dor e achei melhor só continuar esperando acabar a bateria. Mas, os médicos falaram que não foi tão grave e espero voltar melhor amanhã (domingo)”.

Só que Italo Ferreira não se sentiu melhor e preferiu não disputar a bateria com Jadson André, para não agravar a contusão e tentar se preservar para, quem sabe, reunir condições para poder defender a quarta posição no Jeep Leaderboard na sétima etapa do World Surf League Championship Tour, que começa sexta-feira nos tubos de Teahupoo, no Taiti. Jadson então foi direto para as semifinais, enfrentar o defensor do título do US Open, Kanoa Igarashi.

O potiguar começou bem a bateria, manobrando forte numa direita para largar na frente com nota 7,77, contra 7,33 do japonês. Aí Kanoa ainda pegou mais duas boas ondas para ganhar 6,33 e 6,50, deixando Jadson precisando de 6,06 para vencer. E ele chegou bem perto disso numa esquerda que fez tudo que a onda permitiu, porém a nota saiu 5,90 e o placar ficou em 13,83 a 13,67 pontos para o japonês. Jadson terminou em terceiro lugar, somou 6.500 pontos no ranking e saiu da 11.a para a quinta posição. Ele tinha subido para terceiro no sábado, mas foi ultrapassado pelos dois finalistas no domingo.

MUDANÇAS NO G-10 – O resultado do QS 10000 Vans US Open mexeu bastante no ranking e provocou mudanças entre os dez surfistas que o WSL Qualifying Series classifica para a elite dos top-34 da World Surf League. O havaiano Seth Moniz tirou a liderança do ranking do paranaense Peterson Crisanto. Jadson saiu da rabeira do G-10 para o terceiro lugar na lista, isso porque Kanoa Igarashi em terceiro no ranking e Griffin Colapinto em quarto, estão garantindo suas permanências na elite entre os 22 que são mantidos pelo ranking principal e não precisam das vagas da divisão de acesso no momento.

Jadson agora é o quinto no ranking e em sexto está um dos dois surfistas que entraram no G-10 nesta etapa, o francês Jorgann Couzinet, que dividiu com o potiguar o terceiro lugar no US Open. O outro é o australiano Reef Heazlewood, com os dois tirando da lista o brasileiro Thiago Camarão e o neozelandês Ricardo Christie. Reef entrou no US Open vencendo a triagem e só parou nas oitavas de final, subindo do 32.o para o 13.o lugar no ranking. O jovem australiano de 18 anos, está fechando o G-10 porque os finalistas do US Open e o oitavo colocado, Mikey Wright, estão entre os top-22 do CT.

Antes do segundo QS 10000 do ano, o Brasil ocupava metade das vagas no G-10 e agora são quatro na zona de classificação. Além de Peterson Crisanto em segundo lugar e Jadson André em quinto, tem o catarinense Alejo Muniz, que caiu da quarta para a sétima posição, e o paulista Deivid Silva, que desceu da sexta para a 12.a. Mais dois paulistas estão na porta de entrada do G-10, Miguel Pupo em 14.o no ranking que está classificando até o 13.o, seguido agora por Thiago Camarão, que saiu do décimo lugar no G-10 para a 15.a colocação.

PRÓXIMAS ETAPAS – A próxima etapa com status máximo QS 10000 será o EDP Billabong Pro Cascais, nos dias 24 a 30 de setembro em Portugal. A “perna europeia” começa nessa semana na Inglaterra com uma prova do QS 1000, depois tem duas do QS 1500 na França e uma do QS 3000 na Espanha, o Pantin Classic Galicia Pro de 28 de agosto a 2 de setembro. Outro QS 3000 acontece uma semana antes, o Vans Pro de 21 a 26 de agosto em Virginia Beach, nos Estados Unidos. Já no Brasil, a primeira etapa prevista para este ano é o QS 1500 Itacaré Surf Sound Festival, de 16 a 21 de outubro na Praia da Tiririca, em Itacaré, na Bahia.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE - A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensen, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO QS 10000 VANS US OPEN:

Bicampeão: Kanoa Igarashi (JPN) por 15,77 pontos (8,17+7,60) – US$ 100.000 e 10.000 pontos

Vice-campeão: Griffin Colapinto (EUA) com 15,00 pts (8,00+7,00) – US$ 20.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.500 pontos e US$ 11.000:

1.a: Griffin Colapinto (EUA) 15.56 x 14.67 Kolohe Andino (EUA)

2.a: Kanoa Igarashi (JPN) 13.83 x 13.67 Jadson André (BRA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 5.200 pontos e US$ 7.000:

1.a: Griffin Colapinto (EUA) 15.17 x 12.23 Kolohe Andino (EUA)

2.a: Jorgann Couzinet (FRA) 11.80 x 11.43 Dion Atkinson (AUS)

3.a: Jadson André (BRA) x contundido Italo Ferreira (BRA)

4.a: Kanoa Igarashi (JPN) 14.87 x 11.10 Seth Moniz (HAV)

FINAL DO CT VANS US OPEN OF SURFING:

Campeã: Courtney Conlogue (EUA) por 13,83 pontos (7,33+6,50) – US$ 65.000 e 10.000 pontos

Vice-campeã: Stephanie Gilmore (AUS) com 11,86 pts (6,03+5,83) – US$ 33.000 e 7.800 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.085 pontos e US$ 21.000:

1.a: Stephanie Gilmore (AUS) 11.77 x 11.36 Carissa Moore (HAV)

2.a: Courtney Conlogue (EUA) 15.57 x 11.26 Caroline Marks (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 4.745 pontos e US$ 14.475:

1.a: Stephanie Gilmore (AUS) 13.83 x 13.33 Johanne Defay (FRA)

2.a: Carissa Moore (HAV) 12.70 x 10.93 Nikki Van Dijk (AUS)

3.a: Caroline Marks (EUA) 14.60 x 14.60 Sally Fitzgibbons (AUS)

4.a: Courtney Conlogue (EUA) 12.97 x 12.64 Lakey Peterson (EUA)

TOP-10 DO JEEP WSL RANKING – 7 etapas:

1.a: Stephanie Gilmore (AUS) – 53.375 pontos

2.a: Lakey Peterson (EUA) – 48.175

3.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 38.330

4.a: Johanne Defay (FRA) – 31.795

5.a: Carissa Moore (HAV) – 31.235

6.a: Caroline Marks (EUA) – 30.915

7.a: Tyler Wright (AUS) – 27.580

8.a: Sally Fitzgibbons (AUS) – 27.525

9.a: Nikki Van Dijk (AUS) – 26.185

10.a: Malia Manuel (HAV) – 22.865

11.a: Silvana Lima (BRA) – 22.830

16.a: Courtney Conlogue (EUA) – 18.340

G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES – após 39 etapas:

1.o: Seth Moniz (HAV) – 17.750 pontos

2.o: Peterson Crisanto (BRA) – 17.420

3.o: Kanoa Igarashi (JPN) – 17.150 e top-22 do CT

4.o: Griffin Colapinto (EUA) – 14.950 e top-22 do CT

5.o: Jadson André (BRA) – 14.110

6.o: Jorgann Couzinet (FRA) – 12.585

7.o: Alejo Muniz (BRA) – 12.580

8.o: Mikey Wright (AUS) – 12.355 e top-22 do CT

9.o: Evan Geiselman (EUA) – 12.210

10.o: Jack Freestone (AUS) – 10.720

11.o: Ryan Callinan (AUS) – 10.010

12.o: Deivid Silva (BRA) – 9.900

13.o: Reef Heazlewood (AUS) – 8.960

--------próximos sul-americanos até 100:

14: Miguel Pupo (BRA) – 8.920 pontos

15: Thiago Camarão (BRA) – 8.905

17: Michael Rodrigues (BRA) – 8.500

20: Alex Ribeiro (BRA) – 8.130

30: Lucca Mesinas (PER) – 6.780

36: Yago Dora (BRA) – 5.900

38: Victor Bernardo (BRA) – 5.720

42: Jessé Mendes (BRA) – 5.500

44: Marco Fernandez (BRA) – 5.470

45: Miguel Tudela (PER) – 5.460

47: Krystian Kymerson (BRA) – 5.390

49: Ian Gouveia (BRA) – 5.300

51: Italo Ferreira (BRA) – 5.200

53: Bino Lopes (BRA) – 5.110

54: Mateus Herdy (BRA) – 5.090

55: Jeronimo Vargas (BRA) – 5.060

59: Flavio Nakagima (BRA) – 4.760

62: Weslley Dantas (BRA) – 4.690

63: Wiggolly Dantas (BRA) – 4.660

64: Willian Cardoso (BRA) – 4.550

66: Tomas Tudela (PER) – 4.440

78: Marcos Correa (BRA) – 4.065

79: Rafael Teixeira (BRA) – 3.860

82: Adriano de Souza (BRA) – 3.700

88: Alonso Correa (PER) – 3.465

92: Tomas Hermes (BRA) – 3.400

95: Luel Felipe (BRA) – 3.290

96: Samuel Pupo (BRA) – 3.285

100: Santiago Muniz (ARG) – 3.140

101: Marco Giorgi (URU) – 3.130

 

Galerias | Mais Galerias