Instituto Argonauta reintroduz aves marinhas

Após terem passado por cuidados especiais no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba (CRD), 3 fragatas são devolvidas para seu habitat

15/Jan/2021 - Instituto Argonauta/ Carine Corrêea - Ubatuba - São Paulo - Brasil

biologo devolvendo ave marinha ao habitat ajudando o animal a levantar voo

Depois de 48 dias em reabilitação, ave marinha é devolvida com sucesso pela equipe PMP-BS do Instituto Argonauta. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

O ano de 2021 já começa com boas notícias na região do Litoral Norte Paulista. O motivo é que o Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha, no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizou a soltura de três aves marinhas da espécie Fragata, ou Tesourão (Fregata magnificens) para seu ambiente natural.

As aves foram resgatadas pelas equipes do PMP-BS do Instituto Argonauta em Caraguatatuba e Ubatuba.

De acordo com os técnicos do Argonauta, a fragata resgatada em Caraguá estava muito debilitada, com as penas molhadas e cobertas de areia. Já as fragatas de Ubatuba estavam com as penas quebradas e uma apresentava também uma lesão no pescoço e cavidade oral.

Assim que resgatadas pela equipe do Instituto Argonauta, as três aves foram encaminhadas para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba (CRD) e receberam tratamento imediato dos especialistas na base.

As três fragatas receberam tratamento com antibiótico e nutrição adequada para cada caso. Com o passar dos dias, e a partir da melhora no quadro de saúde, foram atestadas como aptas para soltura. Uma delas foi liberada no dia 6 de janeiro, e as outras duas aves foram devolvidas ao seu ambiente natural no dia seguinte, 7 de janeiro.

fragata descansando

A espécie pode apresentar variação de cores em suas penas, segundo bióloga. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

A fragata é uma espécie de ampla distribuição geográfica e, no Brasil, são encontradas colônias em Fernando de Noronha, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A reprodução ocorre ao longo do ano, com predomínio entre junho a setembro.

De acordo com a bióloga Carla Beatriz Barbosa, também coordenadora PMP-BS Trecho 10 Área SP, a espécie pode apresentar variação de cores em suas penas. “A cabeça branca é dos juvenis. As fêmeas adultas têm a cabeça preta e o colarinho branco, e os machos são pretos com uma bolsa vermelha na região do papo, chamado “saco gular””, explicou a bióloga.

Na IUCN, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, a espécie tem um status de “segura” ou “pouco preocupante”, ou ainda em inglês Least Concern (LC), considerada a categoria de risco mais baixo.

fragata com as asas abertas

Espécie é classificada como “segura” ou “pouco preocupante” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN). (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

 

Confira o vídeo das solturas clicando no link a seguir: https://youtu.be/zykV5eNeHKE

 

Sobre o Instituto Argonauta

O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

 

Sobre o PMP-BS

O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.

Para maiores informações consulte: www.comunicabaciadesantos.com.br

 

Seja um Argonauta!

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 – 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba) / (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 – WhatsApp. Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.

A base do Instituto está situada na Tv. Baitacas, nº 20, bairro Perequê-Açu, Ubatuba/SP – CEP 11680-000.

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