O surfista, de 44 anos, conta que o yoga constitui uma parte importante do seu treino e confessa estar apaixonado por Portugal.

REPÓRTER – A onda gigante que surfou na Nazaré foi amplamente divulgada. Tem noção que em Portugal ficou famoso rapidamente?

GARRETT MCNAMARA – Para ser sincero, não. Estou sabendo agora...

R – Em momento algum sentiu medo?

GM – Daquela onda, não. A única altura em que tenho medo é quando faço surf e coloco outras pessoas em perigo. Só sinto medo pelos que me acompanham... A primeira vez que isso aconteceu aqui foi quando coloquei o Ruben Gonzalez [n.d.r.: surfista português] numa onda, ele caiu e depois tive de o apanhar. A segunda foi com o CJ Macias [n.d.r.: surfista que integra o staff de McNamara]. Caiu, perdeu os sentidos e foi tão ao fundo que pensei que não iria conseguir salvá-lo. Podia ir até onde ele estava, mas havia turbulência e não sabia se ele emergiria a tempo para alguém o agarrar. Havia demasiada espuma na água, o que nos tira reação, e por isso estava muito preocupado. Essas situações fizeram-me ficar realmente com medo.

R – Como é que foram os momentos após a onda?

GM – Foi quase como um sonho... Não parecia uma onda gigante, parecia ser uma onda normal.