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Maranhão - Brasil

Experiências do Surf na Pororoca Serão Contadas em Livro

globo.com

A grande onda só aparece uma vez por dia. Em Tupi, a palavra poro'oka significa estrondo. E é o barulho do encontro das águas que avisa a proximidade da pororoca.

O fenômeno natural produzido pelo encontro das águas do mar com as correntes dos rios acontece foz do Rio Amazonas, nos afluentes no litoral do Pará e Amapá. No Maranhão, acontece com maior intensidade na foz do Rio Mearim, onda a onda é tão forte que derruba árvores e chega a mudar o leito de alguns rios.

Só que há 15 anos uma turma resolveu explorar a onda de uma forma diferente. Aqui no Estado o ponto de encontro dos surfistas é a cidade de Arari, distante pouco mais de 150 quilômetros da capital. Em 12 anos vários eventos foram realizados, com a participação, até mesmo, de surfistas estrangeiros. Toda essa história agora estará no livro Auêra-Auara.

“Ao longo desses anos houve uma grande transformação na cidade. Tanto na parte econômica, como na cultural, que influenciou as gerações mais novas. Os jovens agora querem se vestir como surfistas. Então tudo isso nós vamos abordar no livro”, contou Noélio Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Surf na Pororoca.

Este ano o festival de surf vai começar em 24 de junho, durante a lua cheia. E a novidade na pororoca será o stand-up paddle, que usa uma prancha maior que a normal e também um remo. Serão oito atletas, entre eles Leco Salazar, atual campeão brasileiro da modalidade. O único representante do Maranhão será Vinícius Gomes. “Quando fui convidado para surfar no campeonato, já comecei a treinar. Não vou competir de igual para igual, porque eles fazem isso muito. Mas já tenho uma certa experiência e vais ser muito bom”, disse o fisioterapeuta.

A pororoca do Maranhão possui um potencial tão grande que o governo federal viu aqui a possibilidade de incentivar o turismo na região. Para isso, R$ 5 mi serão investidos para melhorar a infraestrutura da cidade e dos locais onde há competições.

“Nós já possuímos em Arari hotéis cadastrados pelo Ministério do Turismo, pequenos restaurantes. O que falta é realmente é essa redução do custo, porque hoje se consegue sair do aeroporto e chegar para surfar em três horas”, explicou Ricardo Pororoca, um dos organizadores do evento.

Reportagem Globo.com

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