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Circuito Banco do Brasil de Surfe 2025 aporta em Santa Catarina, terra reconhecida por revelar grandes talentos na modalidade

Imbituba (SC) será palco da próxima etapa do evento; estado é o lar do campeão mundial Yago Dora, além de outros expoentes no cenário nacional

15/Set/2025 - Press Fc

Santa Catarina se prepara para receber a terceira etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2025, que acontece em Imbituba (SC), de 17 a 21 de setembro. O evento é válido pelo Qualifying Series (QS) da WSL e vale 4.000 pontos para o ranking sul-americano da entidade.

Considerada uma das mais tradicionais regiões para o esporte no Brasil, Santa Catarina costuma revelar grandes talentos. Um exemplo é o atual campeão mundial Yago Dora, que embora seja paranaense foi radicado e fez toda sua base em solo catarinense.

Outros nomes também se destacam, como Tainá Hinckel e Laura Raupp, no feminino, e Mateus Herdy e Heitor Mueller, no masculino. Eles são alguns dos protagonistas e venceram etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe. Atualmente, Herdy e Raupp fazem boa campanha no Challenger Series (CS), divisão de acesso para o Championship Tour (CT), com a segunda e sétima colocação no ranking da competição da WSL, respectivamente.

“A região de Santa Catarina tem a cultura do surfe, um verdadeiro berço de grandes nomes da modalidade. Por isso, é importante realizarmos eventos como o Circuito Banco do Brasil no local, para termos a oportunidade de descobrir cada vez mais novos talentos para o país, além de apoiar e servir de vitrine para o esporte, que tem se popularizado entre as novas gerações”, analisa Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.

Vencedora da última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe, em Natal, Tainá Hinckel, natural da Guarda do Embaú e filha do ex-surfista profissional Carlos Kxot, é a líder do ranking sul-americano da WSL. Surfista desde os 11 anos de idade, a catarinense estreou em competições da WSL no dia de seu aniversário de 14 anos, quando venceu a triagem do Rio Pro, realizada em Saquarema, no Rio de Janeiro, em 2017. 

Ela foi uma das surfistas brasileiras que participaram dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, e surge como uma das esperanças de medalha brasileira nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. A surfista falou sobre a importância da competição: “Ter o Circuito Banco do Brasil em Santa Catarina faz com que outros nomes daqui possam vencer esse campeonato tão importante", destacou Hinckel, que também comentou a tradição catarinense no surfe. "É um lugar com bastante variedade de ondas, o que faz com que os atletas possam evoluir bastante. Tem uma galera surfando muito bem daqui, cada vez melhor e acredito que seja um estado com um potencial para ganhar títulos mundiais para o Brasil", completou.

A vice-líder atual do ranking WSL South América, Laura Raupp, também é natural de Santa Catarina. A atleta de 19 anos é filha de surfistas e uma das grandes promessas do surfe brasileiro. Recentemente, Laura conquistou o WSL Layback Pro Prainha 2025 e se sagrou bicampeã do torneio.

“Este ano tem sido bem bom para mim, tenho conseguido cada vez mais colocar o que eu treino no dia a dia nas baterias e consegui bons resultados no Challenger este ano. Pretendo continuar no mesmo ritmo o restante da temporada que vai até abril do ano que vem, que termina na Austrália”, falou Raupp. “Ano passado eu fui campeã do Circuito Banco do Brasil, que é esse regional aqui na América do Sul e eu acho um circuito bem importante na América do Sul que dá oportunidade para vários surfistas locais e de várias regiões do país. Todo mundo é bem-vindo nesse circuito de alto nível”, acrescenta.

Mateus Herdy ocupa hoje a segunda posição no Challenger Series (CS), divisão de acesso para o Championship Tour (CT), e também é vice-líder no ranking WSL South America, com direito a título na etapa de abertura do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2025, em Maresias, que lhe valeram 6.000 pontos, além de cravar na decisão contra Peterson Crisanto, também em São Sebastião, o maior somatório em uma bateria em 2025: 18.70.

"Acredito que essa geração de Santa Catarina tem ótimos exemplos. A gente tem agora o Yago [Dora], que foi campeão mundial, e outras grandes referências do surfe que são daqui ou estão radicados aqui. Essa geração que está vindo tem bastante potencial e ótimos exemplos, então, tem tudo pra dar certo", observou Herdy.

O atleta não poupou elogios para o Circuito Banco do Brasil de Surfe. "O Banco do Brasil vem fazendo vários eventos já faz alguns anos e isso é ótimo para o surfe brasileiro, em geral”, falou. “Eu sempre quis competir na Praia da Vila, um lugar que quando eu era criança pude ver a realização do Championship Tour (CT) e competir alguns campeonatos amadores. Agora, graças ao Banco do Brasil, vou poder competir em um evento maior aqui, em um local que para mim é uma das melhores ondas do Brasil", analisou.

Heitor Mueller, por sua vez, corroborou com a ideia. "É muito irado participar de campeonatos assim que geram novas oportunidades. Estarei lá, competindo, vamos com tudo", destacou o catarinense, hoje 13º lugar no ranking WSL South America.

Além dos jovens talentos recentes, outras figuras como a vice-campeã mundial, Jacqueline Silva, que também faturou em duas oportunidades a divisão de acesso, Neco  Padaratz, David Husadel, Marco Polo, e Diego Rosa, entre outros, que conquistaram vitórias e títulos na modalidade, ajudaram a elevar o nome de Santa Catarina no esporte.

Sobre a WSL

A WSL promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.