Em agosto de 2010, estava em lima Peru, identifiquei um swell de grandes proporções, era meu

segundo ano no Peru e em ondas grandes, e ousei falar sobre tal swell com o mestre de ondas grande

o Luisfer, proprietário do Luisfer surfcamp, não sabia que o circuito mundial de ondas grandes tinha

estabelecido período de espera, e confirmado chamada para os atletas que corriam o mundial de

ondas grandes em Pico Alto billabong invictacional, nas vésperas do evento, acreditava que entraria

aproximadamente 17 pés de boia em Pico Alto, segundo meus estudos para la, sabia que o dia

posterior seria bem maior, pois o gráfico apontava um swell de 22 pés de boia, o que representaria

um tamanho de ondas entre 30 e 35 pés face de onda, assustador..., mas voltando a véspera, o

mestre luisfer gentilmente nos convidou a surfar, e foi quando conheci o Marcos Monteiro, um cara

simples, com histórico de gente grande como o mesmo é, neste dia com a sorte de um principiante,

fui presenteado com o maior tubo que já surfei, o marcos e seus amigos viram o tubo, e mais tarde na

sala de refeições, me questionaram a façanha, eu respondi,” sorte de principiante”, Marcos me falou

não há sorte neste tamanho de onda, mas tinha certeza do que falei, pois era minha segunda

experiencial com ondas maiores, dia seguinte Marcos vai para final do campeonato ficando em

terceiro lugar ao lado de locais de Mavericks (EUA), Jaws(HWAII) e punta del lobo(chile).

Criando a linha Bigbombe Marcos Monteiro

Trocamos contato, e ao retornar ao Brasil passamos a nos comunicar, agora já sabia quem era

Marcos Monteiro no cenário, o mesmo continuava simples e humilde, determinado momento

falamos sobre pranchas e o mesmo perguntou se poderia fazer uma prancha para ele, fizemos 3

pranchas normais (shortboards) ate ele sugerir que estava na hora de fazermos uma gun, porrrrrrr

muita confiança, a vida passa a ser muito arriscada com um material incompatível com os riscos dessa

atividade (bigsurf), eu já tinha feito alem das minhas guns algumas poucas outras guns, então tentei

lembrar de tudo que vi naqueles dias em pico alto, Marcos é muito atirado, determinado e se põe nos

limites o tempo todo, tentei lembrar de deficiências no surf dele, mas eu não tinha tanta experiência

para perceber algo de errado, quem era eu!, então comecei a pensar nas minhas dificuldades e no

que poderia fazer para potencializar meu surf neste tipo de onda, tentava entender os pontos

fundamentais para diminuir os ricos de surfistas iniciante ou no nível de Marcos em ondas grandes,

então ousei trabalhar o fundo da gun como se force uma prancha pequena, o intuito era controle do

equipamento, também usei um pouco mais de curvatura no bico e na rabeta, nada exagerado, pois

tinha exagerado na minha gun e vi um limite nessa curvatura funcional e fundamental para o

conjunto, as bordas deveriam ser menos grossa, mas que não atrapalhasse a entrada na onda com

essa perda de flutuação, senti a necessidade de enovar em guns com dome-dacks, intuito de

aumentar o drive nas trocas de bodas e transições nos tubos e conexões das sessões, o que gerou um

grande impasse entre nos, ele não queria aceita, e eu me impus, o dome-dack era fundamental no

conjunto, no primeiro teste, ao retornar da primeira onda com a prancha, sorria e dizia: “que prancha

essa meu amigo, é muito boa, nunca tive uma gun com tanto drive e tanta facilidade de entrar e

vencer a onda em sua extensão”, agora era minha vez de sorri.

O nascimento do CADILLAC AMARELO Marcos Monteiro

Aprovada, mas era só o começo, agora começava o ajuste fino, entre poucos erros e muitos acertos,

chegamos ao que queríamos, certo dia vejo sua mensagem com alegria, um amigo de Marcos, o Leo

Bastos, ao sairem de uma session na barrinha falou: “essa prancha parece um cadillac!”, e assim ficou,

a linha CADILLAC AMARELO Marcos Monteiro, agora carimbada com premiação de Marcos, MAIOR

ONDA DO ANO (2023/2024).