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Polinésia Francesa

Bodyboarder cearense está de mudança para o Taiti

George W. Noronha

Após idas e vindas em oito temporadas, surfando as temidas ondas taitianas, Rebeca Barros agora se prepara para fixar residência na ilha mais famosa do Arquipélago da Polinésia Francesa.

Bodyboarder "full time", viajante por natureza e caçadora de ondas por opção, Rebeca sempre levou ao pé da letra o termo universal "soul surfer", ou melhor, surfista de alma, visitando os sete mares na eterna busca da onda perfeita, a mais fiel tradução da liberdade que só os amantes do surf conhecem.

Essa busca contínua já a levou para lugares exóticos, como Indonésia, Austrália, Chile, e países europeus, entre outros. Mas foi no Taiti que, segundo ela, encontrou a verdadeira paz de espírito. A surfista explica que no início não entendia bem a forte atração que aquele lugar exercia sobre ela. "Desde a primeira vez que visitei o Taiti criei um vínculo com aquele lugar maravilhoso e à medida que eu voltava pra lá, essa ligação ficava mais intensa, a ponto de quase me impedir de retornar ao Ceará nesta última visita. Agora, tomei a decisão mais importante da minha vida e resolvi me entregar a essa força", declarou Rebeca, se dizendo ansiosa para realizar mais um sonho de vida.

Atração

E ela já está arrumando as malas para passar uma temporada de tempo indeterminado na praia das ondas mais temidas por surfistas de todo o planeta.

Mas o que será que atrai tanto essa cearense a um lugar que, no final das contas, é tão idolatrado quanto temido pelos melhores surfistas do mundo? Que força é essa? Que energia existe por lá que torna esse lugar diferente de todos os outros paraísos?

Segundo Rebeca, a atração que o Taiti exerce sobre ela vem de uma relação que envolve corpo e alma. Corpo, pelo fato da vida por lá ser saudável, representando para ela uma verdadeira fonte da juventude. E alma, a partir do momento que oferece uma vida simples e tranquila, baseada em intensa relação com a natureza e livre do consumismo exagerado das metrópoles.

Nesta nova fase de sua vida, Rebeca se prepara para absorver ao máximo a cultura local e, para isso, já iniciou o aprendizado do francês, idioma oficial de toda a Polinésia Francesa. No entanto, ela também diz que deseja muito aprender o tahitian, ou taitiano, o idioma local deste povo e, de certa forma, é bem mais carregado de significado que a língua imposta pelo colonizador. Assim, credenciada pelo passaporte cultural da língua, ela espera conhecer a real essência de lá, seus costumes, tradições, lendas e principalmente, da música, que tanto a encanta.

O endereço escolhido não poderia ser melhor, pois fica de frente para o famoso pico conhecido como Teahupoo. Sem falar que ela terá como anfitrião e senhorio o bodyboarder big rider local Tahurai Henry, que além de ser um expert naquelas montanhas d´água, personifica tudo de bom que há no povo taitiano.

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