Bodyboarder cearense está de mudança para o Taiti
Após idas e vindas em oito temporadas, surfando as temidas ondas taitianas, Rebeca Barros agora se prepara para fixar residência na ilha mais famosa do Arquipélago da Polinésia Francesa.
28/Mai/2012 - George W. Noronha - Polinésia FrancesaBodyboarder "full time", viajante por natureza e caçadora de ondas por opção, Rebeca sempre levou ao pé da letra o termo universal "soul surfer", ou melhor, surfista de alma, visitando os sete mares na eterna busca da onda perfeita, a mais fiel tradução da liberdade que só os amantes do surf conhecem.
Essa busca contínua já a levou para lugares exóticos, como Indonésia, Austrália, Chile, e países europeus, entre outros. Mas foi no Taiti que, segundo ela, encontrou a verdadeira paz de espírito. A surfista explica que no início não entendia bem a forte atração que aquele lugar exercia sobre ela. "Desde a primeira vez que visitei o Taiti criei um vínculo com aquele lugar maravilhoso e à medida que eu voltava pra lá, essa ligação ficava mais intensa, a ponto de quase me impedir de retornar ao Ceará nesta última visita. Agora, tomei a decisão mais importante da minha vida e resolvi me entregar a essa força", declarou Rebeca, se dizendo ansiosa para realizar mais um sonho de vida.
Atração
E ela já está arrumando as malas para passar uma temporada de tempo indeterminado na praia das ondas mais temidas por surfistas de todo o planeta.
Mas o que será que atrai tanto essa cearense a um lugar que, no final das contas, é tão idolatrado quanto temido pelos melhores surfistas do mundo? Que força é essa? Que energia existe por lá que torna esse lugar diferente de todos os outros paraísos?
Segundo Rebeca, a atração que o Taiti exerce sobre ela vem de uma relação que envolve corpo e alma. Corpo, pelo fato da vida por lá ser saudável, representando para ela uma verdadeira fonte da juventude. E alma, a partir do momento que oferece uma vida simples e tranquila, baseada em intensa relação com a natureza e livre do consumismo exagerado das metrópoles.
Nesta nova fase de sua vida, Rebeca se prepara para absorver ao máximo a cultura local e, para isso, já iniciou o aprendizado do francês, idioma oficial de toda a Polinésia Francesa. No entanto, ela também diz que deseja muito aprender o tahitian, ou taitiano, o idioma local deste povo e, de certa forma, é bem mais carregado de significado que a língua imposta pelo colonizador. Assim, credenciada pelo passaporte cultural da língua, ela espera conhecer a real essência de lá, seus costumes, tradições, lendas e principalmente, da música, que tanto a encanta.
O endereço escolhido não poderia ser melhor, pois fica de frente para o famoso pico conhecido como Teahupoo. Sem falar que ela terá como anfitrião e senhorio o bodyboarder big rider local Tahurai Henry, que além de ser um expert naquelas montanhas d´água, personifica tudo de bom que há no povo taitiano.
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