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El Salvador

A primeira trip a gente nunca esquece

Marcos Gigante

Local de Maracaípe fez sua primeira surftrip e pode conferir ao vivo ondas perfeitas na Am. Central, confira as mlehores fotos

Se há coisa maior que a esperança do surfista, eu desconheço.

A busca eterna pelas ondas perfeitas e a esperança de que o mar vai melhorar no próximo minuto são duas constantes perspectivas de um surfista. O sonho de surfar a onda perfeita inicia na primeira caida, desde o primeiro drop e vai até… não sei se tem fim. A busca é eterna mesmo, além de tudo, apaixonante.

Fazer uma surf trip é dispendioso, trabalhoso, mas recompensador. Afinal, trabalhamos no mar e fora dele para ter esses momentos, que para uns representa fuga, para outros um upgrade e/ou pura e simples diversão. Cada segundo num lugar do sonho parece equivaler por 1 ano vivido. É desafiador, comida diferente, língua diferente, cama diferente, pessoas diferentes, lugares diferentes, mas muito a aprender, muito diálogo, muita superação e, claro, muito surf.

Em  virtudes de ondas pequenas e finais de temporadas os surfistas recorrem as tão sonhadas surf trip, e quando é em outro país com renomado potencial de surf, nossa!!  Ai é do sonho mesmo. Partimos em um grupo de 22 pessoas desconhecidas reunidas pelo surfista casca grossa Otavio Lima, que, ao final da primeira hora de encontro já eram todos amigos, será que isso é real? É real! Isso vem da essência do surf, só coisa que o surf explica e coisa que você pode viver se você permitir e se jogar.

Enfrentamos umas 36h entre  voos, aeroportos e estrada, para chegarmos ao nosso destino Punta Mango em El Salvador, o paraíso da direita, onde passamos 10 dias de muito desafio, muita alegria, muita diversão, muita música e muito surf. Nos primeiros dias o mar estava com série de até um metro e meio, com ondas alinhadas e terral a maior parte do dia, a partir do terceiro dia entrou um swell com ondas de 6 a 8 pés, o mar ficou grande, liso, terral clássico. Os dias foram passando com  surf, dominó, música, conversas,  era no mínimo 3 caidas por dia. A cada caida muitas fotos cada uma melhor que a outra e muitos toques para se executar e melhorar na próxima caida, o nível de evolução em uma onda boa é impressionante, visível a cada caida, e registradas nas fotos.

Foi a minha primeira viagem internacional para fotografar, assim que recebi o convite, já fiquei muito feliz, mesmo que fosse apenas uma especulacao, e após 5 minutos mais feliz ainda, quando descobri que um amigo também iria e demostrou uma felicidade impar quando soube que existia a possibilidade de eu ir, ele estava tão crédulo  que eu iria que   também acreditei. Dai em diante as coisas só deram certo. 

Foi tudo novo e empolgante, chegar em um lugar com reconhecido  localismo de fotógrafos e ser bem recebido e conseguir realizar importantes fotografias da galera que eu acompanhava foi uma experiência única, sedimentou a certeza que com muito aprendizado e respeito dá para ir longe. O lugar em si é muito fotogênico, point break alucinante tornando a onda diferenciada, paisagens belíssimas com areia preta e muitas pedras, provavelmente vulcânicas, dava a fotografia uma composição mais rica, a luz ajudou muito, Realizei boas fotos do nascer e  pôr do sol, foi um grande aprendizado poder ter tido essa oportunidade de fotografar e ainda surfar num pico dos sonhos foi maravilhoso, indescritível.

Não é a toa que essas tão sonhadas surf trips valem a pena, como diz o ditado, ''TUBO PAGA"  na verdade na primeira onda ja ta pago! que venham mais tripes que todos possam sonhar e realizar esse sonho sempre. Obrigado galera!

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