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Vivo Rio Pro, em Saquarema, saiba como WSL se prepara para superar evento de 2023

Estrutura conta com mais de 5.000 m² de área construída e terá diversos espaços com ativações de marketing para os convidados; em 2023, cerca de 300 mil pessoas passaram pelo torneio

28/Mai/2024 - WSL
A World Surf League (WSL) caminha para a reta final da montagem da estrutura para receber o Vivo Rio Pro 2024, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Esta será a 8ª etapa válida pelo Championship Tour (CT), principal competição de surfe do mundo, e a última do circuito a ser realizada antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A menos de 30 dias da realização do campeonato e com tamanha responsabilidade para entregar um torneio impecável, os trabalhos seguem intensos para garantir a melhor experiência possível para os fãs da modalidade. Ao todo, são 500 pessoas envolvidas na produção do evento, fato que garante uma série de empregos gerados. 

O ritmo de trabalho é acelerado. Para deixar o local pronto a tempo, os esforços começam a ser feitos com bastante antecedência. Para entregar a área nos moldes exigidos pela organização, gasta-se, em média, dois meses e são necessárias entre 50 e 60 carretas para descarregar os equipamentos usados na montagem do evento na Praia de Itaúna que se transforma em uma pequena cidade em pleno funcionamento com redes de água e esgoto, serviço de alimentação, energia elétrica e ar-condicionado nas salas do complexo. 

Os números chegam a impressionar. São cerca de 12.000 metros de cabos usados, links de internet com fibra ótica e link de satélite para garantir que uma transmissão em 4K por broadcast para fora do mundo seja realizada. Tudo erguido em um espaço de 20.000m² na Praia do Itaúna, que recebe uma área construída de 5.000m². 

A etapa de Saquarema conta com cerca de 25 salas que vão desde ambientes montados para os atletas até espaços estratégicos capazes de receber as equipes operacionais e técnicas. Ambientes VIPs, locais específicos para os seguranças, juízes, imprensa e áreas pensadas para produção e pós-produção e criação de conteúdo digital são outros exemplos. 

Além disso, existe ainda todo um cuidado com a montagem da rede de esgoto e na construção de uma rede de água pressurizada, capaz de atender todo o complexo.

A alimentação também recebe um cuidado à parte. Espaços são estrategicamente pensados para receber food trucks em determinadas áreas para garantir, desta forma, a diversidade na alimentação do público. Além disso, estandes montados no complexo servem para que ativações diárias dos patrocinadores sejam feitas e os mesmos possam distribuir brindes. 

A exemplo de 2023, o local terá diversas ativações de marketing durante a disputa e receberá, além dos melhores surfistas do planeta, espectadores, celebridades, autoridades públicas, influenciadores digitais e imprensa. A Liga apostou, na última edição, em um modelo para engajar o público não só com as manobras dos surfistas nas ondas, mas também com atividades diárias realizadas durante a janela de competição, que aconteceu entre os dias 23 de junho e 1 de julho. Com propostas inovadoras para valorizar os “days off”, dias sem disputas pelo campeonato, a WSL ressignificou estes períodos para se tornarem oportunidades de experiências inéditas ao público. 

Na ocasião, cerca de 300 mil pessoas passaram pela competição, recorde de um evento da WSL, que teve o brasileiro Yago Dora como campeão, com direito a uma nota 10 na final. Além disso, o sucesso na geração de empregos e na movimentação da economia local também foram outros fatores importantes e as principais metas a serem batidas pela WSL.

“Temos a missão e a expectativa de superarmos os números do ano passado e, desta forma, permanecermos como o maior evento de surfe do mundo”, disse Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina. “O Vivo Rio Pro vem, ano após ano, aprimorando mais e mais a estrutura e demonstrando que a Praia de Itaúna já pode ser considerada um dos locais que não podem faltar no calendário da WSL e nem no dos fãs da modalidade”, completou.

Um estudo feito pela EY, após a competição, apontou que a etapa movimentou R$ 97 milhões e gerou um impacto de R$ 35 milhões no PIB do município. Ainda de acordo com o documento, o Vivo Rio Pro teve um impacto de R$ 18 milhões no rendimento das famílias locais e gerou muitos empregos. O turismo foi um dos setores positivamente afetados, com a cidade do litoral carioca tendo 100% de ocupação da rede hoteleira.

Não à toa a etapa do CT da WSL em Saquarema foi eleita como um dos melhores eventos esportivos do mundo para se assistir ao vivo, de acordo com lista produzida pela revista GQ.

Na edição deste ano, uma das principais novidades será uma festa de abertura com atração nacional e show de drones na noite que antecede o início da janela de competições.

Vale lembrar que o Brasil tem dominado o cenário do surfe mundial. De 2014 para cá, o país verde-amarelo foi campeão mundial de surfe sete vezes nas últimas nove disputas. E, em Saquarema, o domínio da ‘Brazilian Storm’, no masculino, é absoluto. Desde 2017, triunfaram na cidade: Adriano de Souza, Filipe Toledo (três vezes) e Yago Dora. Em 2020 e 2021, por causa da pandemia, o evento não aconteceu.