Sensores de terremoto rastreiam swells em regiões remotas
Os Sismógrafos que controlam terremotos também monitoram vibrações menores causadas pela arrebentação das ondas de grandes tempestades, mesmo quando localizados a mais de 1500 quilômetros do mar.
23/Abr/2008 - Mason Inman - Novo Mexico - Estados UnidosUma nova análise de dados, previamente descartados como "ruído", sugere que estas fortes tempestades estão mais frequentes do que no passado.
O uso adequado dos dados da rede global de mais de 100 sismômetros forneceria uma nova fonte de informação da varição no clima da Terra, e melhoraria as previsões de estragos provocados por tempestades, pesquisadores dizem.
Richard Aster do Instituto do novo México de Mineração e Tecnologia em Socorro, EUA, e colegas analisaram décadas de dados de Sismógrafos mundiais.
Procuravam tremores minúsculos conhecidos como microsismos – vibrações pequenas normalmente descartadas como ruído. Mas "um ruído para uma pessoa pode ser um sinal para outra pessoa," diz um colaborador de Aster, Peter Bromirski da Instituição de Oceanografia Scripps em La Jolla, EUA.
Ondas arrebentando
Os microsismos são causados por grandes ondas de tempestade arrebentando nas praias. Isso transfere energia à terra, resultando na viagem de microsismos por milhares de kilômetros.
"A maioria dos grandes sistemas de tempestade geram ondas que alcançam a praia," diz Bromirski. Este microsismos fornecem um meio de registrar a atividade de tempestades em um oceano inteiro, tal como o Pacífico. Mesmo estações no interior distante podem ser usados – uma estação em novo México, a mais de 1500 kilômetros do litoral, colheu tremores de tempestades no Pacífico.
Estudos prévios de microsismos eram de pequena envergadura, focalizados em certos oceanos, ou alcançavam períodos curtos de tempo. "Fomos globalizados," Bromirski diz.
Em seu estudo Aster re-analisou dados de colegas de 22 Sismógrafos mundiais até 1972. "Contamos os períodos das maiores tempestade, quando o microsismo duravam um dia inteiro," Aster diz.
Oceanos mais tempestuosos
Todas as 22 estações examinadas mostraram um "aumento sistemático" no número de microsismos de tempestades nas últimas duas décadas, diz Aster. Os dados são preliminares, mas os microsismos e as tempestades aumentam "ao menos uns poucos por cento por década".
A equipe mostrou esse crescimento de microsismos e quedas em sincronização com padrões conhecidos no clima, tal como El Niño.
O aquecimento Global pode produzir "tempestades maiores, ondas maiores, e mais microsismos," diz Aster. Adiciona que os elos entre tempestades e mudança de clima ainda serão elaborados.
Bromirski salienta que se o nível do mar subir como predito, os impactos de tempestades aos litorais serão mais severos. Se tempestades ficarem mais intensas, elas causarão mais estragos a edifícios ao longo do litoral, ele diz.
Preenchimento de Lacuna
Os pesquisadores procuraram elos entre o tempo e microsismos desde que os tremores primeiro foram teorizado em 1950, diz Sharon Kedar do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, EUA.
A nova aproximação poderá preencher lacunas globais de rastreamento de swells, Kedar explica. "Adiciona dados em áreas onde nós historicamente tivemos estações sísmicas mas não existem bóias [tais como a Antártica], e lugares que são remotos".
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