Pena Surf Trip chega a Margaret River

Saímos de Newcastle 10 horas da manhã para Sidney para a casa do shaper Mauricio Gil pegar umas roupas e as pranchas novas que o MG fez para equipe competir nas ondas de Margaret, que segundo as previsões irão chegar aos 10 pés. Chegamos à casa do MG por volta das 13 horas e fomos ver os foguetes que ele tinha feito para equipe.

Depois de arrumar as coisas, uma bagagem que tinha nada mais nada menos que 25 pranchas seguimos para o aeroporto de Sidney pegar um voo de 5 horas para a cidade de Perth, tudo tranquilo na viagem fora os valores absurdos cobrados dentro do avião, uma empada com um refrigerante de 200 ml 30 reais, mas isso foi o de menos, pois o importante era chegar bem em Margaret e graças a Deus foi tranquilo.

A parte boa é que grande parte das empresas aéreas da Austrália não cobram nada pelas pranchas de surf, é como se você viajasse no Brasil e levasse quantas bolas de futebol quisessem.

Voltando a trip, alugamos um carro que custou por uma semana 400 dólares australianos, mais ou menos uns 900 reais, pois não existe outro meio de transporte para Margaret, somente terrestre e pagar um táxi iria sair bem mais caro.

Como já estávamos muito cansados resolvemos procurar um hotel em Perth para passar a noite e pegar a estrada no dia seguinte. Nos encontramos com a estrela do surf mundial no aeroporto o japonês Masatoshi Ohno, que nos indicou um hotel próximo ao aeroporto, porém quando chegamos o valor da diária estava totalmente fora da nossa realidade, 100 dólares australianos para cada por uma noite apenas.

Decidimos em grupo que iríamos seguir viagem para Margaret mesmo sem conhecer muito bem a estrada, mas como Deus abençoa sempre, quando paramos em um posto para comprar uma água e pegar algumas informações conhecemos um australiano que era de Margaret e estava indo para lá e

sugeriu que seguíssemos ele. O que o local esqueceu de nos informar é que tinha muita vontade de ser o Airton Senna e andava a milhão no seu carro...

Seguimos este cara que andava a quase 180 por hora até onde deu, foi aí que decidimos, melhor se perder que acontecer alguma coisa, pois andar naquela velocidade em uma estrada que não conhecíamos, e ainda por cima a noite era um grande risco, foi aí que tiramos o pé do acelerador para nos garantir que chegaríamos vivos, cedo ou tarde.

Depois de se perder algumas vezes na estrada chegamos à sonhada Margaret River, o único problema é que isso já era 3 horas da manhã e todos os hotéis estavam fechados.

O cearense Heitor Alves tinha feito uma reserva para nossa equipe no mesmo lugar onde ele estava, porém não conseguimos fazer um contato naquele horário e o resultado foi, dormimos no carro com 25 pranchas e toda nossa bagagem. Na verdade ninguém conseguiu dormir, pois não dava nem para se mexer dentro do carro, quanto mais dormir.

Quando amanheceu o dia encontramos o Heitor e nos instalamos em um lugar top, pois depois de toda esta viagem nossa equipe estava merecendo um bom descanso.