Olhos dos Surfistas Sob mais Risco do que se Pensava

Um estudo de 10 casos identificados em um levantamento de oftalmologistas de Nova Gales do Sul, encontrou lesões oculares em surfistas com idades entre nove e 71 anos. Os doentes tinham uma idade média de 35 anos e oito dos 10 surfistas feridos eram do sexo masculino.

Um dos surfistas feridos estava aprendendo a surfar na época, enquanto outros eram surfistas semanais ou diários. Em um caso o ferimento era tão grave que resultou na perda de um olho. Em quatro casos, os surfistas tiveram fraturas dos ossos que formam a órbita, a cavidade óssea que contém o olho, enquanto outro surfista tinha fibra de vidro nesta área.

Pesquisadores liderados pelo Save Sight Institute da Universidade de Sydney disseram que a maioria dos pacientes teve uma combinação de lesões oculares, incluindo hematomas na pele e tecidos moles ao redor do olho e lacerações da pálpebra.

Uma lesão ocular ocorreu ao usar uma prancha em uma piscina de quintal, enquanto outros traumas ocorreu no na costa norte de Nova Gales do Sul, em Shellharbour, na costa sul, e Maroubra e Bondi no leste de Sydney.

Cinco surfistas foram atingidos por suas próprias pranchas, dois com pranchas de outra pessoa, e as informações não estavam disponíveis para três pacientes.

Os autores do estudo, publicado no domingo no Jornal Médico da Austrália, disse que confirmou que surfar levava a "um pequeno risco de lesão ocular grave".

Eles disseram que os ferimentos podem ter se tornado mais freqüente nos últimos tempos devido a superlotação nas praias e desenho de pranchas de surf modernas, que podem apresentam bicos pontiagudos.

Pesquisadores liderados pelo oftalmologista Juliette Howden disseram que naquele momento não havia regulamentação do governo ou recomendações sobre design de pranchas ou o suo de óculos de proteção ou capacete enquanto se surfa.

"Seria possível anexar pontas de borracha macia no bico ou na rabeta de pranchas e se fazer quilhas de material flexível como a borracha", disseram eles.

Os pesquisadores disseram que outros estudos eram necessários para avaliar a eficácia dos equipamentos de proteção ou as modificações nas pranchas para a prevenção de lesões oculares.

Traduzido do Sydney Morning Herald