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Rio de Janeiro - Brasil

O OI RIO PRO EM SAQUAREMA COMEÇA COM PRAIA CHEIA EM ITAÚNA

Imprensa - World Surf League

Seleção brasileira estreia com 6 vitórias nas 12 baterias da quinta-feira

A torcida brasileira estava ansiosa para rever os melhores surfistas do mundo e encheu a praia no primeiro dia do Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Miguel Pupo, Yago Dora, Michael Rodrigues e Tatiana Weston-Webb venceram suas primeiras baterias nas boas ondas de 4-6 pés, da quinta-feira, na Praia de Itaúna. Já Gabriel Medina e os outros cinco participantes do Brasil, assim como os dois do Peru, perderam e vão disputar a repescagem.

O grande público que foi a Praia de Itaúna no primeiro dia, já conheceu a maior arena de um campeonato de surfe já construída em etapas do World Surf League Championship Tour. São mais de 3.100 m2 com a parte técnica, um grande espaço para os atletas com vestiários, sala de massagens e um segundo andar para eles verem melhor as ondas, áreas vips para convidados, centro de imprensa, loja da WSL e o "Sponsor Village" com estandes e lojas dos mais de vinte patrocinadores do Oi Rio Pro 2022 apresentado pela Corona em Saquarema. Outra atração é a passarela para os surfistas irem da arena para o mar.

A etapa brasileira não acontecia na Capital Nacional do Surf desde 2019, pois teve que ser cancelada em 2020 e em 2021 por causa da pandemia. O retorno ficará marcado na história com a megaestrutura construída na Praia de Itaúna. As mulheres foram as primeiras a voltar a sentir o calor da sempre vibrante torcida brasileira. O Oi Rio Pro apresentado pela Corona foi iniciado pela categoria feminina e Tatiana Weston-Webb conquistou a primeira das seis vitórias verde-amarelas na quinta-feira em Saquarema.

A única participante do Brasil estreou na segunda bateria do dia e aproveitou muito bem a primeira onda que surfou, acertando as manobras para ganhar 6,67 dos juízes. Foi a maior nota da bateria e Tatiana avançou direto para as quartas de final somando 10,77 pontos. A pentacampeã mundial Carissa Moore não achou nada de ondas e ficou em último, atrás ainda da convidada Sol Aguirre, segunda colocada com notas 5,50 e 4,40. A jovem peruana vai enfrentar a havaiana novamente, na primeira eliminatória da repescagem.

"Estou muito feliz por estar competindo aqui de novo. Eu peguei uma esquerda boa no início da bateria e depois só tentei me manter na frente. Eu tinha uma estratégia e deu tudo certo", disse Tatiana Weston-Webb. "Estou bem feliz por estar de volta ao Brasil, a vibração da torcida aqui é incrível. E a estrutura está gigante! Quando entrei aqui, parecia como num torneio mundial de tênis. O surfe está chegando num novo patamar e fico orgulhosa em fazer parte de tudo isso".

Depois das quatro baterias da primeira fase feminina, todas vencidas pelas surfistas que estavam mais abaixo no ranking, Tatiana Weston-Webb em nono lugar, Gabriela Bryan em décimo, Sally Fitzgibbons em 11.o e Caroline Marks em 12.o, começou a rodada de apresentação dos melhores do mundo na Praia de Itaúna. O campeão olímpico, Italo Ferreira, foi o primeiro grande astro a atravessar a passarela do Oi Rio Pro apresentado por Corona, saindo da arena até o mar com os gritos da torcida, "Ítalo, Ítalo, Ítalo".

E ele não decepcionou o grande público que encheu a Praia de Itaúna, desde as primeiras horas da manhã. Era a primeira vez que Italo competia no Brasil, depois da medalha de ouro na estreia do surfe nas Olimpíadas e ele achou boas esquerdas e direitas para mostrar o seu surfe de backside e frontside. A melhor valeu 7,50, que definiu a vitória e a primeira vaga direta para as oitavas de final. O potiguar totalizou 12,60 pontos, contra 9,00 do sul-africano Matthew McGillivray e 6,30 do representante de Saquarema, João Chianca. Chumbinho e Matthew terão outra chance de classificação na repescagem.

"Nós temos os melhores fãs do mundo e estou feliz por ter passado a bateria", disse Italo Ferreira, que competiu com o nome de Mano Ziul na sua lycra do Oi Rio Pro, homenageando o mago da computação no surfe, que criou o sistema de notas utilizado até hoje, a transmissão ao vivo no início da internet e tantas outras inovações. Mano Ziul faleceu na semana passada e sua esposa e o filho, Sandra Andueza e Ziulzinho, receberam e abraçaram Ítalo Ferreira em sua volta a arena "Foi um momento muito emocionante. Eu era muito amigo dele (Mano Ziul) e da família, ele era uma pessoa incrível e tenho grandes memórias com ele", disse Italo. "Eu sei que todo mundo da WSL ama ele e ele era um pioneiro. Lembro de uma vez, que nós fomos passear para um aquário na França. Ele trabalhava muito e estávamos num lugar escuro dos tubarões, trocando uma ideia, quando rolou um silêncio. Aí olhei para o lado, o Mano Ziul tava dormindo (risos)".

O Oi Rio Pro apresentado por Corona também está homenageando Mano Ziul, com seu rosto sempre com um sorriso de felicidade, podendo ser relembrado em várias áreas no evento. Dentro d´água, deu Brasil também na segunda bateria, com os aéreos e as manobras do cearense Michael Rodrigues mandando dois norte-americanos para a repescagem. Um deles foi Griffin Colapinto, campeão da etapa passada em El Salvador, na final contra Filipe Toledo. A vitória de Michael também foi por pouco, 12,33 a 12,27 pontos.

Após duas vitórias, veio uma derrota dupla do Brasil. O vice-líder do ranking, Jack Robinson, acertou os aéreos nas direitas de Itaúna e derrotou dois grandes talentos da nova geração brasileira, Mateus Herdy e Samuel Pupo. A nota 8,17 do melhor aéreo do australiano, já foi igualado por Filipe Toledo no confronto seguinte. O vice-campeão mundial e líder do ranking 2022, não perde uma bateria em Saquarema desde 2018, quando conquistou o primeiro título do bicampeonato consecutivo nas duas últimas edições do Oi Rio Pro.

Filipe está vestindo a lycra amarela de número 1 da World Surf League pela quarta etapa consecutiva. Com a passagem para as oitavas de final, apenas Jack Robinson pode lhe tirar a primeira posição no Brasil. Além de igualar a nota 8,17 do australiano, Filipe Toledo estreou fazendo o recorde de pontos do Oi Rio Pro apresentado por Corona, 13,77 pontos. O norte-americano Nat Young ficou em segundo com 11,00, contra 9,23 do peruano Miguel Tudela.

"Essa energia aqui do Brasil não tem em lugar nenhum, então é muito bom poder estar de volta. Está sendo muito legar ver essa vibração e por estar com meus amigos, minha família, então to amarradão", disse Filipe Toledo, na zona mista de entrevistas. "A gente tenta começar com o pé direito, arriscando tudo pra começar a bateria com uma nota boa e foi o que eu tentei fazer. As coisas para mim acontecem naturalmente. Eu vou uma bateria de cada vez, um dia de cada vez, curtindo cada momento e acho que isso acaba refletindo dentro d´água".

Ninguém conseguiu uma nota maior do que a 8,17 do defensor do título do Oi Rio Pro, Filipe Toledo. Mas, Yago Dora aumentou o seu recorde de pontos, de 13,77 para 13,90 no confronto seguinte. A última competição do Yago na Praia de Itaúna, ele foi campeão do Saquarema Surf Festival, em novembro do ano passado. Em seu retorno após este título, Yago Dora somou 7,13 com 6,77 para superar o japonês Kanoa Igarashi por 13,90 a 13,50 pontos e o americano Kolohe Andino ficou em terceiro com apenas 9,83 nas duas notas computadas.

"Eu nem sabia se eu conseguiria participar de um evento do CT esse ano, porque ganhei um wildcard (convite) para o ano que vem. Só se alguém se machucasse", disse Yago Dora, que estava se recuperando de contusão e não competiu na primeira metade da temporada, perdendo sua vaga na elite. Mas, a WSL lhe concedeu um wildcard para o CT 2023. "Eu recebi o convite para G-Land (com a contusão de Seth Moniz), depois para El Salvador também e agora estou aqui. Sem dúvidas, era o evento que eu mais queria competir. A torcida aqui explode quando você acerta um aéreo e isso dá uma motivação extra para surfar melhor".

Logo após Filipe Toledo e Yago Dora fazerem os recordes do Oi Rio Pro apresentado por Corona, foi a vez de Gabriel Medina se apresentar pela primeira vez para a torcida brasileira, depois do tricampeonato mundial conquistado no ano passado. Mas, o mar já não estava tão bom e Medina não achou ondas com potencial, para dar o show para o público que ele gostaria. Connor O´Leary teve mais sorte e venceu por apenas 10,56 pontos, com outro australiano, Ethan Ewing, ficando em segundo com 7,47 e Medina em último com 6,40.

Mas, a quinta-feira terminou com mais uma vitória da seleção brasileira, até porque a bateria era 100% verde-amarela. Miguel Pupo achou boas ondas para registar a segunda maior somatória do dia, 13,83 pontos. Esta bateria foi especial para Jadson André, que foi homenageado pela organização do Oi Rio Pro apresentado por Corona, com sua lycra tendo o número 100. Esta é a centésima etapa do CT que ele participa em 10 anos na divisão de elite.

O Oi Rio Pro apresentado pela Corona em Saquarema é realizado com patrocínios da Oi, Corona, Havaianas, Red Bull, Oakley, Hydro Flask, Expedia, Banco do Brasil, BB Asset, Localiza, 51 Ice, Australian Gold, Oakberry, TikTok, Unicesumar, Enel, NewOn (Grupo Prevent Senior), Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Prefeitura Municipal de Saquarema, EY, Pura Vida, BFGoodrich e está sendo transmitido ao vivo pelo Globoplay e SporTV, site da WSL  e Aplicativo WSL.

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