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Pará - Brasil

Movimento Cultural Surf na Pororoca

George Noronha

Salinas-PA recebe entusiastas do Surf na Pororoca para Lançamento de Livro, Documentário, Música e Exposição de Fotografias

No próximo dia 09/07 o famoso balneário paraense, Salinópolis, receberá alguns dos principais protagonistas do Surf na Pororoca para o Movimento Cultural Surf na Pororoca, evento que marca o lançamento do novo livro de Noélio Sobrinho intitulado Auêra Auara: Pororoca – A Onda do Brasil. O livro, que conta com imagens de Rick Werneck, Raimundo Paccó, Paulo Santos, Rogério Fernandez, Jeremy Dias, Antony Colas, dentre outros grandes fotógrafos e videomakers, fala dos 25 anos de história do surf na Pororoca e contará com a participação dos pioneiros do surf na pororoca Silvinho Santos e Gilvandro Júnior, do primeiro recordista da Pororoca, o cearense Marcelo Bibita, dos astros locais Nayson Costa e Sandro Buguelo (3x Campeão Brasileiro), dentre outros convidados.

Na ocasião haverá também o lançamento do Documentário "A Pororoca do Marajó", de Rick Werneck, e a exposição de fotos, "Pororoca - A onda mais longa do planeta".  E o multiartista Rick Werneck também irá apresentar a Música/Carimbó, trilha de abertura do documentário, "A Pororoca do Marajó", que foi composta com seu filho Luke, na Foz do Rio Amazonas, e já se encontra disponível no Youtube e em todas as plataformas musicais. 

https://open.spotify.com/track/008kouEYR6Z3kMJI894Q9p?si=3ed91021df1e42f1

O GRANDE ESTRONDO - SAIBA MAIS

No ano de 1998 um grupo de quatro pioneiros desbravadores adentraram a Floresta Amazônica em busca do Fenômeno Natural conhecido pelos índios e ribeirinhos como Poroc-Poroc, o Grande Estrondo. Munidos apenas de um jet ski, um pequeno barco e muita coragem e fé, os quatro amigos enveredaram na imensidão da mata, mais precisamente no Canal do Perigoso, localizado no Arquipélago do Marajó-PA e se depararam com uma das maiores descobertas dos esportes radicais modernos: a onda da pororoca.

Ir ao Marajó, por si só, já é uma grande aventura e uma experiência inesquecível e que vale a pena ser vivida. A Rota do Queijo Marajoara, a imersão na natureza, a grandeza da floresta, o oxigênio puro e a magnitude dos rios é algo impressionante até mesmo para quem está habituado ao cenário. Adicione-se a tudo isso jet skis, bananas-boat, lanchas na água, helicópteros e um bando de loucos por ondas grandes, longas e perfeitas e teremos a receita de algumas das mais exóticas e radicais experiências que um ser humano pode ter na natureza.

Contudo, ainda existe muita superstição, mitos e lendas em torno do que seja a pororoca e em todos esses anos, a Associação Brasileira de Surf na Pororoca-ABRASPO, vem se dedicando a desbravar lugares, desmistificar essas lendas e levar o fenômeno ao maior número possível de pessoas, sejam elas surfistas ou entusiastas que acompanham as matérias e reportagens que sistematicamente costumam circular pelo mundo.

Nesses 24 anos a ABRASPO realizou Campeonatos Brasileiros de Surfe, Bodyboarding, Longboard, SUP, Expedições Científicas, reportagens para o Fantástico, Esporte Espetacular, Globo Esporte, Bom Dia Brasil, JN, JH, Canal Off (da Rede Globo), Domingo Espetacular, Record News, Canal Woohoo, CNN, BBC, CCTV da China-Ao Vivo, TV The France, TV SIC de Portugal, NHK e Nipon Television do Japão, TV EFE da Alemanha, The Wall Street Journal, New York Times, entre inúmeros outros veículos através de parceria com a Agência Internacional Reuters, etc. Definitivamente, o Grande Estrondo virou um SUCESSO ESTRONDOSO MUNDIAL!

POROROCA – PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL DO ESTADO DO PARÁ

Desde que os pioneiros chegaram pela primeira vez ao Marajó e constataram a existência do fenômeno da pororoca naquela região muita coisa mudou e o fenômeno hoje, como sabemos, já é conhecido nos quatro cantos do mundo.

A mais recentemente conquista do Surfe na Pororoca foi sua ascensão à categoria de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará, provando seu valor e importância, não somente para o esporte, mas também para a cultura e identidade do povo brasileiro. Esse foi um dos principais desdobramentos das ações da ABRASPO, que continua a vislumbrar um horizonte próspero para as comunidades que têm o privilégio de receber o fenômeno. Um exemplo disso foi a realização do 24º Surf na Pororoca, do município de Chaves-Marajó-PA. A implantação da 1ª Escolinha de Surf na Pororoca do município de Chaves, que contou com as presenças ilustres de Fábio Gouveia, Raoni Monteiro e Lucas Fink, foi um marco para o posicionamento de Chaves em um contexto turístico impulsionado pela cadeia produtiva da Pororoca. Sem sombra de dúvidas, em muito breve veremos jovens chavenses trabalhando como guias turísticos, pilotos de jet skis, Práticos de Navios, fotógrafos, videomakers, agentes de turismo e principalmente, surfando a pororoca e com isso, impulsionando a economia do município e mudando vidas.

Mas, o fenômeno não se resume somente à onda. Luta Marajoara, o carimbó, a exótica gastronomia da Região Norte do Brasil, a exuberância do Rio Amazonas e da Floresta Amazônica e muitas outras experiências compõem um cenário único que impressiona qualquer visitante e demonstra um potencial gigantesco de crescimento e geração de emprego e renda e que depois de mais de duas décadas marca o início de uma nova era na exploração das pororocas brasileiras.

RITUAL DAS ÁGUAS AUÊRA AUARA

Usando pintura tribal ao redor de uma fogueira, os surfistas de pororoca, autointitulados Guerreiros da Tribo dos Auêra Auara, sempre que se preparam para enfrentar os desafios do surf na floresta, ouvem as palavras do Arauto da Pororoca, Marcelo Bibita, que lembra a todos a importância da ação de cada um em preservar a natureza e sobretudo, respeitar a cultura local, como forma de tornrem-se merecedores de desfrutar o melhor que a floresta tem a oferecer, principalmente as ondas da pororoca:

“O Ritual das Águas Auêra Auara foi a maneira que nós encontramos para sempre estarmos lembrando e passando adiante a reflexão sobre a importância da preservação do meio ambiente e que apenas os seres humanos podem desfazer o que outro ser humano fez de errado... Tem mais a ver com uma peça, uma encenação teatral, do que com uma cerimônia religiosa propriamente dita. Mas, uma coisa é fato, dá certo, porque depois do ritual sempre vem uma boa pororoca e cada vez mais espalhamos essa consciência por onde quer que andemos”, explicou Bibita.

A JOIA DO MARAJÓ – O TAITI DAS POROROCAS

Os surfistas de pororoca até podem ter perdido a onda que um dia foi chamada de Havaí das Pororocas, com a extinção da Pororoca do Rio Araguari, no Amapá. Mas, a partir da descoberta da melhor pororoca já surfada na Região do Marajó, esta poderá se tornar o Taiti das Pororocas, a atual maior e mais potente onda de maré que se tem registro na Região Norte do Brasil.

POROROCA SEM FRONTEIRAS

Desde o ano de 1998 o Canal do Perigoso, no Arquipélago do Marajó, está no radar da ABRASPO e de qualquer caçador de pororoca que se preze. Das quase 550 Luas (Cheias e Novas), Noélio Sobrinho surfou em mais de 200 e segundo ele, objetivo é surfar todas as luas daqui pra frente.

Contudo, a pororoca não se restringe aos rios paraenses e entre eventos, surf trips e expedições exploratórias, já foram mapeadas 28 diferentes pororocas:

Amapá: Sucuriju, Rio Congo, Arquipélago do Bailique, Rio Mandubé, Município de Amapá, Caborangi, do Rio Caciporé do Oiapoque;

Pará: Pororoca do São Gusmão, Rio Capim, Toyo, no Rio Guamá, a Pororoca do Igarapé dos Paus, no município do Bujaru, a pororoca da comunidade de Pernambuco, no município Inhagapi, no Marajó temos a Pororoca do Canal do Perigoso, da Ilha das Pacas, do Limão, do Arrozal, Caviana de Dentro, do Pracutuba, do Pernambuco, do Livramento, da Ilha Nova, do Papo-Amarelo e mais recentemente, a Pororoca do Pantanal, a melhor descoberta dos últimos anos;

Maranhão: Pororoca do Rio Mearim, do Rio Pindaré, da Ilha do Caranguejo, no município de Anajatuba, do Rio Turiaçu, no município de Santa Helena, dentre outras que ainda não foram mapeadas.

POROROCAS INTERNACIONAIS MAPEADAS PELA ABRASPO

Mascaret-França

Silver Dragon-China

Bono-Sumatra-Indonésia;

Venezuela no Rio Orinoco.

CURIOSIDADE

No Início acháva-se que a pororoca só quebrava nos meses de janeiro a abril. Contudo, com as sucessivas expedições exploratórias e Surf Trips observou-se que o volume da água na cabeceira do rio influencia diretamente no tamanho da pororoca e que o fenômeno ocorre o ano inteiro, em toda Lua Cheia e toda Lua Nova.

SERVIÇO

Data: 09/07

Evento: Movimento Cultural Surf na Pororoca

Lançamento do Livro Auêra-Auara: Pororoca, a Onda do Brasil

Lançamento do Documentário e da Música/Carimbó Pororoca do Marajó, de Rick Werneck

Exposição de Fotos: Pororoca-A Onda Mais Longa do Planeta

Atrações: DJ Victor Pedra e Grupo de Carimbó Zuada do Mar, de Salinópolis

Local: Restaurante e Sport Pub Mangue Beach-Salinópolis-PA

Horário: 18h

Data: 10/07

Mutirão para retirada de resíduos sólidos do Mangue

Participação: Praticantes e Simpatizantes de Surfe, SUP, Caiaque etc.

Horário: 8h

Local: Restaurante e Sport Pub Mangue Beach-Salinópolis-PA

O Restaurante e Sport Pub Mangue Beach fica localizado à R. Santo Expedito, 79, Bairro da Ponte, município de Salinópolis-PA.

Maiores Informações:

(91) 9.8166.7005 – Noélio Sobrinho

O Movimento Cultural Surf na Pororoca conta com o Patrocínio de Prefeitura de Chaves, SEMAS, ALEPA, FEPASURF, ABRASPO e Restaurante e Sport Pub Mangue Beach.

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