Mo Freitas quer o título mundial de SUP Wave nesta temporada
Com grandes vitórias no Brasil em 2012, havaiano de “sangue brasileiro”, Mo Freitas quer o título mundial de SUP Wave nesta temporada
03/Jan/2013 - Fábio Maradei - BrasilHavaiano de “sangue brasileiro”, o jovem talento do stand up paddle (SUP), Mo Freitas, fez bonito em sua passagem pelo Brasil em 2012 e ganhou ainda mais motivação para seguir à risca os seus planos, para chegar a ser o melhor do Mundo. Com apenas 15 anos de idade e mostrando versatilidade, tanto nas provas de remadas, quanto de surf, ele garantiu vitórias expressivas, duas delas superando dois grandes nomes do País, já consagrados.
Na remada, venceu a etapa final do Brasileiro, no Rei e Rainha do Mar, no Rio de Janeiro chegando à frente de Luiz Guida, o Animal, até então imbatível em provas nacionais. No SUP Wave, faturou o Ubatuba Pro, penúltima etapa do Circuito Mundial da modalidade, numa final emocionante e muito disputada com Leco Salazar, que depois viria a coroar-se o novo campeão do Mundo.
Animado com os resultados, Mo já sabe de seus objetivos e quer voltar este ano ao Brasil para novas conquistas. “Os planos para 2013 incluem uma melhor colocação no Battle of the Paddle (principal disputa do Mundo na remada de stand up) e um possível título mundial de SUP surf, além de me dedicar mais na escola”, ressaltou o atleta. “Sem dúvida, a vitória em Itamambuca foi o resultado mais expressivo. Me deu motivação”, acrescentou.
E como a etapa de Ubatuba já está confirmada no Tour 2013, o retorno ao Brasil é certo. Motivos não faltam. “Fui ao Brasil e quero voltar porque além das competições de peso acontecerem por aí e com atletas de altíssimo nível, é ótimo ver a família e estar num lugar legal, onde as pessoas gostam de você e te tratam bem”, contou. “Com certeza, volto ao Brasil e com força total”, complementou.
Filho do surfista brasileiro Tony Freitas, Moacyr Giácommo de Freitas nasceu em Wahiawa e atualmente mora em Haleiwa, no Havaí. começou a surfar sozinho aos três anos de idade. Apesar de se destacar no stand-up, também gosta de pegar ondas de pranchinha e seu pico preferido, como havaiano que é, Backdoor.
Com resistência para longas travessias, Mo chega a percorrer 15 milhas (cerca de 24 km) todos os dias em seus treinos. “Treino bastante no rio atrás de casa e vou de Kahuki para Mokuleia, quando o treinamento é intensivo para o SUP Race. E surfo e pranchinha e SUP onde as ondas permitem. São várias opções”, disse.
No SUP já vem ganhando cada vez mais espaço, “chegando junto”, nas maiores provas da modalidade. Foi o quinto colocado na tradicional Molokai-Oahu, sexto colocado na elite race do Battle of the Paddle, e teve a mesma colocação na Maui-Molokai. Outro grande resultado foi o segundo lugar no Duke Fest Sup Surf Off.
Mas foi no Brasil que ele confirmou seu talento. Primeiro com a vitória no Ubatuba Pro, com direito a uma nota 10 na final, considerada uma das melhores até hoje. Na sequência, venceu o Bad Boy Black Belt, na Praia de Maresias, em São Sebastião. Depois, acabou com a invencibilidade de Animal em provas de remada, no Rio de Janeiro. Além disso, venceu uma prova de 12 km de canoa havaiana, em Florianópolis/SC, no Aloha Spirit, mas foi desclassificado por estar sem colete salva-vidas durante a disputa.
Outra grande experiência no Brasil foi participar da Expedição de Volta à Ilhabela. “Uma remada inesquecível, de muito alto astral, que contou com a participação dos atletas mais hardcore do esporte. Foram três dias de remadas, visuais e situações intensas, com direito a muitos borrachudos (mosquitos) e um surf radical na praia do Bonete”, lembrou Mo.
“No total, foram mais de 100 km de uma remada de SUP, que ficou para a história e, de acordo com o organizador, o Alemão, vai virar corrida, no ano que vem”, revelou o atleta, patrocinado pela Body Glove, Focus SUP, Sawyer Paddles e Futures SUP Fins.
Esta foi a segunda temporada de Mo Freitas no Brasil. Em 2011, o atleta também se destacou em provas importantes. Foi vice-campeão no Brasileiro de SUP Race, no Lago Paranoá, em Brasília/DF; ficou entre os top 16 (13º lugar) no Mormaii Ibiquarera Wave Contest, em Imbituba/SC e foi segundo lugar no Desafio Waterman, na Praia de Maresias, em São Sebastião/SP, superado apenas pelo talento local Carlos Bahia.
Embora ainda curta, a carreira de Mo já tem importantes conquistas. Foi o vencedor da categoria sub-18 da tradicional remada Battle of the Paddle 2011, organizada pelo renomado surfista havaiano Gerry Lopez. Além disso, venceu a corrida de 12 km de Sunset até Haleiwa, em sua categoria. Pelo que vem mostrando, Mo Freitas tem tudo para se tornar um ícone no esporte.