Após uma semana de recuperação, o gaúcho de Porto Alegre está voltando aos poucos às suas atividades. Com quase 20 anos de surfe, ele já passou boa parte de sua vida nesta praia, aonde a sua família tem casa há mais de 40 anos, e afirma nunca ter presenciado uma situação dessas, nem ele nem ninguém de sua família.

Ele estava na água sozinho quando passou por um cardume e sentiu um desconforto no pé, após sentir alguma coisa bater nele. Logo em seguida ele viu o sangue e resolveu sair da água.

Para sua surpresa e de seus amigos, o ferimento no seu pé (foto) era bem característico de uma mordida de um animal, mas não de um peixe comum, como afirmaram alguns pescadores que viram a mordida.

Após enviar a foto para a Universidade do Vale do Itajaí (Univale), ele recebeu a resposta do professor Jules Soto, afirmando que não restam dúvidas de que se trata de uma mordida de um tubarão com aproximadamente 1,5 metros de comprimento.

"Trata-se um ferimento típico de uma mordida de tubarão, mas não acredito que seja uma mangona, e sim outra espécie com dentes triangulares alinhados (a mangona possui dentes cônicos e desalinhados). Também é possível identificar o porte do tubarão, que não deve ser maior que 1,5 metro" afirma Soto, que tranquiliza a população dizendo que os ataques são muito raros no Sul do País, mas relembra um caso em que um homem foi mordido por um tubarão-pintado-de-sete-fendas no litoral do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o banhista saiu da água com o animal agarrado à perna pelos dentes. 

Em novembro do ano passado, um boato sobre supostos ataques de tubarões no Norte de Florianópolis circulou pela internet. O Grupo de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar negou os ataques e afirmou que nenhum caso parecido havia sido registrado na Capital.

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