Filipe Toledo e Bettylou Sakura Johnson vencem o Bonsoy Gold Coast Pro apresentado pela GWM.
Bettylou Sakura Johnson conquista sua primeira vitória no CT. Filipe Toledo repete a história em Gold Coast. A veterana Sally Fitzgibbons chega à sua primeira final desde 2021. Wildcard Julian Wilson reafirma sua habilidade no CT. Ícones da Gold Coast faz
10/Mai/2025 - WSL - AustráliaBURLEIGH HEADS, Gold Coast, Queensland, Austrália (sábado, 10 de maio de 2025) – Filipe Toledo (BRA) e Bettylou Sakura Johnson (HAW) venceram o Bonsoy Gold Coast Pro 2025, apresentado pela GWM, a 6ª etapa do Championship Tour (CT) da World Surf League (WSL) de 2025. A dupla protagonizou performances incríveis no dia das finais, diante de dezenas de milhares de fãs que lotaram o icônico promontório de surf. Pela primeira vez em mais de duas décadas, Burleigh Heads coroou dois campeões de etapa do Championship Tour, com ondas limpas de três a quatro pés no berço das disputas homem a homem.
Bettylou Sakura Johnson conquista sua primeira vitória no CT
Bettylou Sakura Johnson (HAW) conquistou hoje sua primeira vitória no Championship Tour em Burleigh Heads, superando a veterana do CT Sally Fitzgibbons (AUS) na final. Sakura Johnson chegou ao evento em Gold Coast ocupando a 13ª posição no ranking e precisava desesperadamente de um resultado expressivo para ultrapassar a linha do corte de meio de temporada antes da etapa de Margaret River. Após chegar às quartas de final em duas etapas consecutivas, a havaiana de 20 anos parecia pronta para dar o próximo passo — e demonstrou isso desde sua primeira bateria, registrando algumas das maiores notas de cada rodada até a final, onde conquistou o maior resultado de sua carreira.
"Essa é a melhor sensação do mundo", disse Sakura Johnson. "Estou nas nuvens por ter minha primeira vitória aqui em Gold Coast. É isso que se sente ao vencer, e eu quero continuar vencendo. Estou muito empolgada por sentir isso e sou muito grata por tudo. Isso exigiu muito, muito trabalho duro, paciência e perseverança para fazer tudo dar certo. Este ano foi muito difícil pra mim, lidando com lesões e várias outras coisas, mas estou super feliz por ter conseguido juntar tudo."
Depois de ter avançado por pouco na semifinal contra a novata do CT 2025 Vahine Fierro (FRA), Johnson entrou com tudo na final, abrindo com uma nota 8,50 (de um máximo de 10) em sua primeira onda, e depois manteve uma sequência de notas médias até finalizar com um somatório de 15,33 pontos (de um máximo de 20). Seu surf de borda de frontside se encaixou perfeitamente nas paredes rápidas e alongadas de Burleigh. Fitzgibbons, que vinha em ótima forma durante todo o dia, pareceu perder o ritmo com o mar, permitindo que Johnson seguisse tranquila até a vitória e subisse sete posições no ranking, alcançando o 6º lugar no mundo.
“Eu realmente queria aproveitar tudo isso,” continuou Sakura Johnson. “Absorver o momento e, é, simplesmente saber que eu consigo, confiar em mim mesma, nas minhas habilidades, uma vez que eu tenha a chance de pegar a onda. Mas, é isso, estou muito feliz.”
Filipe Toledo repete a história em Gold Coast
Uma década depois, Filipe Toledo (BRA) repetiu sua vitória inaugural no CT sobre Julian Wilson (AUS). Em uma reedição exata da final do Gold Coast Pro de 2015, o brasileiro mais uma vez saiu vitorioso contra o australiano. A vitória de hoje marcou o 16º título de CT na carreira de Toledo, fazendo com que ele subisse ainda mais no ranking histórico dos maiores vencedores do circuito masculino, alcançando a 10ª posição. Após se tornar o primeiro brasileiro a conquistar dois títulos mundiais consecutivos, em 2022 e 2023, Toledo decidiu tirar a temporada de 2024 para passar mais tempo com sua jovem família, que hoje comemorou o aniversário de seu filho. O retorno ao Tour em 2025 vinha sendo notavelmente lento para o surfista de 30 anos, com apenas uma participação anterior nas quartas de final nesta temporada. Uma excelente atuação na rodada dos 32 nesta etapa virou a chave do ritmo de Toledo, que continuou a elevar o nível até alcançar a 14ª nota 10 da sua carreira nas semifinais, com uma impressionante combinação de tubo seguido de alley-oop. A vitória fez Toledo subir cinco posições no ranking, ficando a apenas uma colocação do Top 5, agora como o número 6 do mundo.
"Primeiramente, só quero agradecer a Deus por me trazer de volta aqui", disse Toledo. "Tirei o ano de folga pra cuidar de mim, cuidar da minha família, assim como [Julian Wilson] fez também, né, mas eu voltei um pouquinho antes dele. Foi bem difícil voltar e acompanhar o ritmo da galera, todo mundo super afiado, pronto pra tudo. Eu pensava, cara, preciso me reencontrar de novo, sabe? E é muito bom estar de volta."
A final masculina começou pegando fogo e não desacelerou em nenhum momento, com Wilson e Toledo trocando manobras em uma disputa extremamente acirrada. Um aéreo full rotation de reverse logo na abertura de Toledo foi respondido por duas variações de aéreo reverse com grab slob de Wilson em ondas consecutivas, dando ao australiano uma vantagem inicial. Mas Toledo estava só começando. Um tubo longo seguido de uma batida poderosa rendeu uma nota 8,53, antes de uma combinação agressiva de duas manobras que garantiu um 9,07. Wilson respondeu melhorando suas duas notas, com duas excelentes pontuações na casa dos 8 pontos, mas sua segunda onda ficou abaixo da nota necessária, deixando Toledo com a vitória.
"Foi pura intensidade, sabe," continuou Toledo. "A revanche depois de tantos anos, dez anos, dividindo a final de novo aqui em Gold Coast. O público estava incrível. Todos os australianos, todos os brasileiros. Somos muito competitivos — eu, o Jules, todo mundo que está no Tour — a gente quer muito vencer sempre que chega a uma final. Como o Julian disse, isso faz o fogo acender dentro da gente. E agora nós dois somos pais, com filhos, com família. É muito louco olhar pra trás, só nós dois, bem mais jovens, correndo atrás dos nossos sonhos… e agora estamos aqui com famílias lindas."
Wildcard Julian Wilson reafirma sua habilidade no CT
Um mês após anunciar seu retorno à competição pelo Challenger Series, Julian Wilson (AUS) encerrou uma campanha dos sonhos em Gold Coast com um vice-campeonato no evento onde disputou sua primeira final em 2015 e venceu em 2018. Wilson havia feito sua última aparição no CT em 2021, saindo após a quinta etapa daquela temporada afetada pela pandemia, para passar mais tempo com a família. Sem nunca ter se aposentado oficialmente, o vice-campeão mundial de 2018 vinha considerando há tempos um retorno ao CT — planos que ganharam forma recentemente com um convite (wildcard) para esta temporada do Challenger Series. Wilson nunca imaginou que a oportunidade de competir nas triagens do Gold Coast Pro se transformaria em algo tão marcante, mas está levando isso como um forte incentivo ao reencontro com sua paixão pelas competições.
“Antes de tudo, quero agradecer à WSL por simplesmente me dar uma chance,” disse Wilson. “Transformar isso no que virou foi uma experiência muito memorável pra mim. Os fãs, o apoio que recebi ao voltar foi bem emocionante, então obrigado a todos pelo carinho. Não é fácil se afastar de algo que você ama pra priorizar a família e assistir tudo de fora. Esses surfistas me inspiram demais. Isso aqui é o que eu nasci pra fazer. Meus filhos puderam compartilhar isso essa semana, foi super, super especial. Então é isso, só gratidão por essa oportunidade e obrigado aos meus patrocinadores. Obrigado à minha esposa por me trazer de volta e arrastar as crianças comigo todo dia, com sol, chuva ou granizo. Mas é, chega de falar de mim — parabéns pro Filipe [Toledo]. A galera brasileira me deixou muito pilhado lá fora hoje, e do fundo do meu coração, amo vocês.”
Veterana Fitzgibbons chega à sua primeira final desde 2021
A lenda do surfe australiano e veterana do CT, Sally Fitzgibbons (AUS), conquistou hoje seu melhor resultado em quatro anos, ficando com o vice-campeonato no Bonsoy Gold Coast Pro. Com 17 temporadas no Tour, Fitzgibbons tem enfrentado dificuldades com a consistência nos últimos anos e chega ao corte de meio de temporada deste ano sob risco de rebaixamento. Finalista em edições anteriores do evento em Gold Coast, ela precisava chegar à final nesta semana para manter vivas as chances de seguir no Tour antes da etapa de Margaret River, e usou toda sua experiência ao longo da competição para alcançar a última bateria do campeonato. No caminho até a final, Fitzgibbons derrotou a em grande fase Isabella Nichols (AUS) nas quartas de final e a novata do CT 2025 Erin Brooks (CAN) na semifinal, mas não conseguiu conquistar sua primeira vitória em uma etapa do CT em Gold Coast.
“Eu queria muito conseguir reunir tudo naquela final,” disse Fitzgibbons. “Tem sido uma batalha e uma luta nos últimos anos, mas eu realmente quero estar aqui e o meu desejo profundo é continuar surfando por este país, por todos vocês, minha família aqui embaixo, meus amigos. Isso significa o mundo pra mim, e eu só quero continuar lutando por isso. Quase foi o melhor presente de aniversário pro meu pai ali na areia, mas hoje foi o dia da Betty.”
Ícones da Gold Coast fazem um show em Burleigh Heads
Mais cedo no dia, dois dos filhos mais queridos da Gold Coast e maiores ícones do esporte australiano, Mick Fanning (AUS) e Joel Parkinson (AUS), entraram no outside em Burleigh Heads para uma bateria especial da categoria Heritage, totalmente julgada. Foi o primeiro confronto entre os dois valendo nota desde 2017 — e a competitividade entre os bons amigos continua viva. Com a maré baixa tornando o pico de Burleigh mais difícil de navegar, a dupla de campeões mundiais, ambos com dois títulos do Gold Coast Pro no currículo, já prometia um show — e entregou exatamente isso.
Parkinson, conhecido por sua habilidade em encontrar tubos, fez jus à fama logo nas primeiras ondas, mas teve dificuldade para sair de alguns deles. Fanning apostou em manobras fortes para ganhar ritmo, e parecia ser a escolha mais inteligente… até Parkinson encontrar duas ondas seguidas das séries e dominar, conquistando um excelente somatório de 16.83 pontos com sua linha fluida e atemporal, combinando tubos e curvas precisas. Fanning conseguiu uma nota sólida, mas não encontrou uma segunda onda para completar o placar, deixando a vitória nas mãos do campeão mundial de 2012 — que leva os créditos até o próximo encontro.
“Eu não chamaria isso de estar voando — pegamos algumas boas ondas que conseguimos deixar ruins no final,” brincou Parkinson. “Mas foi divertido, sabe? Surfar pra mim, e acho que pro Mick [Fanning] também, é só sobre curtir. E isso foi prazeroso. Foi divertido. Não teve exatamente fogos de artifício, mas sim, foi muito divertido.”
“O evento definitivamente teve seus momentos, especialmente ontem à tarde, quando vimos um surfe realmente de alto nível,” disse Fanning. “Acho que o destaque provavelmente foi ver o Julian [Wilson] fazendo seu retorno. Foi muito empolgante. Competimos com o Jules no Tour e, sabe, somos bons amigos. Então é incrível vê-lo voltar, e espero que ele se saia muito bem.”
Nas quartas de final, Stephanie Gilmore (AUS) enfrentou seu segundo superconfronto intergeracional durante sua participação como wildcard, desta vez contra a fenômeno novata Erin Brooks (CAN). A oito vezes campeã mundial, Gilmore, já havia derrotado a atual campeã mundial Caity Simmers (USA) nas oitavas de final, mas dessa vez o momento era da nova geração. Aos 17 anos, Brooks colocou a veterana de 37 anos em combinação até o final da bateria. Considerada a rainha incontestável das point breaks australianas, o estilo atemporal e o flow de Gilmore garantiram duas notas na casa dos 7 pontos. No entanto, a técnica impecável e as batidas críticas de backside executadas por Brooks renderam à canadense uma nota 8,33 seguida de um 9,43 — igualando sua própria maior nota do evento entre as mulheres. Brooks acabou sendo derrotada por Sally Fitzgibbons (AUS), mas os pontos conquistados com sua segunda semifinal do ano a fizeram subir duas posições no ranking, alcançando o 8º lugar do mundo antes da última etapa que antecede o corte de meio de temporada.
“Aquela bateria foi insana, tive muita sorte de poder surfar contra a Steph [Gilmore],” disse Brooks. “Sempre admirei ela a minha vida inteira, e quando entrei no Tour ela e a Carissa [Moore] meio que deram uma pausa, o que é justo porque elas já se dedicaram muito a esse esporte. Mas eu fiquei tipo, ‘Não, eu quero surfar contra vocês.’ Então fiquei muito feliz que ela entrou nesse evento e tava mandando muito bem, mas estou apenas feliz de ter conseguido vencer ela porque ela é incrível.”
Para mais destaques do Bonsoy Gold Coast Pro apresentado pela GWM, visite WorldSurfLeague.com.
Resultados Finais – Bonsoy Gold Coast Pro apresentado pela GWM
Final Masculina:
1º – Filipe Toledo (BRA) – 17.60
2º – Julian Wilson (AUS) – 17.20
Final Feminina:
1º – Bettylou Sakura Johnson (HAW) – 15.33
2º – Sally Fitzgibbons (AUS) – 7.83
Semifinais Masculinas:
HEAT 1: Filipe Toledo (BRA) – 17.67 derrotou Alejo Muniz (BRA) – 14.07
HEAT 2: Julian Wilson (AUS) – 15.60 derrotou Kanoa Igarashi (JPN) – 14.90
Semifinais Femininas:
HEAT 1: Bettylou Sakura Johnson (HAW) – 12.33 derrotou Vahine Fierro (FRA) – 7.00
HEAT 2: Sally Fitzgibbons (AUS) – 11.17 derrotou Erin Brooks (CAN) – 9.40
Quartas de Final Masculinas:
HEAT 1: Filipe Toledo (BRA) – 15.83 derrotou Yago Dora (BRA) – 11.90
HEAT 2: Alejo Muniz (BRA) – 13.43 derrotou Morgan Cibilic (AUS) – 8.97
HEAT 3: Julian Wilson (AUS) – 14.10 derrotou Miguel Pupo (BRA) – 9.40
HEAT 4: Kanoa Igarashi (JPN) – 14.34 derrotou Jordy Smith (RSA) – 13.84
Quartas de Final Femininas:
HEAT 1: Vahine Fierro (FRA) – 12.83 derrotou Luana Silva (BRA) – 10.83
HEAT 2: Bettylou Sakura Johnson (HAW) – 15.33 derrotou Molly Picklum (AUS) – 13.37
HEAT 3: Erin Brooks (CAN) – 17.76 derrotou Stephanie Gilmore (AUS) – 14.27
HEAT 4: Sally Fitzgibbons (AUS) – 14.47 derrotou Isabella Nichols (AUS) – 12.60
Próxima Etapa: Western Australia Margaret River Pro
O Championship Tour da WSL segue agora para a etapa nº 7, o Western Australia Margaret River Pro, com janela de competição entre os dias 17 e 27 de maio de 2025. O evento será transmitido AO VIVO em WorldSurfLeague.com e no app gratuito da WSL. Veja mais formas de assistir com os parceiros de transmissão da WSL.
Apoio oficial do Bonsoy Gold Coast Pro apresentado pela GWM:
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Mais informações: WorldSurfLeague.com