Destaques do 5º dia do Oi Hang Loose Pro Contest 2019
Confira os highlights do quinto dia do Oi Hang Loose Pro Contest, QS 6000, em Fernando de Noronha. Praia da Cacimba do Padre, sábado, 23 de fevereiro de 2019. Imagens e edição: Caio Faria.
25/Fev/2019 - WSL - Vila dos Remedios - Fernando de Noronha - Brasil
No sábado, não teve paralisação no meio do dia. As quatro baterias restantes da quarta fase foram iniciadas às 7h30 e as oitavas de final aconteceram em seguida, antes de desabar um temporal que prosseguiu durante toda a tarde em Fernando de Noronha. Gabriel Medina não deu qualquer chance para o jovem americano Nolan Rapoza na primeira disputa por vagas para as quartas de final do Oi Hang Loose Pro Contest. Ele acertou todos os aéreos que tentou em suas primeiras ondas para atingir imbatíveis 17,30 pontos com notas 8,90 e 8,40.
“O mar está bem divertido, mesmo menor do que os outros dias, com maré cheia e foi bom porque deu para fazer os aéreos”, disse Gabriel Medina. “Aquele primeiro, tentei dar um aéreo reto, só que não pegou muito bem. Mas, o segundo entrou e saiu uma nota boa (8,90). Depois, tentei ficar trocando a segunda nota e acabou dando tudo certo, graças a Deus. Eu tenho usado a mesma prancha todos os dias, estou me sentindo bem com ela e isso te deixa mais confiante pra arriscar as manobras. Agora estou nas quartas e vamos ver como vai estar o mar amanhã (domingo). Espero que tenha boas ondas para fechar o campeonato”.
O seu adversário na primeira quarta de final do Oi Hang Loose Pro Contest, prevista para começar as 7h30 do domingo em Noronha, 6h30 no restante do Brasil, será contra o potiguar Jadson André, que está retornando a elite do CT este ano. Jadson também passou fácil pelo australiano Reef Heazlewood, mas conquistou a vitória nas direitas que entravam no meio da praia, diferente de Medina que deu o seu show nas esquerdas. O vencedor deste clássico brasileiro será o primeiro semifinalista do QS 6000 de Fernando de Noronha.
“Eu assisti a bateria do Gabriel (Medina) e vi que as esquerdas estavam melhores, mas estava prestando bastante atenção nas direitas que vinham escorrendo na bancada a praia inteira. Eu sabia que as esquerdas iam sumir quando a maré começasse a secar, então essa é uma vantagem de quem vem pra Noronha há mais de 15 anos, o conhecimento”, disse Jadson André. “Minha estratégia era surfar as direitas e fui só aumentando os scores (notas) a cada onda. Agora é focar para amanhã (domingo). Vai ser alucinante as quartas de final com o Gabriel e espero que dê boas ondas para a gente dar um show aqui para o público”.
VITÓRIAS ESTRANGEIRAS – Depois de duas vitórias brasileiras nas oitavas de final, vieram duas derrotas consecutivas que formaram uma semifinal estrangeira. O catarinense Tomas Hermes não achou boas ondas e até cometeu uma interferência no final, quando a eliminação para o sul-africano Adin Masencamp já estava consumada. No duelo seguinte, Miguel Pupo começou bem com nota 8,5 na primeira onda, só que o americano Cam Richards estava com os aéreos no pé e despachou o último campeão em Fernando de Noronha com o segundo maior placar do dia. Os 16,36 pontos que totalizou, só ficaram abaixo dos 17,30 de Gabriel Medina.
“Tá bem divertido na água. As ondas estão boas para fazer aéreos e estou feliz em conseguir mostrar esse lado do meu surfe”, disse Cam Richards. “Eu fui criado na costa Leste dos Estados Unidos e tive muitos surfistas bons como referência lá quando eu estava crescendo, os irmãos Lopez (Shea e Cory), Hobgood (C. J. e Damien), Geiselman (Eric e Evan), a lista é grande e somos muito próximos uns dos outros. É muito legal ter sempre esse apoio deles e viajei pra cá confiante em conseguir um bom resultado aqui”.
O ex-campeão mundial C. J. Hobgood é um dos poucos estrangeiros que conseguiram vencer o Hang Loose em Noronha. Ele foi o melhor nos tubos da Cacimba do Padre em 2010 e um sul-africano como Adin Masencamp também levou um troféu de campeão do evento mais tradicional do surfe brasileiro em 2004, Warwick Wright. Antes, a África do Sul sempre comparecia em grande número no arquipélago pernambucano, mas agora Adin Masencamp está sozinho representando o seu país até o último dia do seu primeiro evento no ano.
“As ondas estão pequenas hoje (sábado) em relação aos outros dias, mas bem consistentes para manobras e estou feliz pela vitória”, disse Adin Masencamp. “Esse lugar é muito bonito, tem altas ondas e só quero agradecer todo mundo, especialmente meus pais que fizeram de tudo para eu chegar até aqui e a todos que sempre me apoiam. Meu técnico é incrível e me ajudou muito antes do evento. Nosso foco era conseguir um bom resultado aqui e na Austrália, em vez de competir em ondas menores, então estou feliz em estar nas quartas de final”.
ÚLTIMOS CLASSIFICADOS - A segunda metade das oitavas de final começou com um duelo brasileiro entre dois especialistas em aéreos. O catarinense Yago Dora não desperdiçou as chances que teve para voar e deixou o capixaba Krystian Kymerson em nono lugar no Oi Hang Loose Pro Contest. Na disputa seguinte, outro top da elite mundial, Peterson Crisanto, não achou boas ondas e foi batido pelo japonês voador, Reo Inaba, que vai enfrentar Yago Dora nas quartas de final.
A última vaga nas semifinais será disputada por mais um titular da seleção brasileira no CT, o cabeça de chave número 2 do evento, Italo Ferreira. O adversário do potiguar é o único que pode conseguir um inédito bicampeonato em Fernando de Noronha, Aritz Aranburu. O espanhol barrou um dos melhores surfistas na Cacimba do Padre esse ano, o peruano Miguel Tudela, enquanto Italo despachou o americano Jake Marshall na bateria que fechou o sábado. Coisas da Natureza e foi só acabar a bateria, desabou um temporal na Cacimba do Padre.
O Oi Hang Loose Pro Contest é uma realização da World Surf League (WSL) com patrocínio naming rights da Oi, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo do Estado de Pernambuco e copatrocínio da 51 Ice. A etapa do QS 6000 oferece uma premiação total de 130.000 dólares e a vitória vale 20.000 dólares. As finais neste domingo serão transmitidas ao vivo pelo www.worldsurfleague.com a partir das 7h30 em Noronha, 6h30 no resto do Brasil.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE - A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão. A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial. Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensen, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
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João Carvalho – WSL South America Media Manager
(48) 999-882-986 – jcarvalho@worldsurfleague.com
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QUARTAS DE FINAL DO OI HANG LOOSE PRO CONTEST:
1.a: Gabriel Medina (BRA) x Jadson André (BRA)
2.a: Cam Richards (EUA) x Adin Masencamp (AFR)
3.a: Yago Dora (BRA) x Reo Inaba (JPN)
4.a: Italo Ferreira (BRA) x Aritz Aranburu (ESP)
OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com 1.550 pontos e US$ 2.000:
1.a: Gabriel Medina (BRA) 17.30 x 7.30 Nolan Rapoza (EUA)
2.a: Jadson André (BRA) 13.56 x 11.44 Reef Heazlewood (AUS)
3.a: Adin Masencamp (AFR) 14.44 x 4.33 Tomas Hermes (BRA)
4.a: Cam Richards (EUA) 16.36 x 14.50 Miguel Pupo (BRA)
5.a: Yago Dora (BRA) 10.26 x 5.67 Krystian Kymerson (BRA)
6.a: Reo Inaba (JPN) 11.93 x 7.13 Peterson Crisanto (BRA)
7.a: Aritz Aranburu (ESP) 13.40 x 11.23 Miguel Tudela (PER)
8.a: Italo Ferreira (BRA) 12.40 x 11.93 Jake Marshall (EUA)
QUARTA FASE – 3.o=17.o lugar com 1.050 pontos e US$ 1.800:
-------------baterias que abriram o sábado:
5.a: 1-Yago Dora (BRA)=12.57, 2-Reo Inaba (JPN)=11.20, 3-Samuel Pupo (BRA)=10.14
6.a: 1-Peterson Crisanto (BRA)=14.03, 2-Krystian Kymerson (BRA)=11.60, 3-Luke Dillon (ING)=11.04
7.a: 1-Miguel Tudela (PER)=13.50, 2-Italo Ferreira (BRA)=11.93, 3-Hiroto Ohhara (JPN)=2.10
8.a: 1-Jake Marshall (EUA)=14.63, 2-Aritz Aranburu (ESP)=12.60, 3-Charles Martin (FRA)=12.43
-------------baterias que fecharam a sexta-feira:
1.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=12.27, 2-Reef Heazlewood (AUS)=11.83, 3-Miguel Blanco (PRT)=11.07
2.a: 1-Jadson André (BRA)=16.10, 2-Nolan Rapoza (EUA)=14.26, 3-Ian Gouveia (BRA)=8.80
3.a: 1-Tomas Hermes (BRA)=13.20, 2-Miguel Pupo (BRA)=13.06, 3-Ramzi Boukhiam (MAR)=10.37
4.a: 1-Cam Richards (EUA)=16.00, 2-Adin Masencamp (AFR)=12.50, 3-Kiron Jabour (HAV)=10.60