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Campeonato do Gran MasterTour de Itajaí acontece neste sábado

Campeonato já está com todas as vagas preenchidas e é organizado pela ASPI

08/Fev/2021 - Rodrigo Sikorski - Itajaí - Santa Catarina - Brasil

Os surfistas das antigas já têm encontro marcado neste mês de fevereiro, na famosa praia da Atalaia, em Itajaí, porque está de volta o tradicional ASPI Grand Master Tour. Este ano a competição é apresentada pelo Bravíssima Private Residence. O campeonato deverá acontecer neste sábado, pois uma ondulação de um metro está prevista para atingir a mística onda da Atalaia. A competição, que vale pontos para o ranking da Federação Catarinense de Surf – Fecasurf, tem um período de espera entre os dias 8 e 27.

A organização do circuito e a diretoria da Associação de Surf Praias de Itajaí (ASPI) decidiram homenagear Álvaro Rocha Kenig, o Alvarenga, um dos primeiros surfistas de Itajaí falecido no ano passado. O troféu da categoria Master levará o nome do legend atalaino que fez história no pico.

Após dois anos sem a competição, os masters do surf catarinense não pensaram duas vezes quando o circuito foi anunciado pelo seu idealizador Erivelto José Cristóvão, o Neguitcho. A procura por inscrições foi tanta que, mesmo antes do lançamento oficial do circuito, todas as vagas da primeira etapa já foram preenchidas. Serão três etapas que definirão o campeão do circuito.

Os principais nomes da velha guarda do surfe no sul do país estarão no mar: Saulo Lyra, Roni Ronaldo, Álvaro Bacana e Neco Padaratz, entre outras feras deverão dar um show nas ondas da Atalaia. As baterias já podem ser vistas no site da ASPI – www.aspi-sc.com.br .

Troféu Alvarenga 

A etapa do ASPI Grand Master Tour, apresentado pelo Bravíssima Private Residence, vai homenagear Álvaro Rocha Kenig, o Alvarenga. O troféu do campeão da categoria Master terá o nome desta lenda atalaiana. O surfista, que fez parte da primeira geração de surfistas da cidade, faleceu ano passado vítima de um câncer de pele adquirido após muitos anos de surf.

Alvarenga fez parte da “Libertação da Atalaia”, na década de 70.Em um estranho caso de localismo às avessas, os itajaienses, jovens e ainda nos primeiros passos do esporte, passaram a ser hostilizados pelos forasteiros em seu próprio quintal.

“Depois de um tempo, vendo o absurdo que era a gente não poder surfar na nossa praia, decidimos: vamos botar pra correr”, contou Álvaro Rocha Kenig, que também foi fundador da antiga ASFI que depois se tornou a ASPI.

Alvarenga sempre foi preocupado com a preservação da Atalaia e Brava que tanto amava. Ele sempre tinha no carro uma sacola plástica para recolher o lixo deixado pelos turistas e frequentadores das praias. “Meu pai sempre chegava em casa reclamando dos turistas que sujavam as praias. Ele sempre trazia uma sacola cheia de lixo”, relembrou Juliana Kenig Cassetari.

Juliana ainda ressaltou que Alvarenga sempre incentivou seus filhos e netos a surfarem e praticarem esportes. “Apesar de o meu ter uma vida corrida e estressante todo o final de semana ele tomava um banho de mar e surfava. Ele dizia que o mar renovava as suas energias”, finalizou.

Como surgiu o ASPI Grand Master?

A ideia do projeto ASPI Grand Master Tour surgiu no ano de 2000, quando Erivelto José Cristóvão, o Neguitcho, ainda estava na Polícia Militar de Santa Catarina e surfava desde 1984. “Um dia trabalhando no policiamento ostensivo, na rua Hercílio Luz, aqui no centro de Itajaí, olhei na TV de uma loja e estava rolando o ASP World Masters de 1998, em Puerto Escondido, com altas ondas e a dinossaurada quebrando. Mark Richards, Cheyne Horan, Glen Wilton, Wayne “Rabit” Bartolomew, Shaw Tonson entre outros e fiquei chocado com as performances” relembrou.

Depois do policiamento Neguitcho foi pra casa e ficou pensando o quanto seria legal ver a velha guarda do surf brasileiro de novo na ativa. As dificuldades da época não permitiram que o campeonato acontecesse, mas a ideia de fazer o evento não havia morrido. “Depois de mais algum tempo, no dia 28 de agosto de 2011 aconteceu no meio da praia da Atalaia a primeira edição do ASPI Grand Master. Na ocasião conseguimos reunir três categorias, Master, vencida por Roni Ronaldo, Grand Master, vencida pelo brother Mickey Hoffmann e na Local das Antigas (acima de 40 anos) venceu Fábio Mamo. Conseguimos concluir um circuito até então inédito em Santa Catarina exclusivamente para atletas veteranos, que chamamos carinhosamente de “Old School””, finalizou Neguitcho.

Após o ASPI Gran Master o negócio ganhou corpo e novas categorias foram colocadas. “Virou um evento tradicional no estado, inclusive dando origem ao The Legends, Catarinense de Surf Masters, evento de nível nacional comandado pelo queridíssimo Frederico Leite, onde juntamente com Alvaro Bacana, Balu Schroeder e eu fazemos parte da organização até hoje”, finalizou.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA PANDEMIA

Todos os integrantes da competição deverão usar máscaras enquanto não estiverem na água;

Todos os atletas deverão utilizar recipientes individuais para hidratação durante todo período, sendo proibido o compartilhamento dos mesmos;

Quando sentados, a distância entre os atletas e organização deverão ser de no mínimo 1 (um e meio) um metro e meio;

Haverá um totem com álcool para os atletas higienizar as mãos;

Os atletas se responsabilizam de seguir as medidas de prevenção afim de não evitar punições.

PREMIAÇÃO

Serão premiados os 4 primeiros colocados de cada categoria, com troféus para os campeões, medalhas para a 2ª, 3ª e 4ª colocações mais kits de produtos dos co-patrocinadores Banana WAX e Santa Costa, além de valores em dinheiro conforme a seguir:

• O campeão Master ganha o valor de R$ 1.000,00 em dinheiro;

• O campeão Gran Master ganha R$ 400,00 em dinheiro;

• O campeão Kahuna e Gran Kahuna ganham R$ 400,00 em dinheiro cada;

• O campeão da Local das Antigas ganha R$ 400,00 em dinheiro.

No final das 3 etapas o Campeão da categoria Master receberá o troféu do Bravíssima Private Residence, como melhor surfista Master em 2021, com premiações exclusivas que serão divulgadas durante o ano.