A sustentabilidade é um tema que tem estado em alta em todos os cantos do planeta na atualidade, e pensando nisso o Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento do Surfe (Cades), apoiado pela Analítica Farmácia de Manipulação, realizou em sua sede no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (20/11), um workshop de como produzir pranchas de surfe com materiais recicláveis.

A oficina foi lecionada pelos fundadores do Projeto Prancha Ecológica, Jairo Lumertz e Carolina Scorsin. Jairo, que morou no Havaí durante sete anos, montou a primeira prancha reciclável ainda em terras havaianas.

“A prancha de garrafa surgiu em 2007, quando ainda morava no Havaí, e voltando para o Brasil desenvolvi o Projeto Prancha Ecológica para estar colocando em pauta dentro das escolas os problemas com a ecologia, poluição e reciclagem, usando as pranchas de garrafa como uma ponte para essas questões tão importantes para nossa sociedade. A meta do projeto é conscientizar o maior número de pessoas possíveis da necessidade de preservar o nosso meio ambiente”, disse Lumertz, que foi campeão brasileiro de longboard em 2003 e que montou sua primeira prancha de surfe quando tinha apenas 13 anos de idade.

A prancha ecológica já foi testada e aprovada por grandes surfistas brasileiros, entre eles Maicon Rosa, Peterson Rosa, Jihad Khodr, Renatinho Wanderley e Flávio Capixaba. Dentre os presentes no workshop, estavam as revelações do surfe nacional Gabriel Pastori e Pedro Neves.

“É uma iniciativa excelente no sentindo da conscientização. Eu viajo pelo mundo e me deparo com realidades muito tristes. Existem lugares em que o acesso a qualquer tipo de bem é muito escasso. Na Indonésia por exemplo, que é um lugar onde eles jogam todo o lixo no mar, ensinando para uma criança como montar uma prancha de garrafa pet você pode mudar a vida dela”, afirmou Gabriel, que é profissional desde 2007 e é especialista em ondas pesadas e tubulares.

A palestra também contou com a participação da vice-campeã brasileira de sup wave, Angela Bauer. No último fim de semana, Angela foi campeã do Australian Gold Stand Up Paddle Cup e da última etapa do Circuito de Surfe da Associação dos Surfistas da Barra da Tijuca (ASBT).

“O projeto é fantástico, porque além de estar ajudando a limpar o lixo do planeta, está proporcionando para as pessoas um meio de diversão. Principalmente para aquelas que não tem condição de comprar uma prancha poderem produzir uma em casa, com o custo de praticamente zero. É uma ideia que tem que se espalhar pelo Brasil e pelo mundo”, certificou a atleta patrocinada pela Analítica.