3º dia do Oi Rio Pro 2019
Confira a transmissão webcast e os destaques do 3º dia do Oi Rio Pro 2019. A cearense Silvana Lima e a gaúcha Tatiana Weston-Webb garantiram a vitória por 2 a 1 sobre o Havaí nos confrontos diretos das oitavas de final na manhã do sábado na Praia de Itaún
22/Jun/2019 - WSL - Saquarema - Rio de Janeiro - BrasilPrevisão Surfguru para Saquarema - RJ
2ª parte da transmissão webcast
A cearense Silvana Lima e a gaúcha Tatiana Weston-Webb são as esperanças de uma primeira vitória brasileira na história do Oi Rio Pro. Elas fecharam em 2 a 1 o placar dos confrontos diretos com o Havaí na disputa pelas vagas nas quartas de final da etapa brasileira do World Surf League Championship Tour, na manhã do sábado ensolarado na Praia de Itaúna. Depois, foi anunciado que as oitavas de final masculinas iriam acontecer nos tubos da Barrinha, com a primeira chamada para o duelo do defensor do título do Oi Rio Pro, Filipe Toledo, com o maior ídolo da história do esporte, Kelly Slater, sendo marcada para as 13h00 em Saquarema.
Pelo terceiro dia consecutivo, a torcida encheu as areias de Itaúna logo cedo, para assistir as melhores surfistas do mundo disputando classificação para as quartas de final. As condições do mar estavam difíceis, com séries pesadas de 3-5 pés, muita correnteza e poucas ondas boas abrindo paredes mais longas para as manobras. Assim como na sexta-feira, foi utilizado o sistema “ovelapping heats”, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente e os três confrontos diretos entre Brasil e Havaí aconteceram em sequência, um após o outro.
Silvana Lima foi a primeira brasileira a se apresentar para o público e a desafiar a força do mar e das ondas na Praia de Itaúna. A cearense falhou nas primeiras que pegou, mas achou uma esquerda boa, que abriu até a beira para ela fazer mais manobras e atacar forte a junção, com a torcida explodindo de vibração nas areias. A nota 7,67 recebida foi a maior do dia e garantiu a vitória por 11,27 a 7,17 pontos sobre a havaiana Malia Manuel. Brasil 1 x 0 Havaí.
“Surfar essas ondas grandes assim, é difícil, porque eu sou só uma garota pequenininha e aqui a onda é muito forte”, disse Silvana Lima. “Graças a Deus, eu consegui pegar uma onda muito boa ali para passar para as quartas de final e é muito bom estar competindo aqui, sempre com a praia cheia torcendo pra gente. Na primeira fase, eu estava bem nervosa, mas ouvir todo mundo gritando seu nome e passando toda essa energia positiva, é muito bom. Só tenho que agradecer e muito toda essa força da torcida”.
A cearense operou os dois joelhos no ano passado e só retornou às competições na terceira etapa da temporada, em Keramas, na Indonésia, onde foi até as quartas de final também, quando acabou derrotada por Sally Fitzgibbons. Sua adversária agora no Brasil é outra surfista da Austrália, Keely Andrew, que surpreendeu ao eliminar a vice-líder do ranking, Caroline Marks, na bateria mais fraca de ondas do sábado na Praia de Itaúna.
BRASIL 2 X 1 HAVAÍ - Com o sistema “overlapping heats” de baterias simultâneas, as brasileiras e havaianas ficaram dividindo o outside durante os três confrontos consecutivos. Enquanto Silvana derrotava Malia Manuel, a tricampeã mundial Carissa Moore praticamente empatava o placar Brasil x Havaí em 1 a 1 nas duas primeiras ondas que surfou contra a jovem catarinense Tainá Hinckel, 16 anos. Carissa está na briga direta pela liderança do ranking com Stephanie Gilmore e seu próximo desafio será com outra brasileira, Tatiana Weston-Webb.
A gaúcha confirmou a vantagem do Brasil em 2 a 1 sobre o Havaí, surfando muito bem duas ondas nas esquerdas de Itaúna, para fazer o segundo maior placar do dia. Os 13,83 pontos que totalizou, somando notas 6,83 e 7,00, só ficaram abaixo dos 13,84 da australiana Sally Fitzgibbons na segunda oitava de final. Com a classificação para as quartas de final, Tatiana já ganhou duas posições no ranking, saindo do nono para o sétimo lugar.
“A Coco (Ho) é uma ótima surfista e é preciso ficar sempre atenta contra ela”, disse Tatiana Weston-Webb. “Eu estava um pouco nervosa antes da bateria, por causa das condições, pois qualquer coisa poderia acontecer nesse tipo de mar. Era preciso fazer uma boa estratégia e estou feliz por ter encontrado ondas boas para fazer as manobras. Estou feliz também pela classificação, porque eu amo estar aqui no Brasil, com todo esse apoio dos fãs. É uma energia incrível”.
BRIGA PELA LIDERANÇA – As baterias das líderes do ranking foram as mais fracas de notas na manhã do sábado na Praia de Itaúna. A americana Caroline Marks perdeu por 8,63 a 8,50 pontos para a australiana Keely Andrew e já caiu da segunda para a quinta posição no ranking. Mas, a número 1 e atual campeã do Oi Rio Pro, Stephanie Gilmore, conseguiu derrotar a neozelandesa Paige Hareb por 9,50 a 5,67, para seguir defendendo a lycra amarela do Jeep Leaderboard em Saquarema.
A briga é fase a fase com Carissa Moore e uma possível final entre as duas no Oi Rio Pro, define quem fica na frente na corrida pelo título mundial feminino. Não só a havaiana. A disputa está tão acirrada, que outras duas surfistas também podem decidir o primeiro lugar no ranking na final da etapa brasileira, Sally Fitzgibbons e Courtney Conlogue. Qualquer decisão de título envolvendo essas quatro surfistas, a vencedora fica com a lycra do Jeep Leaderboard.
A multidão que lotou a Praia de Itaúna pela manhã, foi toda para a Barrinha para assistir e torcer para os seus ídolos nas oitavas de final do Oi Rio Pro 2019 na “Cidade do Surf” da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O mar estava pesado, com ondas de 6-8 pés boas para tubos e aéreos e eles deram um show a cada bateria. Desde a primeira, com o defensor do título da etapa brasileira do World Surf League Championship Tour, Filipe Toledo, tirando Kelly Slater do caminho pelo tricampeonato no Oi Rio Pro com um novo recorde de pontos em Saquarema. E para fechar o sábado com chave de ouro, o bicampeão mundial Gabriel Medina deu o último show para a torcida, também se classificando para as quartas de final. No domingo, a primeira chamada do dia foi antecipada para as 6h30 na Barrinha de novo.
A bateria que abriu as oitavas de final foi emocionante, desde a entrada dos surfistas no mar, com a torcida que logo lotou as areias e pedras da Barrinha, vibrando a cada onda surfada pelos melhores surfistas do mundo. O confronto de Filipe Toledo com Kelly Slater começou as 13h35 na Barrinha bombando séries de 6-8 pés, mas os dois demoraram um pouco para surfar suas primeiras ondas. A do Filipe foi melhor, mandando uma rasgada muito forte e já voando num aéreo full rotation perfeito, para largar na frente com nota 9,17.
Slater, claramente, ficou à procura dos tubos, como os que tinha surfado pela manhã. Tentou uma, duas, três vezes, até achar um tubaço incrível, se entocar lá dentro com as placas caindo à sua frente e conseguindo sair para delírio da torcida, que também vibrou bastante. Os juízes deram a maior nota – 9,50 – do Oi Rio Pro 2019 para Kelly, mas Filipe seguia em primeiro. Quando Slater surfou outro tubo para pegar a liderança, Filipe deu o troco também num tubaço que valeu 8,67 para vencer com um novo recorde de 17,84 pontos a 14,83.
“A bateria foi muito boa, mas estava difícil ouvir as notas lá fora”, disse Filipe Toledo. “Tinha muito vento e a galera gritando o tempo todo, então não dava pra entender as notas que eu tinha e quanto o Kelly (Slater) precisava. Eu comecei bem, com uma nota bem alta (9,17) e no final da bateria entrou aquela série incrível que consegui fazer um tubo que acabou confirmando a vitória. Eu quase caí no drop, mas Deus deu esse presente pra mim e espero que continue assim amanhã (domingo)”.
DERROTAS BRASILEIRAS – Depois da vitória espetacular de Filipe Toledo, dois brasileiros acabaram sendo eliminados na Barrinha. O primeiro foi o cearense Michael Rodrigues, que não conseguiu um bom posicionamento no mar e deixou o português Frederico Morais pegar as melhores ondas para vencer por 12,83 a 7,43 pontos. Já o paulista Jessé Mendes ficou muito perto da vitória sobre o australiano Julian Wilson no confronto seguinte.
Ele começou bem a bateria, com nota 7,00 na segunda onda. Mas, o vice-campeão mundial conseguiu um 8,33 para deixar o paulista precisando de 7,01 pontos para vencer. O australiano pegou uma onda quando restavam 3 minutos e arriscou o aéreo, mas caiu. Jessé entrou na de trás, mandou um batidão vertical no crítico da onda, mais um muito forte e outro que levantou a torcida na areia. No entanto, a nota saiu 6,60 e Jessé perdeu por 14,00 a 13,60 pontos, ficando em nono lugar no Oi Rio Pro, como Michael Rodrigues.
LIDERANÇA CONFIRMADA – Na bateria seguinte, o havaiano John John Florence surfou um tubão nota 7,83 para derrotar o vice-campeão do Oi Rio Pro no ano passado nos mesmos tubos da Barrinha. O australiano Wade Carmichael só surfou uma onda boa, mesmo ficando sozinho no mar porque o havaiano torceu o joelho num layback que tentou depois e abandonou a bateria. Só que não deu nada certo para o australiano, que acabou quebrando sua prancha, teve que sair para pegar outra, voltou, mas não surfou mais nada.
Com isso, John John passou para as quartas de final por 12,66 a 10,33 pontos e é dúvida se terá condições físicas para prosseguir na competição. Mesmo assim, o havaiano já garantiu a liderança isolada no ranking com essa classificação, para continuar usando a lycra amarela do Jeep Leaderboard na próxima etapa, o Corona J-Bay Open, de 09 a 22 de julho na África do Sul.
O único que ainda o ameaçava no sábado era o vice-líder, Kolohe Andino, mas sua única chance era vencer o Oi Rio Pro e John John não passar mais nenhuma bateria em Saquarema, o que acabou acontecendo. Kolohe entrou para disputar a penúltima vaga para as quartas de final com o brasileiro Deivid Silva, que não foi bem nas primeiras ondas que escolheu. Quando o paulista tentou entrar no jogo com nota 5,00, o californiano respondeu com 8,07 em sua melhor onda para avançar para as quartas de final por 14,07 a 11,53 pontos.
MEDINA FECHA O DIA – E para fechar o sábado com chave de ouro, o bicampeão mundial Gabriel Medina deu o último show do dia para a imensa torcida que lotou a Barrinha. Começou com duas pancadas muito fortes de backside com velocidade, que valeram 6,07 para assumir a dianteira da bateria com Michel Bourez. Depois, voou num aéreo muito alto, mas sem completar a manobra. O taitiano pega um tubo rápido que só rende 4,20 e segue precisando de 5,18 para superar a pontuação do bicampeão mundial.
Medina então repete a dose de duas manobras fortes de backside nas direitas da Barrinha e aumenta um pouco a vantagem para 5,24, trocando uma nota 4,17 por 4,23. Ele depois bota pra dentro de um tubão, mas não sai. A torcida vibrou mesmo assim e mais ainda quando ele dropou outra onda enorme e atacou o lip duas vezes com muita coragem e segurança, para ganhar 7,93 dos juízes. Com essa nota, confirmou a segunda vitória brasileira do dia, por 14,43 a 9,27 pontos.
“Estou bem feliz por ter passado a bateria, porque o mar estava bem difícil, muito balançado, então agora é esperar como vai estar amanhã (domingo)”, disse Gabriel Medina. “Espero que as ondas melhorem para eu poder surfar mais, mas achei uma pena o campeonato ter mudado pra Barrinha. A gente quase não surfa esquerdas no Tour e agora que chegamos em Itaúna, fomos colocados nas direitas de novo. Assim fica difícil ser goofy (posicionamento de quem surfa com o pé direito à frente da prancha) no circuito mundial. Para um goofy (footer) ganhar um título mundial, vai precisar surfar muito bem de backside (de costas para a onda)”.
Medina precisa de bons resultados para entrar na briga pelo terceiro título mundial e vai enfrentar o vice-líder do ranking, Kolohe Andino, na disputa pela última vaga para as semifinais em Saquarema. Com a classificação para as quartas de final do Oi Rio Pro, ele já ganhou quatro posições no ranking, saindo do 12.o para o oitavo lugar, longe ainda dos líderes. Se vencer a etapa brasileira, iguala os 22.150 pontos do potiguar Italo Ferreira, que chegou no Brasil em terceiro lugar e já aparecia em quinto com os resultados do sábado em Saquarema.
O Oi Rio Pro 2019 está acontecendo com os patrocínios da Oi como “naming rights” da etapa brasileira do World Surf League Championship Tour e da Corona, Jeep, Harley Davidson, Polo Blue, Red Bull, Subway, Havaianas e apoio da Prefeitura Municipal de Saquarema e do Governo do Estado do Rio de Janeiro pela Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude (SEELJE), através da Lei de Incentivo à Cultura e ao Esporte. O evento da World Surf League também conta com o apoio institucional da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro (FESERJ), Associação de Surf de Saquarema (ASS) e está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com
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João Carvalho - Assessoria de Imprensa do Oi Pro Rio
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Assessoria de Imprensa da Oi - Adriana Castelo Branco:
(21) 988-999-146 - adriana.castelobranco@oi.net.
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Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
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QUARTAS DE FINAL DO OI RIO PRO 2019:
CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com 4.745 pontos e US$ 18.000:
1.a: Filipe Toledo (BRA) x Kanoa Igarashi (JPN)
2.a: Julian Wilson (AUS) x Frederico Morais (PRT)
3.a: John John Florence (HAV) x Jordy Smith (AFR)
4.a: Kolohe Andino (EUA) x Gabriel Medina (BRA)
CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com 4.745 pontos e US$ 18.000:
1.a: Sally Fitzgibbons (AUS) x Lakey Peterson (EUA)
2.a: Silvana Lima (BRA) x Keely Andrew (AUS)
3.a: Carissa Moore (HAV) x Tatiana Weston-Webb (BRA)
4.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Courtney Conlogue (EUA)
RESULTADOS DO SÁBADO EM SAQUAREMA:
OITAVAS DE FINAL NA BARRINHA – 9.o lugar com 3.320 pontos e US$ 14.100:
1.a: Filipe Toledo (BRA) 17.84 x 14.83 Kelly Slater (EUA)
2.a: Kanoa Igarashi (JPN) 13.17 x 10.83 Joan Duru (FRA)
3.a: Frederico Morais (PRT) 12.83 x 7.43 Michael Rodrigues (BRA)
4.a: Julian Wilson (AUS) 14.00 x 13.60 Jessé Mendes (BRA)
5.a: John John Florence (HAV) 12.66 x 10.33 Wade Carmichael (AUS)
6.a: Jordy Smith (AFR) 15.63 x 9.67 Griffin Colapinto (EUA)
7.a: Kolohe Andino (EUA) 14.07 x 11.53 Deivid Silva (BRA)
8.a: Gabriel Medina (BRA) 14.43 x 9.27 Michel Bourez (TAH)
OITAVAS DE FINAL EM ITAÚNA – 9.o lugar com 2.610 pontos e US$ 14.100:
1.a: Lakey Peterson (EUA) 12.66 x 6.60 Macy Callaghan (AUS)
2.a: Sally Fitzgibbons (AUS) 13.84 x 10.94 Johanne Defay (FRA)
3.a: Keely Andrew (AUS) 8.63 x 8.50 Caroline Marks (EUA)
4.a: Silvana Lima (BRA) 11.27 x 7.17 Malia Manuel (HAV)
5.a: Carissa Moore (HAV) 11.00 x 7.40 Tainá Hinckel (BRA)
6.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 13.83 x 11.57 Coco Ho (HAV)
7.a: Stephanie Gilmore (AUS) 9.50 x 5.67 Paige Hareb (NZL)
8.a: Courtney Conlogue (EUA) 12.10 x 6.43 Bronte Macaulay (AUS)