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BSP festeja sucesso inovador: Plano Ambiental levado às cinco etapas

Competição deixou legado de sustentabilidade nas cidades que receberam etapas através de iniciativas pioneiras no campo da sustentabilidade

12/Dez/2010 - Media Guide Comunicação - Rio de Janeiro - Brasil

Encerrada a temporada, com o catarinense Jean da Silva e a ubatubense Suelen Naraísa sagrando-se campeões do circuito e o catarinense Tomas Hermes e a paraibana Diana Cristina conquistando o título da última etapa neste domingo, na Barra da Tijuca, o Brasil Surf Pro festeja o sucesso de um plano ambiental inovador colocado em prática ao longo das cinco etapas realizadas em 2010. A competição, que reuniu a elite do surfe nacional nas ondas de Ubatuba, Praia do Cupe, Búzios, Florianópolis e Rio de Janeiro, deixou para trás também um legado de sustentabilidade através de ações com foco na preservação do meio ambiente nas cidades por onde passou.

O plano ambiental foi idealizado para difundir temas como biodiversidade marinha e sustentabilidade entre o público, atletas e as comunidades que receberam etapas da competição através de ações de impacto imediato. Durante as cinco etapas, foram plantadas 410 mudas de árvores e na etapa do Rio a vegetação de restinga recebeu atenção especial, com a plantação de 700 mudas na área do campeonato.

Em uma ação direta pela preservação da vegetação das praias por onde passou, o Brasil Surf Pro usou 500 metros de cerca para delimitar áreas de proteção. Através de mutirões de limpeza comandados pela organização da competição, foram recolhidos 400 quilos de lixo das areias e outros 890 quilos de material reciclado foram coletados tanto nas praias quanto no palanque do campeonato.

Estudantes da rede pública de ensino foram o principal alvo de ações que promoveram a conscientização das comunidades que sediaram etapas, despertando a atenção dos moradores para pequenos hábitos e grandes iniciativas que podem fazer a diferença. Ao longo da temporada, mais de 1200 crianças fizeram visitas guiadas pelo campeonato, participando de passeios educativos pelo ecossistema da praia, atividades pedagógicas como leitura ambiental e gincanas educativas, e até clínicas de surfe com aulas teóricas e práticas (incluindo segurança e compreensão das condições do mar).

Um dos destaques de cada uma das etapa da competição foram os ECOencontros, que reuniram especialistas de diversas áreas relacionadas ao meio ambiente para discutir o assunto, estendendo o debate à comunidade do surfe através da participação de atletas, público e convidados. Ao todo foram mais de 300 participantes que ouviram palestras sobre o tema, discutiram a importância da participação de cada indivíduo na luta pela preservação da natureza e levantaram tanto idéias para solucionar problemas que já existem quanto sugestões de ações para prevenir o surgimento de novos desafios.

Coordenador do plano ambiental do Brasil Surf Pro, Glenn Subba comemora a bem sucedida experiência da competição. E destaca como um dos momentos mais marcantes do evento a visita de crianças do recém ocupado Complexo do Alemão ao evento, na Barra da Tijuca. Durante a atividade, cerca de 50 crianças da Vila Olímpica da comunidade participaram de atividades pedagógicas e receberam instruções de surfe do professor Ricardo Bocão, fundados da Surfe Escola Rocinha.

"Poder oferecer essa alegria para aquelas crianças do Complexo do Alemão e ver a felicidade delas de poder curtir a praia por três horas foi um dos momentos mais gratificantes de todo o circuito", disse Glenn. "Algumas delas estavam vindo à praia pela primeira vez em função da competição, e acredito que plantamos uma semente através das atividades que desenvolvemos com elas".

Atitude sustentável - Além das diversas iniciativas voltadas para a conscientização de todos os envolvidos no campeonato, o Brasil Surf Pro tomou a dianteira adotando atitudes sustentáveis no dia a dia para dar o exemplo. Na estrutura do evento, não entram, por exemplo, copos de plástico: no primeiro dia, integrantes da organização e convidados recebem uma caneca, produzida com plástico reciclado, e a personaliza, mantendo-a em uso durante todo o campeonato.

Toda a estrutura do evento é feita de material reaproveitado. O palanque onde trabalham diretores de competição, juízes, produção e imprensa é montado com placas de OSB (madeira reciclada) que se encaixam, assumindo o formato necessário para cada etapa. Dessa forma a organização não precisa adquirir novo material para cada parada do evento e evita deixar para trás restos de estrutura e resíduos nas praias por onde passa.

De acordo com Glenn, essas iniciativas despertaram na própria equipe da competição uma atenção maior para pequenos hábitos que fazem a diferença.

"Nós percebemos que a equipe incorporou esse tipo de atitude e vemos um cuidado crescente com pequenos detalhes. Hoje é comum vermos pessoas da equipe catando restos de qualquer material que estejam usando, preocupadas em não deixar nada para trás", diz o coordenador.

O Brasil Surf Pro 2010 é realizado pela Brasil1 Esporte, com patrocinio da Petrobras, Skol e Hawaiian Dreams (HD), apoio da Azul - Linhas Aéreas Brasileiras, dos canais SporTV e Multishow, Editora Globo (Revistas Época e Época Negócios) e da TV Jam. O campeonato conta com recursos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, organização da ABRASP e produção da MaxSports. Esta última etapa também conta com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Riotur e Secretaria de Esportes e Lazer, da FESERJ - Federação de Surf do Rio de Janeiro, e da ASBT - Associação de Surf da Barra da Tijuca.