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Tyler Wright e Barron Mamiya vencem o Lexus Pipe Pro apresentado por YETI

Wright conquista a segunda vitória em Pipeline, recupera a lycra amarela de líder, e vitórias consecutivas colocam Mamiya entre a realeza havaiana

11/Fev/2025 -

Domingo, 9 de fevereiro de 2025

BANZAI PIPELINE, Oʻahu, Havaí, EUA (Sábado, 8 de fevereiro de 2025) - Hoje, Tyler Wright (AUS) e Barron Mamiya (HAW) venceram o Lexus Pipe Pro apresentado por YETI, a primeira etapa do Championship Tour (CT) 2025 da World Surf League (WSL). Wright conquistou a vitória sobre Caitlin Simmers (EUA), a atual campeã mundial e vencedora do evento no ano passado, enquanto o campeão da edição masculina de 2024, Mamiya, repetiu o feito e venceu novamente, superando o vice-campeão de 2023, Leonardo Fioravanti (ITA).

Ondas limpas de 1,2 a 1,8 metros foram moldadas por ventos terral leves, favorecendo os tubos mais longos de Backdoor à direita, mas ainda abrindo oportunidades para bombas ocasionais em Pipeline. Embora o swell estivesse menos intenso do que no dia anterior, as diversas disputas acirradas que aconteceram ao longo do Dia das Finais foram igualmente emocionantes.

A bicampeã mundial, Tyler Wright, superou a atual campeã do Lexus Pipe Pro e campeã mundial em título, Caitlin Simmers, em uma final disputada. O 6.00 de Wright se manteve como a melhor nota da bateria, garantindo sua 17ª vitória no CT. Esta é a segunda vitória de Wright no CT na lendária bancada de Pipeline.

Wright conquista a segunda vitória em Pipeline e recupera a lycra amarela de líder

Disputando sua terceira final na onda mais icônica do North Shore de Oahu, a bicampeã mundial Tyler Wright (AUS) conquistou hoje sua 17ª vitória no CT. A australiana entrará na segunda etapa da temporada 2025 do CT vestindo a lycra amarela de líder, ocupando a posição de número 1 do mundo. Anteriormente, Wright já havia vencido Pipeline ao derrotar a cinco vezes campeã mundial e medalhista de ouro olímpica Carissa Moore (HAW), após o evento ter sido transferido de Honolua Bay no início da temporada de 2021. No entanto, em 2023, Wright perdeu para Moore na final. Hoje, a australiana superou a atual campeã mundial e voltou ao topo do pódio.

“Essa vitória é muito especial”, disse Wright. “Sempre fico um pouco receosa de me apegar ao surfe porque já me lesionei tantas vezes. Mas essa foi uma daquelas competições em que tudo fluiu. No ano passado, estive lesionada mais do que as pessoas imaginam. Então, poder voltar, ter uma boa pré-temporada ao lado da minha esposa e conquistar essa vitória é algo muito especial.”

Representando gerações distintas, Wright, de 30 anos, e Simmers, de 19, já haviam se enfrentado em uma final no Rio Pro 2023, onde Simmers saiu vitoriosa. Hoje, os papéis se inverteram, mas Simmers começou com vantagem após Wright remar agressivamente para uma onda e acabar entregando a prioridade para a adversária mais jovem. Ambas tiveram dificuldades para completar ondas de alto potencial devido a quedas pesadas, mas foi Wright quem conseguiu a primeira nota relevante depois da metade da bateria. Seu tubo em Backdoor foi o momento decisivo da final e garantiu a vitória.

“Acho que realmente tentei trazer muito mais alegria para o meu surfe, e foi exatamente o que senti aqui”, disse Wright. “Foi muito legal ter uma final com a Caitlin Simmers. Para mim, ela é como a rainha de Pipeline. Além disso, foi incrível assistir ao duelo em Backdoor na semifinal entre Molly [Picklum] e Simmers.”

Ao longo do dia, a técnica veloz de Wright nos tubos de frontside se mostrou imbatível. A australiana já havia superado a vice-campeã mundial de 2018, Lakey Peterson (EUA), nas semifinais, sendo esse o 16º confronto direto entre as duas veteranas do Tour. Em uma reedição da mesma semifinal de 2023, Wright encontrou um tubo profundo de frontside, garantindo uma nota 8.67 (de um máximo de 10) e a vitória. Antes disso, ela também garantiu uma vitória decisiva nas quartas de final contra a campeã mundial de 2023, Caroline Marks (EUA). Assim como na final contra Simmers, Marks e Wright começaram disputando intensamente a primeira onda, com Marks levando a melhor, mas sem conseguir sair do tubo rápido de Backdoor. Wright, então, conseguiu se encaixar perfeitamente em uma seção de Backdoor, assumindo o controle da bateria e não soltando mais a liderança.

Backdoor quebrou perfeito para a crescente rivalidade entre Caitlin Simmers e Molly Picklum, e as duas foram onda a onda disputando quem garantiria uma vaga na final. O tubo nota 9.50 de Simmers em Backdoor foi suficiente para encerrar a reação de Picklum.

Simmers e Picklum protagonizam um duelo épico em Backdoor

Simmers entrega a lycra amarela de líder para Wright após segurá-la por vários meses. Seu desempenho no Dia das Finais incluiu uma disputa nas quartas de final contra sua amiga e conterrânea californiana, Sawyer Lindblad (EUA), e uma revanche da final de 2024 contra Molly Picklum (AUS), um confronto que certamente será lembrado como um dos melhores heats do ano.

A semifinal entre Simmers e Picklum rapidamente se transformou em um clássico de Backdoor. Picklum venceu uma disputa agressiva pela primeira onda, mas Simmers pegou a próxima e marcou um 8.17. Picklum respondeu imediatamente com um tubo profundo, conquistando um 8.33 e assumindo a liderança. Simmers, atual campeã mundial e defensora do título do evento, contra-atacou com um tubo longo, finalizando a onda com uma forte cavada segurando a borda da prancha. A nota 9.50 recebida por Simmers elevou seu total combinado para 17.67 (de um máximo de 20), os números mais altos do evento feminino. Picklum ainda fez várias tentativas impressionantes para aumentar sua pontuação, mas Simmers manteve a liderança e ampliou sua invencibilidade contra a australiana.

"Acho que assistir essa onda de dentro e de fora, seja estando no tubo ou apenas vendo da areia, é uma das coisas mais bonitas do mundo", disse Simmers. "Eu meio que queria que a final fosse um duelo de tubos, mas às vezes o oceano dorme, e definitivamente foi o que aconteceu durante nossa bateria. Mas a Tyler [Wright] é uma competidora muito inteligente e ela simplesmente pegou as melhores ondas. Parabéns para ela."

O herói local Barron Mamiya entra para a história! Defende o título do Lexus Pipe Pro – O próprio filho do North Shore, Barron Mamiya, se junta às lendas do esporte, incluindo Gerry Lopez, Rory Russell, Larry Blair, Dane Kealoha, Andy Irons e Kelly Slater, com vitórias consecutivas em Pipeline. Em uma performance impressionante, Mamiya registrou mais um total de bateria acima dos 17 pontos, incluindo um 9.80, mesmo com Leonardo Fioravanti se jogando no crítico para igualar os 17.97 de Mamiya. Com o 9.80 sendo a maior nota individual do heat, Mamiya garantiu seu lugar na história de Pipeline.

Vitórias consecutivas colocam Mamiya entre a realeza havaiana

Barron Mamiya (HAW) entrou para a elite de Pipeline ao se tornar o sexto surfista a vencer o evento em anos consecutivos. Desde que Andy Irons (HAW) conquistou esse feito pela segunda vez em 2005 e 2006, ninguém mais havia conseguido repetir a façanha. Agora, Mamiya se junta a Irons e Rory Russell (HAW) como os únicos havaianos a alcançar esse marco. Aos 22 anos, ele soma três vitórias no CT, todas conquistadas em casa, no North Shore.

“Eu realmente não consigo acreditar que aconteceu de novo, estou muito grato”, disse Mamiya. “Vencer já é algo grande, mas conseguir fazer isso consecutivamente, sinto que isso te coloca entre os melhores de todos os tempos aqui. Esse era meu objetivo ao entrar nessa competição e eu consegui.”

Depois de escapar por pouco de uma virada nos segundos finais contra Jake Marshall (EUA) nas quartas de final, Mamiya entrou determinado nas semifinais e deu um show, deixando o campeão mundial de 2019, Italo Ferreira (BRA), precisando de uma combinação de notas para superar o 18.90 quase perfeito do havaiano. Ao longo de todas as baterias do dia, Mamiya seguiu uma estratégia clara: combinar uma onda de Backdoor com uma de Pipeline. E ele repetiu esse plano na final contra Leonardo Fioravanti (ITA).

Começando com um 8.17 em Pipe, Mamiya rapidamente encaixou mais duas notas em Backdoor, incluindo um 9.80, tudo nos primeiros seis minutos da final de 35 minutos. Enquanto isso, Fioravanti teve dificuldades para encontrar notas expressivas até os 20 minutos de bateria. Mas quando conseguiu, virou o jogo rapidamente. Um 8.83 quebrou a grande combinação que ele precisava, e logo depois, o italiano encontrou um tubo excepcionalmente longo em Backdoor, que rivalizou com a maior nota de Mamiya. Precisando de um 9.11, Fioravanti recebeu um 9.10, deixando os dois empatados com um total de 17.97. No critério de desempate, a maior nota de Mamiya garantiu sua vitória.

“Leo [Fioravanti], essa final foi insana”, disse Mamiya. “Para você conseguir voltar daquele jeito foi algo incrível. Mas, sabe, ontem mesmo, o heat com John [Florence] também foi surreal. Tudo foi meio louco.”

Leonardo Fioravanti (ITA) conquistou o vice-campeonato no Lexus Pipe Pro 2025 apresentado por YETI. - WSL / Tony Heff

Retorno inacreditável reforça ainda mais o status de Fioravanti como um forte competidor em Pipeline

Mais uma vez provando ser um forte competidor em Pipeline, Leonardo Fioravanti conquistou o vice-campeonato pela segunda vez, após disputar seu terceiro Dia das Finais consecutivo no evento. Aos 27 anos, o italiano registrou seis notas excelentes ao longo da competição, superando desafios contra dois determinados novatos australianos, George Pittar (AUS) e Joel Vaughan (AUS), além de seu companheiro da classe de 2017, Ian Gouveia (BRA). Sua impressionante recuperação para igualar o alto total de pontos de Mamiya foi nada menos que heroica, e Fioravanti deixa o North Shore do Havaí, onde mora parte do ano, de cabeça erguida.

Forte início de temporada para trio de goofys brasileiros

Uma batalha de manobras se transformou em um festival de tubos em Backdoor para os brasileiros goofyfooters Italo Ferreira (BRA) e Miguel Pupo (BRA) na primeira quarta de final masculina, um duelo equilibrado que terminou com a vitória de Ferreira. Na última troca de ondas, Pupo ampliou sua liderança, deixando Ferreira precisando de um 8.43. No entanto, o campeão mundial de 2019 arriscou um drop mais crítico em uma onda mais pesada e conseguiu ultrapassar a exigência com um 8.50, garantindo sua vaga na semifinal.

Há mais de duas décadas, Fabio Gouveia (BRA) dividiu oito temporadas no CT com Kelly Slater (EUA) e manteve vantagem em confrontos diretos contra o 11 vezes campeão mundial. Hoje, seu filho, Ian Gouveia (BRA), derrotou Slater em seu primeiro confronto mano a mano, avançando para sua segunda semifinal em Pipeline. Foi apenas a segunda vez em 27 participações que Slater caiu nas quartas de final em Pipeline. O momento decisivo da bateria veio quando Slater não conseguiu sair de um tubo extremamente longo em Backdoor. Gouveia pegou a onda seguinte, conseguiu a saída do tubo e marcou um 8.00, garantindo a vitória e levando para casa a lycra do lendário surfista como um presente simbólico.

"Enfrentar Kelly [Slater] em uma bateria homem a homem em Pipeline é a maior coisa que eu poderia pedir", disse Gouveia. "É inacreditável ter essa oportunidade."

Para mais informações, visite WorldSurfLeague.com.

Resultados Finais do Lexus Pipe Pro apresentado por YETI

Final Feminina:

1 - Tyler Wright (AUS) 7.70

2 - Caitlin Simmers (EUA) 3.94

Final Masculina:

1 - Barron Mamiya (HAW) 17.97

2 - Leonardo Fioravanti (ITA) 17.97

Resultados das Semifinais

Feminino:

HEAT 1: Tyler Wright (AUS) 15.17 venceu Lakey Peterson (EUA) 9.83

HEAT 2: Caitlin Simmers (EUA) 17.67 venceu Molly Picklum (AUS) 16.13

Masculino:

HEAT 1: Barron Mamiya (HAW) 18.90 venceu Italo Ferreira (BRA) 10.33

HEAT 2: Leonardo Fioravanti (ITA) 16.57 venceu Ian Gouveia (BRA) 9.34

Resultados das Quartas de Final

Feminino:

HEAT 1: Lakey Peterson (EUA) 6.50 venceu Isabella Nichols (AUS) 1.50

HEAT 2: Tyler Wright (AUS) 11.84 venceu Caroline Marks (EUA) 3.50

HEAT 3: Caitlin Simmers (EUA) 14.50 venceu Sawyer Lindblad (EUA) 1.43

HEAT 4: Molly Picklum (AUS) 8.10 venceu Brisa Hennessy (CRC) 1.03

Masculino:

HEAT 1: Italo Ferreira (BRA) 15.17 venceu Miguel Pupo (BRA) 15.10

HEAT 2: Barron Mamiya (HAW) 14.50 venceu Jake Marshall (EUA) 14.00

HEAT 3: Ian Gouveia (BRA) 15.17 venceu Kelly Slater (EUA) 9.26

HEAT 4: Leonardo Fioravanti (ITA) 15.67 venceu George Pittar (AUS) 8.00

Próxima etapa do CT 2025: Surf Abu Dhabi Pro

A próxima parada do Championship Tour 2025 será o Surf Abu Dhabi Pro. A janela de competição ocorrerá de sexta-feira, 14 de fevereiro, a domingo, 16 de fevereiro de 2025. O evento será transmitido AO VIVO no WorldSurfLeague.com e no app gratuito da WSL. Confira outras formas de assistir através dos parceiros de transmissão da WSL.

O Lexus Pipe Pro apresentado por YETI conta com o apoio de Lexus, YETI, 805 Beer, Florence Marine X, Vissla, Bonsoy, Pacifico, White Claw, Open Water, Hawaiian Tourism Association, Surfline, True Surf, Body Glove, Spectrum Hawaii e Amazon Eero.